Capítulo 22

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DIANA CAMBERRA

Porque estão tão nervosa? Aqui ainda é a minha casa e eu não preciso estar assim. Bom, o primeiro passo já foi dado, Vicent me levou até sua cobertura e dessa vez eu pude vê-la com mais clareza e calma. Ele insistiu em me trazer para casa, mas neguei novamente e vim com meu carro e já estou pronta para voltar quando for preciso.

Começo a subir as escadas devagar, não quero que haja barulho assim ninguém saberá da minha presença. Prometi que voltaria para casa de Vicent antes das nove da noite, agora são seis e meia então tenho um bom tempo. A casa está vazia e pelo horário, todos estão trabalhando ou foram sair para jantar.

Abro a porta do meu quarto, e sem perder tempo vou até o closet pegando minhas malas e as abrindo na cama. Comecei pelos itens mais necessitados, calcinhas, sutiãs e lingeries. Após isso, optei por calças de frio, blusas confortáveis e vestidos. Na outra mala, coloquei as roupas sociais e de festas, junto com alguns sapatos e até acessórios que estavam na caixa.

Na última mala, coloquei alguns porta-retratos da minha família e principalmente, de Jess. Minha menina. Como sentirei saudades dela, que cuidei e criei como uma própria filha. Não a esquecerei jamais, irei buscá-la sempre para ficar comigo e com Vicent. De forma instantânea, ponho a mão na minha barriga e sinto uma grande paz reinar em meu interior.

Meu bebê.

Fico assim por um tempo, só acariciando e o sentindo crescer dentro de mim. Como será que vai ser? Um menino igual ao pai, ou uma menina igual há mim? Os olhos, serão escuros como os meus ou castanhos como os do pai? O cabelo, ah.. eu quero que sejam escuros como os meus, disso eu não abro mão!

Um sorriso surgem em meus lábios e balanço a cabeça tirando esse pensamento agora. Volto para o banheiro e pego os itens higiênicos, como os produtos de skin care, produtos de cabelo e da pele. Quando fecho a mala, sinto que estou abandonando o meu lar.

— Aqui nunca foi o meu lar! – suspiro pra mim mesma.

— Que menina ingrata! – ouço uma voz atrás de mim e me viro rapidamente.

— Quem é você?

— Olha. – sorri debochada – Além de ladra é burra. Vicent nunca foi muito esperto nas escolhas de mulheres, coitado.

Começo a reconhecê-la. Ela é a mulher que estava no dia do leilão! Não me recordo o nome, mas esses olhos profundos em encarando eu posso me lembrar fortemente. Ela está usando uma calça preta e um moletom que deixa o cabelo escondido. Não sei o que está acontecendo, mas não estou gostando nada disso.

— Como você entrou aqui? – dou um passo para trás.

— Isso não importa. – se aproxima – O que importa é que agora, eu te encontrei. Mystery girl..

— O que? Como você.. – não tenho tempo de dizer mais nada. A mulher se aproxima mais e me dá um tapa no rosto, quando eu ia revidar sinto algo sendo precionado no meu rosto e acabo tentando não respitar.

— Socorr..

O Libertino - Os Medina 03Onde histórias criam vida. Descubra agora