Capítulo 11

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DIANA CAMBERRA

Como pode? Nunca gostei de sair, ter relacionamentos e muito menos transar com homens desconhecidos por aí. Onde eu estava com a cabeça, quando aceitei ou quis ir embora com aquele homem desconhecido? E pior! Isso resultou em uma gravidez indesejada.

Não que eu pense em tirar, isso jamais. Mas também não posso dizer que estou radiante com isso. Não é como se eu fosse casada e essa criança fosse feita com muito amor e carinho, ela foi consequência de uma noite irresponsável.

Phillip, como ele deve estar? Talvez nem se lembre mais de mim. Já faz quase um mês que nos encontramos, não posso ir atrás dele agora e aparecer grávida. O que ele deve pensar de mim? Não, não, não.

O que farei? Meu Deus.

— Diana? – ouço uma voz rouca atrás de mim, que por um segundo, eu quis correr o mais longe passível.

— Oi, Matheus. – abro meu melhor sorriso ensaiado, enquanto ele tem sua expressão seria e avaliativa. Droga!

— Aconteceu alguma coisa?

— Não. Porquê?

— Você tá tensa. – da um passo na minha direção, me fazendo segurar o ar e engolir seco – Não deveria estar na prova do seu vestido?

— Tenho muitos no closet – abro um sorriso – O que faz em casa? Tinha que estar na empresa.

— Deveria sim. Estou fugindo do meu pai, ele quer me levar para o Planalto.

— Fazer o que? – faço uma careta, mas logo desvio o olhar quando percebo que Matheus olha muito para minha boca.

— Assuntos chatos, borboleta. – da um sorriso singelo.

Envergonhada e já cansada de conversa, pego a minha bolsa que estava no sofá logo ao meu lado e caminho em direção à saída. Não quero ignorá-lo, mas é melhor assim, eu e Mat tínhamos sentimentos um pelo outro e agora, pela situação que eu me encontro é melhor manter distância.

Quando estou prestes a entrar no carro, sinto meu braço ser segurado, fazendo-me virar e encontrar novamente as órbitas azuis que me fazem perder o ar facilmente. Oh, Céus!

— Matheus? Preciso ir. – digo, já que ele só está me encarando de forma calma e relaxada.

— Me acompanha no jantar de leilão? – solta a pergunta na lata. Eu pisco algumas vezes, tentando fazer meu cérebro avaliar essa situação.

Oh, tem como piorar meu dia? Faz dois dias que descobri que estou grávida de um homem que nunca mais verei na vida. Meu primo, o qual fui apaixonada minha adolescência inteira, está me chamando para um evento de alta sociedade. Parabéns, Diana, você tá na merda!

— Diana? – volta à me chamar.

— Oh, eu já tenho acompanhante. Me perdoa. – junto meus lábios precionando-os e fecho meus olhos, quando ouço sua risada. – Qual é a graça?

— Você mentindo é péssima! Diana, estamos indo como primos e não um casal. Não se preocupe. – assegura.

— Tudo bem – suspiro – Pode ser legal.

— Pode sim – beija minha testa, me pegando totalmente de surpresa – Tenho que ir. Nos vemos depois.

Mat corre até seu carro, que não está tão longe do meu. Após ligar o mesmo, sai em direção ao portão principal, e eu estou aqui paralisada.

Respiro fundo, tentando mandar todos os pensamentos para o além. Entro no carro e após me arrumar no banco, ligo o mesmo e dou partida para fora dessa mansão. Não demora muito, e já estou nas enormes pistas da Austrália.

Eu deveria fugir, isso sim. Não quero nem como meu pai ficará desapontado quando descobrir que estou grávida. Ele planejou minha vida inteira, e uma gravidez não estava nos planos! Droga, como estou ferrada!

E o pai? Haha, nem irá querer saber se é dele ou não. Aliás, ele deve pensar que sou qualquer uma que sai transando com qualquer homem por aí. Mal sabe ele que sou completamente ao contrário, e ele, foi o segundo homem na minha vida.

E atualmente o dono dos meus pensamentos.

— Finalmente! Você demorou. – Brenda veio me recepcionar na entrada, já que posso ver minha mãe conversando com uma mulher.

— Tive um imprevisto. – sorrio amarelo, o que fez minha prima me olhar desconfiada. Brenda sabe da gravidez, mas não tem noção de quem é o pai ou como isso aconteceu. Ela me deu total apoio e o suporte que eu precisava.

— Bom, quero que conheça alguém. – ela se anima rapidamente, e sai me puxando mais para dentro do local de cor rosa choque e prata. Paramos em frente à uma mulher muito bonita, ela tem cabelos cor de mel, olhos castanhos e usa um vestido verde que está um pouco à cima do joelho. – Diana, essa é Lorena Medina.

— É um prazer. – abro um sorriso amigável, a mulher se levanta e devolve um sorriso meigo enquanto me avalia de forma elegante. 

— O prazer é meu, Diana. Como está?

— Muito bem, obrigada senhora.

— Oh! Nada disso. Não gosto dessas formalidades, me chame de Lorena.

— Ela é cunhada do meu acompanhante – Brenda não consegue conter à animação em sua voz, o que faz a mulher na minha frente sorri sem graça, mas logo repôs sua postura.

— Será um prazer tê-los em nosso leilão – digo, enquanto seguro na mão de minha prima, que falta pular nos braços da mulher à nossa frente.

— Somos gratos pelo convite. Bom, vamos escolher vestidos? – oferece, se virando para minha mãe que aparentemente está olhando o folheto da botique.

— Claro! – Brenda pula de felicidade e vai até os milhares de vestidos.

É, hoje será um dia cheio. Espero que eu e meu bebê não morramos entediados.

Matheus Camberra - 29 anos

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Matheus Camberra - 29 anos.

Matheus Camberra - 29 anos

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Brenda Camberra - 25 anos

O Libertino - Os Medina 03Onde histórias criam vida. Descubra agora