capítulo 18

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Começo da maratona...

Ana Olivares

Os cinco dias restantes até o casamento passaram como um imenso borrão. Meu vestido ficou pronto em tempo recorde, eu e o Marco participamos de novas provas de bolos (finalmente o padeiro acertou o meu brigadeiro) e selecionamos como sabor italiano a palha italiana, o que eu descobri ser o doce preferido do Marco.

Eu não participei da escolha, mas ontem eu acabei ouvindo sem querer que ele já escolheu uma casa aqui mesmo nessa rua, para nós dois morarmos.

Acho que só agora eu estou me dando conta de que eu vou mesmo me casar.

Vou deixar para processar isso no fim da cerimônia, agora já não dá mais tempo para uma crise.

Voltei a prender a respiração para facilitar o trabalho da Bea, que por gentileza se voluntariou para fechar o meu vestido.

Dispensei as pedrarias no meu vestido, mas permaneci com o modelo sereia.

Eu não quis que fosse nada muito cheio por que não seria muito do meu estilo, mas na verdade como eu nunca tinha me imaginado em um vestido de noiva estou bastante surpresa com o resultado.

— Você está linda, cognata. — Disse depois de se afastar de mim para conferir o conjunto da ópera.

O cabelo e a maquiagem começaram a ser feitos logo cedo, o vestido só me foi permitido vestir agora, já na hora do casamento para não ter como danifica-lo

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O cabelo e a maquiagem começaram a ser feitos logo cedo, o vestido só me foi permitido vestir agora, já na hora do casamento para não ter como danifica-lo.

Dei uma olhada pela janela do quarto e vi que as pessoas realmente vieram. Eu não deveria ter me surpreendido com isso, afinal é o casamento do futuro capo, mas eu realmente achei que não fosse ter tanta gente.

Incrível como ninguém além de mim parece estar atrasado.

— Não sei se consigo fazer isso, Bea.— Confessei de uma vez. Desde que cheguei aqui, bom, na verdade até antes disso, eu tentei fazer parecer que não me importo nenhum pouco com essa burocracia de casamento e muito menos com todas as coisas que vem no pacote.

Mas eu acho que não pensei muito sobre essas outras coisas. Me casar e ser a primeira dama seria incrivelmente a parte fácil do contrato, mas ser a esposa de alguém implica que serei mãe e responsável por outra pessoa no futuro e eu não acho que vá conseguir fazer isso. A ideia de crianças correndo pela casa é linda, mas quando eu penso que eles vão depender inteiramente de mim sinto que estou a beira de um colapso nervoso.

— Você e o meu irmão vão conseguir se adaptar bem, mas você precisa confiar nele.— Bea disse com a voz calma.

Eis aí outro problema, deixar o controle de algo tão importante quanto a minha vida nas mãos de outra pessoa. Eu sempre fui a pessoa com o controle nas mãos, e saber que agora eu preciso "depender" das ações de outra pessoa me enlouquece. E se ele não fizer as coisas direito? Eu vou poder colocar ele de castigo como se fosse criança?

A Prometida Do Mafioso - Livro 1 da série: Família Fontenelle Onde histórias criam vida. Descubra agora