Capítulo 13

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Ótima leitura a todos!

- Jeon Jungkook -

O Fantasma interno é aquele tipo de pensamento que não conseguimos controlar, e no meu caso se refere a algo que vivi no passado.

É um pensamento que me faz mal, que tem a capacidade de me deixar triste e oprimido, aumenta meu sentimento de culpa e abala minha autoconfiança.

Eu não tenho controle sobre isso porque para mim é muito difícil impedir meus pensamentos de voltar ao passado e reviver aqueles momentos. Ainda mais quando a pessoa que arruinou a minha vida tenta voltar e entrar novamente em meu mundo.

Então os pensamentos surgem e eu sinto todas as sensações ruins que eles trazem. Eu tento não pensar e quanto mais eu tento mais forte se torna, então eu apenas entro em colapso.

Foi o que me aconteceu horas atrás.

Namjoon estacionou o carro em frente a porta principal da minha casa e então em silêncio me retiro e começo a caminhar sem o esperar. Precisava me trancar em um lugar onde eu me sentiria bem e seguro, onde o passado não pudesse me tocar e me fazer cometer mais besteiras.

Ao abrir a porta tento ir para o meu quarto mas sou impedido pela senhora Su-ji que veio apressada em minha direção assim que me viu.

- Meu Deus meu menino o que houve com você? - Ela pega em minhas mãos com cuidado olhando os hematomas, depois leva as mesmas com muita delicadeza para o meu rosto me olhando com os olhos marejados. - O que fizeram com você meu menino?

Namjoon vem em nossa direção passando pela porta e mesmo não olhando diretamente eu percebo a troca de olhares entre os dois. Senhora Su-ji abre os olhos em espanto, segundos depois consigo ver a raiva brotando nos mesmos.

Ela rapidamente entendeu o que havia acontecido.

Senhora Su-ji assim como o Nam também estava comigo nos meus piores momentos. Cuidou de mim desde que vim morar em Seul e só saiu do meu lado quando decidi ir embora para Nova York.

Ela sabe de todos os meus medos, minhas dores e receios. Cuidou de mim como um filho que nunca pode ter, e assim que a contatei novamente dizendo que tinha voltado e que a queria comigo, ela não pensou duas vezes em pedir demissão de onde trabalhava e vir cuidar de mim.

- Namjoon meu filho, vá ao banheiro e traga a caixinha de primeiros socorros. - segura minhas mãos novamente passando sem receio algum os dedos sobre o sangue seco que havia escorrido na tentativa de o limpar.

- Não. - falo mas sem alterar a voz. - Eu faço isso no banho, não se preocupe.

Dou-lhe um beijo carinhoso na testa em sinal de gratidão pela sua preocupação para comigo, mesmo sabendo que ela não tem obrigação alguma e saio em direção a escada principal para ir ao meu quarto.

Entrei e como se eu estivesse no automático fui direto para o banheiro. Abri a torneira da banheira e enquanto ela enche eu começo a tirar minhas roupas.

Olhando pelo espelho eu mal me reconheço. Eu me vejo mas não identifico meu corpo, porque só consigo me ver como um grande pedaço de dor.

Ao ver meu corpo nu, olho novamente para aquela cicatriz que fica ao lado direito da minha barriga. Lentamente levo meus dedos até ela e já com a mão trêmula sou impedido por flashes de lembranças do dia em que a adquiri. Fraco apoio com as duas mãos sobre a pia.

Minutos depois já recuperado noto que a banheira já estava cheia. Ao entrar sinto meu corpo relaxar com a temperatura gostosa da água. Molho minha mão direita e a lavo com cuidado retirando o sangue seco que ali estava, revelando alguns hematomas.

❦ POLISIPO ❦ Uma História Jikook (+18) 99% Concluído. Onde histórias criam vida. Descubra agora