Capítulo 16

205 11 0
                                    

VICENT MEDINA

Já sabe o que vai fazer? – luke questiona, enquanto lê alguns relatórios da empresa em sua mesa.

Estou na empresa da minha família, depois do que ocorreu ontem no leilão eu não consigo mais dormir em paz. Quando Diana me contou que estava grávida eu fiquei sem entender, mas disse à ela que iria resolver tudo e encontrá-la para conversar melhor. E agora estou aqui, na sala de Luke à duas horas perguntando a mesma coisa.

— Não. O que você me indica fazer? – pergunto novamente ao meu irmão, que está à ponto de me matar.

— Eu já lhe disse! – esbranja – Vá até ela, peça para morar com você e problema resolvido.

— Como se fosse fácil assim. Ela está esperando um filho meu! Eu serei pai, tem noção disso?

— Você já passou por isso antes, e sinceramente, você não surtou assim! – relembra.

— O caso da Nicole foi diferente, ela não estava esperando um filho meu e.. – a porta é aberta por Adam, fazendo calar-me e olhá-lo. – Apareceu a Cinderela.

— Preciso que me acompanhe, Vicent.

— Que isso, cara. – resmungo – Somos irmão, não acredito que você vai me expulsar! Cadê a irmandade, a consideração?

— Larga de ser idiota, é sobre outra coisa.

A cara de Adam não está nada boa, e isso me preocupa. Pedi que deixasse alguns dos seus seguranças em torno de Diana - mesmo que ela não saiba ‐ assim eu ficaria mais tranquilo, até arranjar uma solução para os meus problemas. Várias coisas passam pela minha cabeça com esse olhar ele, e nenhuma delas são boas.

— Diga então – fico de pé – Estou ouvindo.

— Não é melhor – olha para Luke – A sós?

— Que foi? Luke é nosso irmão, não temos que esconder nada dele. – dou de ombros, olhando para Luke e Adam – O que for, diga na frente dele.

— Tudo bem. É melhor se sentar. – aconselha

— Não, estou muito bem em pé.

— Há seis anos, Nicole apareceu em sua vida e começaram a se envolver até que descobri que foi ela que soltava as Fake News, vendia informações sobre nós aos tabloides e prometia fotos comprometedoras. – fico atento ao o que ele diz – Então, eu entrei em contato com ela e ofereci cem milhões para ela nos deixar em paz e sumir.

— Cem milhões? – eu e Luke gritamos juntos.

Eu só fui ter o meu primeiro cem milhões à poucos anos. Essa vagabunda conseguiu assim, tão fácil? Se eu soubesse, teria explanado coisas nossas para os tabloides, assim Adam me pagava esse valor para parar. Por um momento, o que ele diz começa a fazer sentido na minha cabeça. Foi por isso que ela sumiu? Então ela não fugiu, ela foi paga para ir embora.

— Sim. Dias depois que Lorena voltou pra casa, depois de ter fugido para a Suíça, Nicole veio até a empresa e quis falar comigo – ele se aproxima de mim – Ela queria mais dinheiro, eu prontamente neguei e depois ela..

— Ela o que, Adam. – pergunto, já falando entre os dentes.

— Ela disse que o dinheiro não sustentava os luxos delas e as.. – ele morde a mandíbula – Às necessidades da sua filha. Ela estava realmente grávida quando eu a paguei para ir embora, mas eu não sabia que ela esperava um filho seu, ninguém me informou dessa suspeita.

Minha cabeça parece parar rapidamente. Uma filha, eu tenho uma filha. E eu perdi tudo, seu desenvolvimento na barriga, seu nascimento, seu crescimento, seus primeiros passos e suas palavras! Agora eu tenho dois filhos, e mal sei o que fazer. Não consigo falar nada. Agarro no colarinho de Adam e o empurro  para a parede mais próxima.

Defiro um soco em sua fase, e ele parece surpreso e agarra meu terno também. Rodamos na sala de Luke, até cair no chão por cima dele, não perco tempo e soco ainda mais o seu rosto. Sinto mãos tocarem meus braços e sei que é Luke, então continuo o que estou fazendo.

— Para, porra! – Luke grita, tentando me tirar de cima do nosso irmão.

— Esse infeliz me fez perder metade da infância da minha filha! – o soco mais uma vez, seguro seu colarinho e vejo seu rosto cheio de sangue – Você descobriu há três anos! Eu teria chance de conhecê-la à três anos atrás, mas por sua culpa Adam, eu não pude.

Finalmente o solto, me levanto limpando minhas mãos em um pano que estava na mesa. Adam nada diz, passa a mão na testa e olha a mão cheia de sangue. Seu olhar é de arrependimento, mas se ele realmente tivesse consciência, teria me dito antes o paradeiro para minha filha.

— Saiba que isso – aponto para o seu rosto – Não é a metade da raiva que eu estou sentindo de você.

— Me desculpe – resmunga, pela dor no rosto

— Vá se foder!

— Vá se foder!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O Libertino - Os Medina 03Onde histórias criam vida. Descubra agora