DIANA CAMBERRA.
Desperto-me do sono, mesmo com os olhos ainda fechados posso sentir que não estou no meu quarto. Abro os olhos com cautela e deparo-me com um local não reconhecido por mim, sento-me na cama e sinto um braço rodeando minha cintura. Observo um homem muito bonito, consigo reconhecê-lo como o da noite passada.
Será que eu dormi com ele?
Tá na cara que sim, Diana!
Por Deus!Respiro fundo, tentando não concentrar-me na dor de cabeça. Retiro o braço dele da minha cintura e me levanto com cautela, observo que estou nua e meu desespero só aumenta. Finalmente acho minhas roupas e começo a colocá-las, observo que o quarto é de tons escuros, muitos quadros de carros antigos e limitados.
Acho finalmente o meu celular e observo que tem muitas mensagens da minha prima, Brenda.
Desculpe o sumiço, acabei dormindo em um Hotel! Já estou indo para casa, beijo.
Mando a mensagem e coloco o celular na bolsa, encaro o homem bonito mais uma vez. Seus cabelos são castanhos e grandes, seu corpo é repleto de algumas tatuagens, algumas são frases e outras símbolos; seus lábios são carnudos e rosados.
Me atrevo a me aproximar novamente, encaro-lhe mais de perto. Me abaixo e deposito um beijo em sua bochecha que está quente, volto a ficar ereta e saio dali o mais depressa possível.
- Legal. Acho que me perdi. - reclamo à mim mesma, já que estou rodando essa cobertura a uns sete minutos.
- Bom dia. - ouço uma voz atrás de mim, acabo soltando um grito ao me virar.
Tem uma mulher muito bonita, seus cabelos são castanhos e alguns fios grisalhos. Sua pele é bronzeada e seus lábios carnudos, ela é bem elegante e formal.
- Perdoe-me, se a assustei.
- Não foi nada. Eu que estou onde não deveria. - respondo, ela me olha curiosa.
- Sou Alice. - estende a sua mão, seguro e a cumprimento. - O que faz aqui?
- Bom, Alice. - sorri. - Eu acabei dormindo aqui.
- Entendo. Está perdida dessa cobertura, não é?
- Sim. - murmuro.
Alice foi uma mulher muito atenciosa, me ajudou-me achar à saída. Quando eu ia me apresentar, seu celular tocou e ela teve que atender.
Estou no elevador e não faço a mínima ideia de como vou para casa, certamente meu carro está ainda no estacionamento da boate. Acho que terei que ir lá buscá-lo, mas como chegarei até lá é um mistério.
Quando não estou mais no apartamento, que por sinal é de um bairro bem nobre daqui. Consigo ver um táxi passando e faço sinal para o mesmo parar, alguns minutos se passam e eu vejo que não é tão longe da boate.
Eu só queria saber o nome dele, o que aconteceu na noite anterior. Sim, eu com certeza dormi com ele, mas não é algo que eu possa reclamar.
Paramos em frente a boate e pago o táxi saindo em seguida. Caminho até o estacionamento e vejo meu carro lá, pego a chave do mesmo na recepção e adentro nele.
- Vamos para casa, bebê. - puxo conversa com o meu carro. - Sim, sim, eu sei. Perdoe-me por tê-lo deixado aqui, mas foi por uma boa causa.
[...]
- Onde você estava, sua louca. - minha prima se levanta do sofá, vindo até mim e me abraçando. - Fiquei preocupada.
- Estou bem, Brenda. - respondo, um pouco sem fôlego por conta do seu aperto. - Já pode me soltar.
- Tudo bem. - se afasta. - Como foi a noite?
- O que tem ela? Do que você sabe? Viu algo? - jogo as perguntas, minha prima me encara como se eu fosse louca. - Tô brincando.
- Sei. - me olha desconfiada. - Não vi você na boate, somente quando chegou. Afinal, estava linda.
- Obrigada. - me sento no sofá. - E minha mãe?
- Saiu com a Jess para passear no parquinho.
- Meu pai?
- Na prefeitura.
- Entendo. - deito-me no sofá, ela me olha como se quisesse contar algo. - O que foi?
- Tenho uma coisa pra contar, pode aparecer meio impulsivo.
- Tudo que você faz é impulsivo.
Quando éramos pequenas, ela sempre fazia o que vinha em sua mente. Uma vez estávamos na escola e no momento seguinte ela estava beijando uma menina, eu fiquei sem entender nada, essa é a Brenda, impulsiva.
- Não sou impulsiva, eu vivo com intensidade. - levanta o dedo indicador, dando ênfase.
- Tá bom, mas o que foi.
- Acho que estou encantada. - se loga em cima de mim no sofá.
- Saí de cima. - empurro ela para o chão. - Por quem?
- Um homem, o que eu vi no mercado ontem pela tarde.
Ela me contou ontem, duas horas seguidas sobre esse tal príncipe do mercado. Nunca vi minha prima tão fascinada por alguém, acho bom e estranho ao mesmo tempo. Brenda sempre foi parecida comigo, nunca namorou somente teve ficantes, já eu, nunca namorei e nunca fui de ficar.
- Ainda esse menino. - respondo, sem ao menos abrir meus olhos.
-Você fala isso porque não o conhece, se ao menos o visse pessoalmente. - suspira. - Você ia entender.
- Tudo bem, senhora apaixonada. - brinco, abro meus olhos e encontro ela mexendo no celular. - O que está fazendo?
- Estou olhando a lista de convidados do jantar.
- Será daqui um mês, pra que isso?
Esse é um jantar é da alta sociedade, onde empresários, deputados, celebridades e pessoas importantes vão se reunir. Sempre acontece um leilão, música ao vivo e coisas assim. Eu particularmente não queria nem comparecer, mas como esse ano quem está organizando é a minha família, sou obrigada a comparecer.
- Sabe quem são os convidados especiais? - pergunta, visivelmente ela está bem surpresa e feliz.
- Quem?
- Os Medina! - ela dá um gritinho, pulando de alegria.
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O Libertino - Os Medina 03
RomansaVol.3 de Os Medina - Série Empresários Vicent Medina, o Libertino da família. Não quer saber de casamento muito menos de amar alguém. Em uma noite comum de amores pode mudar sua vida completamente ao descobrir que será pai. Diana Camberra, filha ma...