capítulo 15

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Marco Fontenelle

Não sei como, mas Dio me ajudou a chegar em um horário ainda minimamente compatível com o que eu deveria.

Logo que eu soube da festa tentei evitar as minhas responsabilidades do dia, não por que eu sou um grande fã das festas da famiglia, longe disso na verdade, mas como futuro chefe eu tenho muitas responsabilidades e comparecer nessas confraternizações está no topo da lista de a fazeres sociais.

Eu gosto de ter o dia livre em ocasiões assim por comodidade, eu gosto de fazer as coisas sem muita agonia, só que algum desgraçado resolveu mandar uma ameaça pra casa do Dom e eu precisei ir verificar, o que acabou levando horas a mais do que eu estava esperando.

Cheguei em casa e tive que me arrumar em dez minutos pra evitar riscos de atrasos grandes demais.

Aproveitei que estou esperando a Ana descer para beber um copo médio de uísque puro.

— Filho, nada da Ana ainda?— Meu pai perguntou aparecendo na sala segurando a mão da minha mãe.

Mesmo com a idade avançada, a minha mãe consegue ser a mulher mais linda de quase todos os lugares, eu nem preciso dizer o quanto o meu pai fica orgulhoso da beleza da esposa.

— Ainda nada, pappa. Ela deve estar achando que vamos ver a realeza.— Respondi murmurando de cansaço.

Bem, é melhor que eu me acostume logo com a rotina de esperar a Ana ficar pronta já que vamos nos casar em cinco dias.

Assumo que estou rezando pra esses dias passarem rapidamente, eu juro que não é exagero, as minhas bolas já estão começando a doer.

— Vocês são a realeza, maninho. A espera vai valer a pena, acredite.— Bea disse descendo as escadas com um vestido longo vermelho escarlate. Ela gosta muito de usar essa cor, uma vez eu perguntei o motivo e a justificativa foi "se for para passar despercebida, melhor nem ir" depois disso eu percebi que mulher não foi feita pra entender, foi feita pra fingir que compreende e ir seguindo a vida.

Esperei mais vinte minutos até que eu comecei a ouvir barulho de saltos no piso e olhei imediatamente para a escada, com certeza foi o meu maior acerto antes de perder a capacidade de falar momentaneamente.

A Ana está parada no topo, segurando o corre-mão e no rosto um sorriso magnífico.

Ela está perfeita, inteiramente perfeita, o vestido é preto com uma transparência que não deixa muito para a imaginação é verdade, mas eu não consigo imaginar nada mais sensual do que ela usando essa roupa.

A fenda na perna é incrível, e o decote então, me deixou ligeiramente tonto. Olhar para ela assim me transformou em um idiota de queixo caído.

Senti um tapa forte no meu ombro fazendo com que eu finalmente retornasse a mim. Virei para o lado e vi o meu pai me encarando com um sorriso claramente zombando de mim e me mandando ir até o pé da escada com um verdadeiro cavalheiro faria.

Forcei uma tosse para ter certeza de que a minha capacidade de falar está intacta e comecei a caminhar até a escada.

Ana abriu o sorriso ainda mais quando percebeu que o meu olhar está cativo do dela.

Uma pequena criatura perigosa de fato, e ela sabe disso.

— Como eu estou?— Perguntou assim que aceitou a mão que eu estava estendendo na direção dela.

Como eu posso dizer que ela está incrivelmente gostosa, linda, maravilhosa e indescritível sem parecer um grande bobo? E talvez mais importante, como eu posso falar tudo isso sem usar a palavra gostosa, quando na verdade é essa a definição que mais se encaixa nessa mulher.

A Prometida Do Mafioso - Livro 1 da série: Família Fontenelle Onde histórias criam vida. Descubra agora