Capítulo 50- Final

6.8K 438 15
                                    

Marco Fontenelle

Eu, o Dom e a Bea estamos conferindo uma denuncia anônima, deixaram uma carta presa na porta do Domenico dizendo que uma coisa horrível está acontecendo na famiglia.

Tráfico de crianças.

Claro que eu não poderia deixar isso passar sem conferir se é verdade e caso seja, eu vou precisar matar o responsável, nós não toleramos crueldade com crianças de maneira nenhuma.

Passei a mão no bolso enquanto entramos em uma casa caindo aos pedaços.

— Que droga, esqueci o celular dentro do carro.— Falei para eles com uma careta de descontentamento.

— Pelo que eu estou vendo a denuncia foi falsa primo, vamos só subir para conferir todos os andares e podemos voltar para o carro, aí você pega seu amado celular.— Ela disse em tom de zoação me deixando levemente contrariado.

Eu não gosto de ficar longe do meu celular, a Ana pode precisar de mim a qualquer momento e eu posso acabar não percebendo se não estiver com o celular do meu lado.

— Vamos acabar logo com isso.— Falei começando a subir as escadas lentamente prestando atenção a todo e qualquer som adverso aos nossos passos.

— Aqui tá limpo.— Domenico gritou de um dos cômodos que ele foi conferir.

— Aqui também.— Bea gritou em resposta.

Entrei no grande cômodo vazio na minha frente e depois de uma olhada curta abaixei a minha arma.

— Foi uma denuncia falsa, vamos embora.— Gritei para eles que já estão no andar de baixo e fui descer também.

Eu odeio esse tipo de ocupação, e infelizmente ainda não pensei em nenhuma forma de limitar as denúncias a apenas verdadeiras.

— Seu celular está cheio de mensagens.— Bea disse quando pegou o meu aparelho e me entregou.

Franzi a testa um pouco preocupado e abri as mensagens de uma vez já que são da minha mãe.

Ao mesmo tempo em que pode ser apenas alguma amenidade também pode ser alguma coisa bem grave.

Passei os olhos rapidamente pelas letras e arregalei os olhos em seguida.

— Cazzo! A Ana está em trabalho de parto.— Falei praticamente gritando de tão assustado que eu estou.

— Então pisa nesse acelerador cazzo, sua mulher precisa de você lá.— Domenico disse dando um tapa na minha cabeça fazendo o meu corpo sair do completo topor em que eu mesmo me coloquei.

Sacudi a cabeça para ter certeza de todos os meus movimentos e liguei o carro saindo logo em seguida sem dar tempo para que os outros coloquem o sinto de segurança.

Eu não quero perder o nascimento do meu filho, mas estamos relativamente distante do hospital da famiglia.

Que droga! Eu não vou permitir que essa denuncia falsa tenha me impedido de ver o nascimento dele.

Pisei ainda mais no acelerador sem precisar me preocupar muito com um possível acidente já que ainda estamos em uma área rural, o que não durou muito tempo. Em menos de cinco minutos entrei em uma via de trânsito expressa com muitos carros de um lado para o outro.

— Eu acho uma boa ideia você diminuir um pouco a velocidade.— Bea disse olhando para mim.

— Eu tenho que chegar lá.— Respondi fazendo o pneu do carro cantar mais uma vez.

— Eu sei, mas é bom chegar lá vivo, você não acha?— Domenico disse concordando com a minha irmã.

Eu não dei ouvidos a nenhum dos dois e acelerei um pouco mais recebendo algumas buzinas e xingamentos de outros motoristas.

A Prometida Do Mafioso - Livro 1 da série: Família Fontenelle Onde histórias criam vida. Descubra agora