O Libertino - Os Medina 03

Capítulo 25

VICENT MEDINA

— Já tem alguma notícia, da garota? – Adam pergunta, receoso.

— Ainda não. Riccardo está procurando, logo a acharemos, não se preocupe. – Vito garante e isso não me acalma, só me deixa mais ansioso por uma resposta rápida. – Você precisa se acalmar. Tem uma filha que precisa de você, uma futura esposa que espera por ti e carregando um fruto do amor de vocês.

— Eu sei, mas é difícil. – passo a amo nervoso, pelos meus cabelos, suspirando em seguida – Meu mundo desabou, eu não sei o que fazer ou como agir. Não sei quem foi o causador isso, mas vai pagar caro.

— Entendo sua dor, já passei por ela. Mantenha sua calma, isso ajuda bastante – põe a mão no meu ombro – Vamos achá-la e buscá-la juntos, não tenha dúvidas. E quero o convite do casamento, você comeu demais no meu.

— Vamos ver – solto uma risada leve e isso trás uma paz momentânea, que logo passa.

Nesse momento, a porta do escritório é aberta e secretária entra com uma bandeja de café, chás e sucos. Logo atrás vem uma moça da cozinha, com outra bandeja de pães, frutas, biscoitos e sanduíches. Elas se retiram e os homens vão até lá, alimentar-se. Estou sem fome e vontade de fazer algo útil. Já fazem quase vinte e quatro horas que Diana sumiu, e isso acaba comigo.

Quando descobri do seu sumiço, pensei em chamar a polícia. Não quero escândalos, muito menos os tabloides sabendo do que está acontecendo, então chamei os Savóia que estão me ajudando desde então. Vito viajou pra Austrália com alguns homens, o seu subchefe, Riccardo, ficou na Itália mas está nos ajudando de lá.

Minha mãe ficou bem alterada, e acabaram colocando ela pra dormir. Lorena está com ela, e isso me deixa mais tranquilo. Meus irmãos e meu pai estão aqui comigo, e isso me mostra que sempre estaremos juntos. Preciso ser forte, logo terei minha mulher e meu futuro filho em meus braços.

— Um momento – pego licença, quando meu celular toca e me afasto para atender.

Ligação on.

— Senhor Medina? – a voz me Maíra me faz parar. Ela é babá de Stormi na casa de Nicole, e eu passei meu número pra ela, pra me ligar se algo estranho ou perigoso acontecer com a minha princesa.

Já ganhamos a causa, mas Stormi ainda tem um mês com a mãe para despedida.  Não sou tão terrível ao ponto de não deixá-la ver mais a mãe, porém não quero que tenham tanto contato. Nicole não a personificação de melhor mãe e isso me preocupa bastante.

— Sim, sou eu.

— Queria informá-lo que a senhora Nicole está mais de dois dias fora de casa. Ela saiu e mandou eu cuidar de Stormi, a menina está perguntando pela mãe.

— Não conseguiu falar com ela?

— Não, senhor. Tentei ligar, mas só cai na caixa postal. – ouço um resmungo atrás e presumo ser minha pequena. – Ah.. bom.. Stormi quer falar com o senhor..

— Passe o celular à ela. – exijo, já ansioso para falar com minha filha.

— Alô? Papai? – ao ouvir ela me chamar assim, algo dentro de mim renasceu rapidamente.

— Olá, sou eu minha princesa. Como você está?

— Muito bem, a tia Maí está cuidando de mim. Você sabe pra onde a mamãe foi?

— Ainda não, mas irei descobrir. Está com saudades dela?

— Não muito, ela não ficava comigo. O senhor vai vir me ver quando?

— Em breve, e logo estaremos juntos, tá bom?

— Sério? E eu terei crianças pra brincar? – sinto a felicidade em sua voz

— Claro, meu amor. Você poderá brincar bastante com seus avós, primos e tios.

— Que legal! Maí, ele disse que eu poderei brincar.. – ela engata uma conversa com Maíra e eu não consigo evitar sorrir – Papai, eu vou tomar banho agora. Beijos.

— Beijos, minha princesa.

Ligação off.

Guardo o celular no bolso do terno. Quando voltou à mim, todos estão me olhando curiosos ou surpresos. Passo por eles e vou até a bandeja pegando uma xícara de chá e nesse momento, a porta se abre e Vito entra guardando o seu celular e vindo rapidamente na minha direção.

— Encontramos ela.

— Onde? – deixo a xícara no mesmo lugar e dou um passo à frente.

— Tá no Meridional, sul da Austrália.

— Então é pra lá, que vamos.