O Libertino - Os Medina 03

Capítulo 2

DIANA CAMBERRA

— Eu não vou. – Digo, me encarando no espelho. Estou com o cabelo preso em um rabo de cavalo alto, uso um vestido preto que tem um leve decote, saltos vermelhos e um casaco de pele. – Não assim.

— Pare de show. Você está linda. – Brenda, minha prima, abre um sorriso.

— Sério!? – Ela me encara com as sobrancelhas arqueadas. – Tudo bem.

— É assim que se fala! – Ela grita e vai até a porta. – Já vou indo, tenho que ver se minhas amigas já estão indo.

— Tá bom. Eu já vou. – Brenda sorri e fecha a porta.

Não imaginei que meu primeiro dia na Austrália seria assim, na realidade, eu pensei que passaria a noite inteira em meu quarto dormindo horrores. Mas não, minha prima tinha planos maiores para nós.

Eu sou Diana Camberra, filha de Marcel Camberra um deputado da Austrália. Eu morava com minha mãe e irmã na França, já que optei em fazer minha faculdade de administração e recursos humanos. Agora que já concluída, meu pai exige nossa volta para a Austrália.

Minha vida sempre foi muito movimentada, com sete anos entrei para um curso de idiomas extensos, eu falo várias línguas; fiz o curso até meus dezoito anos, quando terminei os estudos, logo entrei para a faculdade e curso ao mesmo tempo.

Agora com vinte e quatro anos, sou formada e tenho meu próprio emprego. Sim, já estou empregada e olha que acabei de chegar; uma das vantagens de ter um pai importante.

Nunca tive a liberdade que eu sempre almejava, meu pai me ensinou a nunca deixar a cabeça desocupada. Então nunca tive um dia de chegar e falar; hoje estou atoa, um dia de folga. Na realidade, desde os meus sete anos não tive uma folga.

Quando Jess nasceu, minha irmã caçula  Tive que ajudar minha mãe cuidar dela, mesmo com as babás, não confiavamos em deixar a nossa pequena menina nas mãos delas. Então eu sou mãe/irmã para Jess, ela é tudo de mais importante que eu tenho, atualmente ela tem seis anos.

Cheguei hoje na Austrália, já tive a oportunidade de conhecer algumas pessoas; amigos da minha prima, Brenda. Hoje terá a inauguração da boate que ela é sócia, seu pai é dono de uma rede de hotéis.

— Então vamos lá, está na hora. – Digo a mim mesma.

Sempre evitei festas e eventos, na realidade eu não tinha é tempo e nem cabeça pra isso. Mas agora já sou maior de idade, já posso me divertir nem que seja um pouco. É a primeira vez que saio assim, estou um pouco nervosa, mas não tem como dar nada errado!

Não é? É!

Retiro-me do quarto da minha prima, vou caminhando lentamente até o exterior dessa casa. Não sei andar muito bem de saltos, e nessas enormes escadas não irão me ajudar. Removo os saltos dos meus pés temporariamente, dirigo-me até o meu carro Bugatti Centodieci, na cor branca.

Ponho minha bolsa e os saltos no banco do carona, ligo o carro e começo a me locomover para fora da mansão. Quando já estou pelas ruas da Austrália, ligo o som colocando um estilo de música comum no Brasil, acústico.

Vou escutando a música até chegar ao meu destino, desligo o carro e pego meus saltos e começo a colocá-los. Logo minha bolsa já está em meu braço e abro a porta do meu carro, mas antes de sair vejo um Bugatti La Voiture Noire. De duas ou uma, essa pessoa é muito rica ou roubou esse carro.

Logo vejo um homem sair, ele é alto e bronzeado. Seus cabelos são bem lisos e jogados para os lados, ele usa uma blusa social branca que está dobrada até o cotovelo; deixando a mostra suas inúmeras tatuagens, sua calça jens preta está perfeitamente em seu corpo músculoso, vejo que está usando uma correntinha no pescoço.