010| O garoto loiro da escola Salvatore

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「Mystic Falls」𝗖𝗛𝗢𝗘 𝗔𝗡𝗗𝗥𝗘𝗔 𝗠𝗜𝗞𝗔𝗘𝗟𝗦𝗢𝗡

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「Mystic Falls」
𝗖𝗛𝗢𝗘 𝗔𝗡𝗗𝗥𝗘𝗔 𝗠𝗜𝗞𝗔𝗘𝗟𝗦𝗢𝗡

Alguns dias atrás...

A Escola Salvatore era tão grandiosa quanto eu imaginava, mas para mim, tudo parecia um pouco fora de lugar. Talvez porque não fosse meu lar. Não era New Orleans, não tinha a energia vibrante do French Quarter ou a sensação constante de perigo e aventura que fazia meu coração bater mais rápido.

Mesmo assim, havia algo intrigante naquele lugar. Talvez a normalidade que eu nunca tive. Aqui, Choe parecia ter encontrado algo que eu sempre quis: equilíbrio.

Eu caminhava pelos corredores, os olhos vagando pelas paredes decoradas com quadros de alunos e eventos passados. Talvez essa escola realmente valesse a pena. Choe foi bem treinada aqui e, pelo que parecia, conseguiu ter uma vida quase normal. Era tudo o que eu queria.

Eu queria essa vida. Uma vida normal. Com meu pai. Só ele e eu.

Não que eu fosse ingrata por ter crescido com minha mãe. Ela foi incrível, sempre cuidando de mim, me ensinando o que era certo e errado. Mas a vida com Klaus Mikaelson era diferente. Mais emocionante. Ele não era apenas meu pai; ele era o Klaus Mikaelson. O Original. E a vida ao lado dele era sempre cheia de adrenalina e propósito.

Meus pensamentos foram interrompidos por uma voz familiar.

— Choe? — perguntou um garoto loiro, se aproximando com um sorriso confuso.

— Você está diferente. Cortou o cabelo?

Eu pisquei, surpresa.

— Não... Não, desculpe. Não sou a Choe.

O garoto franziu o cenho, ainda mais confuso.

— Meu nome é Hope Mikaelson. Sou irmã gêmea da Choe.

Por um instante, ele pareceu processar a informação antes de dar um sorriso, como se tudo fizesse sentido.

— Ah, claro. A híbrida, certo?

Era sempre isso. Eu não era só Hope, não era só uma Mikaelson. Eu era a híbrida.

— Isso mesmo. A híbrida. — murmurei, tentando não deixar minha irritação transparecer.

Virei e continuei andando em direção à biblioteca, mas o garoto decidiu me acompanhar.

— Então, híbrida Hope Mikaelson, o que está fazendo aqui na escola da Choe?

Olhei para ele de relance antes de responder.

— Minha irmã e meu pai tiveram que viajar para Mystic Falls, perto de onde eu e minha mãe moramos. Decidi passar alguns dias aqui com eles.

Ele arqueou uma sobrancelha, curioso.

— Interessante.

— E você? — perguntei, sem muita paciência. — É o quê?

— Como assim?

— Bruxo? Lobisomem? Vampiro? — falei como se fosse óbvio.

Ele deu uma risada curta.

— Ah, claro. Sou um vampiro.

— Ah, claro. — murmurei, sem emoção. — E qual é o seu nome?

— Roman. — Ele sorriu, estendendo a mão. — Muito prazer, senhorita Mikaelson.

Olhei para sua mão por um momento antes de apertá-la.

— Muito prazer, Roman.

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele sumiu com a velocidade característica dos vampiros.

Eu fiquei parada, olhando para o lugar onde ele havia desaparecido. Talvez, só talvez, esse lugar tivesse algo a oferecer para mim além de paredes e livros antigos.

Os dias passaram, e, para minha surpresa, Roman e eu começamos a nos aproximar. Era uma conexão inesperada, mas agradável. Eu não precisava de um namorado — minha vida já era complicada o suficiente. Mas ter alguém com quem conversar, alguém que parecesse realmente interessado em mim, era... reconfortante.

Quando meu pai e minha irmã finalmente voltaram, foi hora de partir. Eu expliquei ao meu pai que precisava voltar para New Orleans. Ele não discutiu, mas, como sempre, fez questão de continuar me visitando. Toda noite, ou às vezes à tarde, ele aparecia para me ver. Era quase como nos velhos tempos, quando ele e eu éramos só nós dois.

Roman, no entanto, continuou em contato. Ele fazia questão de me contar tudo o que acontecia na Escola Salvatore, desde as aulas de controle de magia até as missões que os alunos realizavam para ajudar a manter o equilíbrio no mundo sobrenatural.

E, com cada visita, eu percebia algo que me deixava em conflito: ele era diferente. Talvez, finalmente, eu tivesse encontrado alguém fora de minha família que pudesse ser importante para mim.

Ainda assim, havia outra coisa. Algo mais sombrio. Talvez fosse minha natureza ou o destino dos Mikaelsons, mas algo me dizia que Roman seria mais do que apenas um amigo. E talvez, só talvez, ele fosse exatamente o que eu precisava para enfrentar Choe na escola Salvatore. Porque, no fundo, eu sabia que nossa rivalidade estava longe de acabar.

THE NOT PERFECT SISTERS, legaciesOnde histórias criam vida. Descubra agora