VICENT MEDINA
— Sabe que esse é o terceiro copinho de café, não sabe? – Diana sorri, enquanto eu espero a maldita garrafa completar o meu copo com café da clínica.
— Não me lembro de tomar tudo isso. – abro um sorriso para minha noiva, que rola os olhos e se levanta vindo até mim. – Quer um pouco?
— Eu quero que se acalme. – ela pega o copo da minha mão e joga na lixeira ao lado, me olhando novamente – Se continuar desse jeito, vai acabar passando mal.
— Não há como me acalmar! Essa é a sua primeira consulta, depois de tudo que aconteceu. Estou nervoso por nós dois, já que a senhora está bem calma.
— Está nervoso atoa, vai ocorrer tudo bem. – toca em minha mão, levando até sua barriga que já exibe um volume. – O bebê está bem, confie nisso.
Seus olhos transmitem uma calmaria, que me deixa um pouco mais tranquilo. A senha apita, e quando me viro para analisá-la vejo que é a de Diana. Seguro em sua mão e começo a puxá-la até a sala da doutora que irá examiná-la. Paramos em frente à uma porta branca e logo a mesma se abre.
— Bom dia! Sou a doutora Angélica, podem entrar. – ela nos dá espaço, entramos juntos de mãos dadas, nos sentando nas cadeiras à frente da mesa.
— Bom dia, eu sou a Diana e esse é meu noivo Vicent.
— É um prazer em conhecê-los. – ela analisa a ficha de Diana, após se sentar – Então você quase teve um aborto. Me diga, o que sentiu depois do ocorrido?
— Dores leves no abdômen, enjoos e uma tontura.
— São normais. Você está no primeiro trimestre da grávida, completando quase onze semanas.
— E o que significa onze semanas? – não evito a pergunta.
— Dois meses. – a doutora sorri – Venha, Diana, vamos ver como está esse bebezinho.
Diana e a doutora seguem até uma maca, estou indo logo atrás ficando ao lado da minha noiva segurando sua mão. A doutora sobe o vestido da minha noiva, que usa um shortinho leve na cor preta por baixo. Sua barriga mostra certinho um ovinho no centro, e ali cresce um fruto do nosso amor.
A doutora Angélica põe a luva e se senta em um banquinho ao lado da maca. Põe um gelo na barriga de Diana e pega um troco grande e posiciona em um local específico e começa a precionar, mexendo de um lado para o outro. Olho para a tela e não consigo ver nada, e isso me causa um grande desespero.
— Está tudo bem com o bebê? – pergunto, temendo a responde.
— Oh! Sim. Vou colocar para ouvirem o coração.
No mesmo instante, sons agudos e graves ecoam pela sala. Os olhos de Diana se enchem de lágrimas não derramadas e meu coração começa a ficar ansioso. O meu filho, esse é o coração do meu filho. Mas começo a ficar confuso, não é um som só, é como se mudasse de ritmo todo tempo.
— Porque essa mudança de som, doutora? – Diana pergunta, limpando as lágrimas.
— Isso? É porque são gêmeos, é normal serem dois sons diferentes.
Meu sorriso se desfez rapidamente. Meu coração que estava acelerado, parou por segundos até minha visão começar a ficar embaçada e eu sentir minhas pernas moles. No instante seguinte, me vejo deitado no chão, olhando para o teto e um cheiro forte e álcool em minhas narinas.
— Está acordando. – ouço uma voz lá trás e quando me dou conta, tento me sentar mas são impedido..
— Gêmeos.. São gêmeos..
— Sim, meu amor. – encaro Diana que sorri – Vamos ter dois bebês.
Santo Deus.
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O Libertino - Os Medina 03
RomanceVol.3 de Os Medina - Série Empresários Vicent Medina, o Libertino da família. Não quer saber de casamento muito menos de amar alguém. Em uma noite comum de amores pode mudar sua vida completamente ao descobrir que será pai. Diana Camberra, filha ma...