THE NOT PERFECT SISTERS, legacies

017| O encontro

「New Orleans」
𝗖𝗛𝗢𝗘 𝗔𝗡𝗗𝗥𝗘𝗔 𝗠𝗜𝗞𝗔𝗘𝗟𝗦𝗢𝗡

— CHOE!! — Acordei assustada com o som da voz do meu pai. Ele me segurava pelos ombros, sacudindo-me levemente enquanto sua expressão misturava alívio e desespero.

— O que está acontecendo? — perguntei, ainda confusa e com a cabeça pesada.

— Graças a Deus, você acordou. — disse minha tia Freya, que estava ao lado dele.

— Hope te apagou, Choe. — explicou Freya, enquanto Rebekah se aproximava com um copo d'água.

— O quê? Cadê ela? — perguntei, sentando-me rapidamente, o coração acelerado.

— É isso que queremos saber. — respondeu Elijah, cruzando os braços, preocupado.

— Já tentaram um feitiço de localização? — perguntei, olhando para Freya.

— Tentamos, mas... não está funcionando. Ela está bem escondida. — Freya suspirou, frustrada.

— Deixa que eu tento, então. Vamos.

Mesmo sentindo meu corpo fraco, levantei-me e desci as escadas com eles. No andar de baixo, o clima era tenso, quase sufocante. Peguei o mapa, coloquei um pouco do meu sangue sobre ele e comecei a canalizar minha magia.

Concentrei-me o máximo que pude. A energia ao meu redor era densa, mas familiar. Minha irmã estava escondida por um feitiço extremamente poderoso, e agora fazia sentido Freya não ter conseguido localizá-la. Porém, eu tinha algo que me ajudava: a Hollow.

Os sussurros em minha mente começaram a ficar mais intensos, como um coro perturbador, mas eu continuei. Por fim, o ponto no mapa se iluminou.

— Achei ela. — murmurei, limpando o sangue que escorria do meu nariz.

— Você está bem, Choe? — perguntou Rebekah, inclinando-se para me examinar.

— Estou bem, sim. Vamos atrás dela. Não podemos perder tempo. — respondi com firmeza, mesmo sentindo meu corpo mais fraco.

Sem hesitar, entramos no carro. Apenas eu, meu pai e Elijah fomos buscar Hope. Minhas tias ficaram para continuar tentando localizar minha mãe. Eu sabia, no fundo, que ela estava perto, mas não disse nada.

O caminho foi silencioso, mas para mim os sussurros da Hollow preenchiam todo o espaço em minha mente. Tentei ignorá-los, mas era difícil. O barulho parecia uma tempestade em minha cabeça. Tirei a pulseira que meu pai havia me dado, aquela que ajudava a conter os efeitos da Hollow. Por um breve momento, os sussurros diminuíram, mas logo voltaram, ainda mais intensos.

Finalmente chegamos a uma casa afastada e antiga, envolta por uma aura estranha. Saímos do carro, e eu fiz o possível para disfarçar minha fraqueza.

— Espera... — murmurei, sentindo uma energia familiar.

— O que foi? — meu pai perguntou, parando ao meu lado.

— A mamãe está aqui. — disse com convicção.

— Hayley? — perguntou Elijah, surpreso.

— Sim, eu sinto a presença dela. Tenho certeza. — Antes que pudessem reagir, corri em direção à porta.

Parei por um momento, analisando o que poderia haver do outro lado. Respirei fundo e usei um feitiço para destrancar a porta. Assim que ela se abriu, o alívio e o susto me atingiram ao mesmo tempo.

Minha mãe estava lá, sentada em uma cadeira, parecendo cansada, mas forte. Hope estava deitada em um sofá próximo, aparentemente desacordada, enquanto Roman estava ao seu lado, também adormecido.

— Mãe! — exclamei, correndo até ela.

— Choe! Você está bem? — perguntou minha mãe, tentando se levantar, mas parecendo fraca.

— Estou bem, e agora vou tirar vocês daqui. — garanti, enquanto Elijah e meu pai entravam na sala.

— Klaus, Elijah... — disse minha mãe, sua voz embargada de emoção ao vê-los.

— Hayley. — respondeu Elijah, enquanto meu pai ajudava Hope a se sentar.

— Onde está Roman? — perguntei, percebendo que ele havia desaparecido.

Antes que pudesse obter uma resposta, minha mãe segurou minha mão.

— Está tudo bem agora. Estamos juntos. — ela disse, me olhando com um sorriso tranquilo.

Pela primeira vez em muito tempo, senti que as coisas iam ficar bem. Minha família estava reunida, e isso era tudo o que importava.