Capítulo 10

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VICENT MEDINA.

Senhor Vicent. – minha secretária coloca a cabeça para dentro da minha sala.

— Sim, Mariana!? – continuo a olhar os milhares de papéis em cima da minha mesa.

— Tem uma moça aqui, querendo falar com o senhor.

— Qual nome?

Achei bem estranho a recepção não anunciado essa pessoa, já que a regra é que somente minha família pode subir sem ser anunciado, mas antes de entrar na minha sala terá que ser anunciado pela minha assistente.

— Brenda Camberra.

Tento puxar do fundo da minha mente quem é essa menina. Será que transei e não me lembro? Mas eu sempre deixo claro nas minhas relações casuais que não quero que venham atrás de mim no meu local de trabalho. Por isso nessas últimas semanas só saio com mulheres de agências, assim não preciso me preocupar em dar satisfações.

— Mande entrar!

— Sim, senhor. Com licença.

Não sei o que uma Camberra quer aqui, a princípio não tenhamos transado. Ou, talvez sim e eu não me lembre.

A porta é aberta e levanto meu olhar, encontrando uma mulher de cabelos cor de mel e com o mesmo semblante da mulher do supermercado. Então é daí que nos conhecemos, mas por que ela veio aqui e como sabe quem eu sou.

— Olá, Medina. – ela sorri, ao se aproximar e eu me levanto da cadeira e estendo minha mão.

— Camberra? Como posso ajudá-la?

— Vim aqui para ver se realmente era você. – ela se senta – Sou Brenda Camberra, sobrinha de Marcel Camberra. Esse ano quem está a frente do evento, sou eu, então vim fazer um convite.

— Que seria? – pergunto, já sentado em minha cadeira e olhando os papéis na mesa.

— Ser meu acompanhante da noite. Como sabe, todos os Camberra sempre vão acompanhandos, e quem melhor que o Medina?

— Olha, Brenda.. – olho para a mulher muito linda e elegante na minha frente – Não sei se é uma boa ideia, já que eu terei compromisso no dia. Posso chegar atrasado, ou, até não comparecer.

— Entendo. Mas sabe que requer uma multa para quem não comparece, não sabe? – ela sorri e eu respiro fundo – Será legal, prometo.

Vamos deixar uma coisa nítida, ela quer me dar. O que à de mal em ir com ela nesse jantar? Iremos comer e no final ela poderá ser minha sobremesa, e uma distração bem interessante por sinal. Espero que ela não seja aquelas meninas chatas e insistentes.

— Tudo bem, Camberra – suspiro – Poderemos ir juntos sim, espero que entenda que é somente um jantar.

— Como quiser – se levanta e meu olhar cai instantaneamente para suas lindas pernas nuas e atrativas – Deixarei meu contato com sua assistente, entre em contato.

— Como preferir – rodo em minha cadeira – Pode me dizer quais famílias comparecerão?

— Muitas. Entre elas; Bonanno, Ravenca, Baltimore, Martinele e Agostini

— Entendi – me levanto – Posso ajudá-la em algo mais?

— Claro. O senhor se incomoda em usar um terno da mesma cor do meu vestido? – ela sorri amplamente, e eu me concentro em não rolar os olhos com essa bobeira

— E qual seria? – cruzo meus braços

— Azul. Irei com um vestido azul marinho, mandarei a cor para o senhor e vê se pode usar uma igual. – ela põe sua bolsa no ombro – Se quiser, posso pedir ao meu estilista.

— Não precisa. Eu mesmo vejo isso, Camberra.

— Como quiser. – da a volta na mesa e, deposita um beijo na minha bochecha – Até mais.

Ela faz seu percurso até a porta e logo sai pela mesma, fechando em seguida.

— Onde você está mulher misteriosa?

— Onde você está mulher misteriosa?

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O Libertino - Os Medina 03Onde histórias criam vida. Descubra agora