011| Você matou a mamãe

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「New Orleans 」𝗛𝗢𝗣𝗘 𝗔𝗡𝗗𝗥𝗘𝗔 𝗠𝗜𝗞𝗔𝗘𝗟𝗦𝗢𝗡

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「New Orleans 」
𝗛𝗢𝗣𝗘 𝗔𝗡𝗗𝗥𝗘𝗔 𝗠𝗜𝗞𝗔𝗘𝗟𝗦𝗢𝗡

— Posso entrar? — perguntou o garoto loiro, parado na janela com um sorriso tímido.

— Claro, entra. — murmurei, tentando não demonstrar o peso em meu peito enquanto o observava se aproximar.

Roman entrou no quarto, os olhos fixos em mim como se pudesse ler cada pensamento sombrio que eu tentava esconder.

— O que houve? — perguntou ele, sua expressão ficando séria ao notar minha tristeza.

Sentei-me no sofá, soltando um suspiro pesado.

— Lembra que eu te disse que iria sequestrar minha mãe para trazer toda a família para a cidade? — perguntei, olhando para o chão.

— Sim, eu lembro. Mas o que isso tem a ver agora?

Respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos.

— Tive que contar para o meu pai onde ela estava... porque minha irmã ficou mal.

Roman riu, mas havia algo ácido em seu tom.

— Choe Mikaelson, sempre chamando atenção da forma que pode.

Às vezes, eu tinha a impressão de que ele odiava minha irmã quase tanto quanto eu.

— Pois é... Então meu pai ficou desesperado para encontrar minha mãe. Eu disse a ele onde ela estava.

De repente, a expressão de Roman mudou. Seus olhos se arregalaram levemente, e ele parecia... nervoso?

— Ei, tá tudo bem? — perguntei, inclinando a cabeça para tentar entender sua reação.

— Você contou para Klaus Mikaelson onde sua mãe estava? — Sua voz tremeu, como se ele estivesse prestes a entrar em pânico.

— Sim, contei. Ele precisava buscá-la.

— Eu... eu preciso ir. — disse ele, levantando-se abruptamente e caminhando em direção à janela.

— Espera! — tentei falar, mas fui interrompida por um grito ensurdecedor vindo do andar de baixo.

— HOPE ANDREA MIKAELSON! — a voz de meu pai ecoou pela casa, carregada de raiva.

Olhei para Roman, mas ele já não estava mais ali. Ele desaparecera pela janela com a velocidade de um vampiro. Algo estava errado. Por que ele reagiu daquela forma? Era um mistério que eu teria que resolver mais tarde.

Descendo as escadas lentamente, analisei a situação antes de falar. Meu pai estava furioso, minha tia Freya parecia abatida, e meu tio Elijah segurava algo em suas mãos, sujo de sangue.

— O que aconteceu? — perguntei, o coração disparando.

— Onde está sua mãe? — meu pai perguntou, seus olhos fixos nos meus como se pudessem perfurar minha alma.

— Eu já disse onde ela está.

— Hope, ela não estava lá. — disse Freya, aproximando-se com cautela.

Franzi o cenho.

— Como assim?

— Tinha sangue. O caixão estava aberto, todo arranhado. — disse Elijah, sua voz baixa e controlada.

— Aconteceu uma luta, Hope.

O chão pareceu desaparecer sob meus pés.

— Quem mais sabia onde Hayley estava, Hope? — perguntou meu pai, sua voz ganhando um tom perigoso.

— Ninguém. Só eu. — menti, o peso da culpa começando a crescer em meus ombros.

— Então alguém descobriu, porque ela não estava lá. — Elijah falou, o olhar carregado de preocupação.

— Do jeito que aquele lugar estava, Hayley pode estar... morta. — meu pai completou, sua voz falhando no final.

— O quê?! — uma voz interrompeu a conversa.

Olhei para cima e vi Choe descendo as escadas, tropeçando nos degraus na pressa.

— Calma, filha. — Klaus disse, segurando-a antes que ela caísse.

— Onde está a mamãe? — ela repetiu, sua voz embargada.

Ela olhou para mim, seus olhos cheios de expectativa e medo.

— Hope? — perguntou, e eu soube naquele momento que ela esperava uma explicação.

A raiva que eu guardava há tanto tempo explodiu como um vulcão.

— Quer saber, Choe? A culpa é toda sua! — gritei, a voz carregada de lágrimas.

— Hope! — meu tio Kol tentou intervir, mas eu não deixei.

— Se você não monopolizasse o papai o tempo todo, eu nunca teria sequestrado a mamãe!

— Hope, você sequestrou a mamãe? — Choe perguntou, o choque evidente em seu rosto.

— E como isso é culpa minha? — ela gritou, afastando-se de Klaus e vindo na minha direção.

— Nós temos tempos iguais com nossos pais! Não é só você que sente falta! Isso não é justo só para você, Hope!

— Mas você sempre rouba ele de mim! Mesmo nos momentos que são para ser meus!

Meu grito ecoou pela sala, e, pela primeira vez, Choe pareceu hesitar.

— Agora, se a mamãe estiver morta, a culpa é toda sua! E sempre será!

Minha voz quebrou no final, mas eu continuei.

— VOCÊ MATOU A MAMÃE, CHOE!

O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Choe me olhou com os olhos cheios de lágrimas, mas não disse nada. Ela apenas virou-se e subiu as escadas, cada passo carregando um peso que parecia esmagar a todos nós.

Fiquei parada, o peito subindo e descendo enquanto as palavras que eu havia dito ainda ecoavam na minha mente.

Eu so sabia de uma coisa: se a mamãe realmente tivesse morta, nós nunca mais seríamos os mesmos.

THE NOT PERFECT SISTERS, legaciesOnde histórias criam vida. Descubra agora