Capítulo 5

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VICENT MEDINA.

— Por que está se importando com uma mulher que você dormiu? – Adam pergunta, ele está jogando seu videogame.

— Né. – meu irmão, Luke, completa. – Nosso querido caçula, nunca foi de ligar para as mulheres que dormiu.

— Por que ela não é qualquer uma.

— As outras eram qualquer uma? – Adam me encara, mas logo volta atenção ao seu jogo.

— Eram interesseiras, somente estavam comigo pelo meu sobrenome. – dou-me de ombros, roubo um pouco do biscoito de Luke; o que faz ele me olhar feio.

— E como você sabe que ela não é?

— Ela não sabe nem meu nome, e eu o dela.

— Grande coisa. – Adam dá um tapa na minha nuca. – E você acha que ela não te conhece pela Internet ou revistas?

— Não pareceu. – faço uma careta, roubando mais biscoitos do meu irmão, mas ele me dá um tapa. – Aí, porra. Tô com fome.

— Problema é seu.

Como um adulto sensato e maduro, eu mando língua pra ele que devolve com um dedo. Voltamos a nossa atenção para o jogo de carro do Adam, desde que me lembro ele joga esses videogames, e nunca deixavam eu jogar. Eu era sofrido! Pobre lindo Vicent.

Minha cunhada, Lorena. Entra na sala com um balde de pipocas e eu já começo roubando um pouco, o que faz ela arquear uma sobrancelha.

— Não pega minhas pipocas. – exige.

— Ninguém nessa família sabe dividir? – finjo-me ofendido.

— Não, quando o assunto é comida. – Nancy, minha outra amada cunhada, da batidinhas no meu ombros. – Chega pra lá.

Obedeço, me sentando mais perto de Lorena. Ficamos ali assistindo um filme na TV, enquanto meu irmão jogava videogame na outra ao nosso lado.

— Quem era aquela mulher hoje? – Nancy pergunta, olho feio para o meu irmão.

Hoje pela manhã acordei com minha mãe me chamando, em seguida lembrei-me da mulher que dormi e não achei ela em lugar algum. Dona Alice me olhava como se esperasse eu perguntar, ela me contou que a menina ficou perdida no apartamento e ajudou-lhe achar à saída. Tive que explicar quem era aquela menina, mesmo que eu não saiba.

— Se eu soubesse, te responderia. – abro um sorriso, Nancy me olha assustada.

— Você é louco! E se for uma ladra?

— Mas ela é! – luke começa. – Roubou o coração do nosso lindo libertino.

— Apaixonou-se por ela? – Lorena me olha comos e eu fosse um monstro.

— Não! Eu só fiquei preocupado.

— Infelizmente não sabemos o nome dela. – Adam se pronuncia. – Se não, poderíamos zoar o Vincet.

— Haha, muito engraçado. – rolo os olhos.

Nesse momento a porta de entrada se abre, e vejo três furacões entrando correndo e vem até seus pais. Cole se pendura no pescoço do pai que está jogando, Hector e Peter estão cada um no colo do seus pais. Levanto meu olhar e minha mãe entra com as babás deles sorridente.

— Como foi o passeio? – Lorena pergunta à minha mãe.

— Muito produtivo e bom. Ensinei as crianças sobre as flores, lá no parquinho tinham muitas. – responde. – Afinal, Cole disse que namora.

Olho para Cole que sorri de forma levada, sua mãe põe a mão no peito e fecha os olhos com força, enquanto meu irmão gargalha.

— É isso aí. – aponto, na direção do meu sobrinho. – Isso que eu lhe ensinei.

— Foi a Jess, tito. – ele explica, me fazendo arquear uma sobrancelha.

— Quem é Jess? – minha cunhada, me olha como se fosse me matar.

— É uma menina que ele conheceu no mercado, fomos comprar refrigerantes e ele começou a brincar com ela.

— E vocês namoram, meu amor? – sussurra angustiada, para o filho que tem um sorriso nos lábios.

— Sim, mamãe.

— Entendo. – ela bebe mais do seu suco natural.

Nos minutos seguintes foram de Lorena interrogando Cole, não sei pra que quanta preocupação já que um dia ele terá que namorar. Por isso, não quero ter filhos, sou ciumento demais para lidar com isso de maneira tranquila.

Nancy tentou conversar com Lorena, mas a coitada só sabia rir da situação. Minha mãe estava entretida no seu notebook, enquanto luke começou a jogar com Adam e meus sobrinhos; Hector, Peter e Cole foram brincar no quarto. E eu, estou aqui fazendo nada.

— Ah! Não. – minha mãe resmunga, fazendo meu pai olhá-la com preocupação.

Na real, eu nem vi meu pai chegar. Eu fiquei tão entretido em fingir desmaio no sofá, só assim ninguém em estressa; que não vi ele chegar em momento nenhum.

— O que ouve, meu amor?

Desde novo eu sempre quis ser como meus pais, mesmo sabendo da forma que eles começaram. O importante não é da forma que começa, mas sim, do amor e respeito que surge com o tempo. Eles são a minha maior inspiração, por isso nunca namorei, nunca achei alguém que me fizesse querer algo serio; como noivado, casamento e filhos.

— Acabei de ver que a nossa acessória, confirmou presença no jantar beneficente dos Camberra.

— Terá esse ano? – luke faz uma careta.

— Sim, e todos os Medina irão.

— Terei compromisso nesse dia, lamento. – anuncio, observando o olhar sugador da minha mãe e vejo meu pai implorar para eu não contesta-la. – Na realidade, acabei de abrir uma exceção.

— Muito bom. – ela se levanta. – Será daqui um mês, então se organizem. Quero todos os Medina lá no mesmo horário, não quero gracinhas ou brincadeiras sem sentido.

Ela está deixando isso bem claro, porque no ano passado; Adam riu tanto de uma mulher que caiu da escada, que saiu refrigerante pelo seu nariz. Fora as piadas sem graças de Luke e as minhas trollagens, uma vez eu coloquei laxante no copo de um governador.

— Bons tempos. – Adam suspira nostálgico.

O Libertino - Os Medina 03Onde histórias criam vida. Descubra agora