Capítulo #05: Aquele sobre o teste de atração

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Sugestão de música: For me - Dearlie

Durante uma aula de educação física em que tivéramos de permanecer na sala, algumas meninas decidiram me questionar sobre minha sexualidade. Nunca fui um garoto que disfarçasse a total falta de interesse por garotas, nem negava a forma como meninos bonitos me atraíam facilmente por sua beleza. Naquele dia, começaram a buscar as mulheres famosas mais lindas que conheciam, segundo elas mesmas, e me questionavam sempre sobre o que eu sentia ao vê-las.

– Como você pode me dizer que não acha a Marina Ruy Barbosa uma grande gostosa? Sinceramente, até eu ficaria com ela!

– E a Gisele Bündchen? Sério que você não sente nada olhando para essa mulher?

Eu acabei me acostumando com os olhares desentendidos das minhas colegas quando me pediam para observar fotos de pessoas (homens e mulheres, já que meu interesse era super fraco, independentemente do gênero) que normalmente eram tão lindas para todos. Mas, para mim, elas eram apenas bonitas, e isso não significava nada demais.

Apesar disso, é claro que eu - como ser humano que sou e com a carne fraca como todos - via alguns exemplos fenomenais de beleza. Para mim, o ator Chris Hemsworth era alguém que me deixava tremendamente admirado por tamanha lindeza e o cantor Jão, junto com Josh Hutcherson (ok, admito, também tive uma quedinha pelo youtuber Bubarim por conta daquele charminho dele), sempre foram as celebridades em quem mais prestei atenção por conta do carisma apresentado em frente às câmeras.

Para mim, o que realmente interessa em uma pessoa é seu jeito, sua inteligência e a forma como trata o resto do mundo. A beleza é um fator importante, obviamente (até porque raramente sentimos atração por aqueles que consideramos esteticamente feios), mas do que vale ser a pessoa mais linda do mundo se ela não é minimamente educada nem com os mais chegados?

Afinal, o que é beleza senão apenas mais uma forma de classificar a aparência de alguém? Não é porque uma pessoa é bela que ela é uma boa pessoa – é tipo uma pitaya (linda por dentro e por fora, mas péssima de se comer). 

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