✵ Capítulo XLVIII ✵

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Pov. Primo Trevisan



Meu corpo estava fervendo, me controlei ao máximo para não sair atrás dos imbecís está noite. Rubin adormeceu em meus braços e ficamos nisso até que minha hora com ela acabasse, eu gostava da forma como ela parecia tão serena, isso me acalmava. Mas agora eu estava pronto para quebrar alguns ossos.

- Você tá indo longe demais por causa de uma foda. - Amo murmurou assim que paramos o carro.

Revirei os olhos, ele havia decidido me acompanhar apenas porque estava entediado demais em seu castelo; o príncipe da Famiglia não sujava suas mãos há algum tempo.

- Não é só uma foda. - murmurei analisando o local.

- É pior do que eu imaginava. - ele reprimiu uma risada saindo do carro e fiz o mesmo em seguida - Você e seu irmão estão virando cachorros castrados.

- Maximus com certeza já virou, ele passa o dia todo com aquela garota quando não tá mexendo em suas latas velhas. - resmunguei tirando minha arma do coldre a destravando.

- Porra, você vai entrar lá dentro com isso na mão? - Amo me encarou abismado me fazendo rir.

Como toda boa caçada, eu havia feito minha pesquisa antes de sair de casa. Não precisou muito pra saber que um dos passatempos preferidos de William e Hoover, - os merdinhas que haviam machucado Rubin - era se reunir em um dos clubes de tênis centrais da cidade.

Ambos eram mimados por seus pais, aparentemente se achavam intocáveis e no direito de fazer qualquer tipo de merda por aí, só não contavam que em um desses deslizes acabariam despertando a minha raiva e eu não era muito paciente quando se tratava de punir idiotas engomadinhos.

- Prefere usar seu machadinho?

- Vamos entrar em uma briga com político por causa de uma boceta. - ele balançou a cabeça pegando uma bolsa no banco de trás tirando o maldito machado de dentro - Isso te agrada?

Gargalhei antes de abrir a porta do carro já atraindo olhares para nós, Amo por sua vez guardou seu machado de volta na bolsa antes de sair. Seu olhar frio fez com que as pessoas pensassem duas vezes antes de espiar novamente.

- É melhor manter a descrição se quiser chegar até os imbecis. - ele avisou, me fazendo resmungar um xingamento antes de esconder minha arma.

- Vamos acabar logo com isso, tudo bem? - suspirei subindo as escadas que nos levava ao saguão do clube.

- Vou fingir que você queria minha adorável companhia e não meu sobrenome pra poder entrar. - ele reprimiu um sorriso me fazendo revirar os olhos.

- Talvez os dois, as coisas andam entediantes ultimamente. - dei os ombros.

Queria poder dizer que era mentira, mas desde que Maximus encontrou Elisa e se casou com ela, as coisas não tinham mais tanta emoção. Meu irmão estava vivendo seu conto de fadas e não havia mais espaço pra nossa trindade em sua vida.

- Você parece quase melancólico desde que Maximus arrumou uma coleira.

- Podíamos só focar no que viemos fazer aqui. - falei de forma branda antes de caminhar até a recepção.

O cara atrás do balcão me olhou por alguns segundos considerando se eu merecia mesmo sua atenção, mas assim que seus olhos encontraram com os de Amo, era nítido que ele entendia quem estava em sua frente.

- Nós viemos para uma reunião com um dos sócios. - Amo avisou com um sorriso frio estampado em seu rosto.

Ignorando qualquer resposta ou termos burocráticos nós caminhamos até o elevador que já estava parado no térreo, assim que entramos ele apertou o botão do andar no restaurante e eu arqueei a sobrancelha.

For Blood // HIATUS Onde histórias criam vida. Descubra agora