Capítulo 3

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VICENT MEDINA(+18)

Sério? – Ela gargalha. – E o que você fez?

— Me joguei da varanda. – dou de ombros, e ela arregala os olhos e põe a mão na boca – A piscina fica na posição da varanda, então não tinha risco de cair e me quebrar todo.

— E seu irmão, o que fez depois?

Estou contando a ela o dia que coloquei fogo nas roupas do meu irmão Luke. Simplesmente ele não quis me emprestar uma camisa, então ele ficou sem nada. Esperei ele sair para a academia e coloquei fogo em suas roupas em cima da cama, mas para minha infelicidade ele voltou mais cedo e me viu encarando a grande fogueira em cima da sua cama.

Ele me ameaçou de morte, mas antes que ele me pegasse e matasse, eu me joguei da varanda e acabei caindo na piscina. Consegui me esconder por duas semanas em minha casa de praia - que ninguém sabe a localização - quando a poeira abaixou, eu voltei com a minha melhor cara lavada.

— Tentou me matar, eu sou bem mais esperto. – ergo meu dedo dando ênfase. – E bonito.

— Você se acha, sabia? – seu tom de voz é brincalhão, ela se sentiu confortável ou está bêbada. Eu prefiro acreditar na primeira opção.

— Com razão, não é?

— Sim. – ela diz simples. Encaro seus lábios que estão avermelhados e abertos em um pequeno sorriso.

Levanto meu olhar e vejo que ela também encara minha boca, me aproximo mais e não consigo desviar meu olhar do seu; é como se estivéssemos hipnotizados. É uma sensação que eu nunca senti antes, ansioso e com adrenalina correndo em minhas veias.

Tomo coragem, levo minha mão esquerda para sua nuca - que está exposta - e seguro ali. Trago seu rosto de encontro para o meu, depositando um selinho em seus lábios e sinto a maciez deles. Sua boca se abre para me receber, no instante seguinte o beijo se inicia de forma lenta e precária; mas imediatamente aumento o ritmo do beijo.

Minha mão direita vai para sua cintura e segurando-a firme ali, suas mãos estão uma cada lado do meu rosto. Ela intensifica mais o beijo e eu acabo sorrindo, nos separamos por falta de ar em nossos pulmões. Desço meus lábios para o seu pescoço nú, somente sendo esquentado por seu casaco de pelos.

— Você mora aqui perto? – pergunta odegante, sua voz está embargada e cheia de desejo.

— Uns dez minutos. – respondo, sem ao menos parar os beijos em seu pescoço. Seu cheiro é maravilhoso, é como uma cripytonita. – Vamos?

Ouais. – responde em francês, e sua voz é muito sexy nesse idioma.

[...]

Depois de alguns dez minutos dirigindo, fomos até meu apartamento. Viemos no meu carro, já que eu sou o mais sóbrio de nós dois. Estaciono o carro na minha vaga da garagem, retiro-me do carro e vejo ela sair também. Não vejo seus saltos, certamente estão dentro do carro.

Seguro sua mão e caminhamos lado à lado até o elevador, aperto no 25. Eu moro no último andar, onde somente tem a minha cobertura.

Quando o elevador para, ela me olha sorridente e sai caminhando até a porta, encaixo minha digital na tranca eletrônica e em seguida a porta se abre. Ela entra e começa a olhar tudo, minha sorte é que Rosiane arrumou tudo depois que meus sobrinhos foram embora.

Fecho a porta e quando estou indo até a cozinha, para preprar algo para ela comer. Sinto-me ser puxado pela blusa social, me viro e ela sorri de maneira levada. Seus braços rodeam meu pescoço e nossos lábios estão próximos outra vez.

O Libertino - Os Medina 03Onde histórias criam vida. Descubra agora