Sequestro e Obsessão (VegasChay)

Videochamada

- Eu quero ir vê-lo - Chay disse assim que parou de soluçar, lágrimas ainda banhavam o seu rosto - Eu preciso vê-lo.

- Não, nem pensar, depois o meu irmão acorda e me mata, de jeito nenhum - Macau responde na chamada.

- Black, Off, eu preciso estar com ele nesse momento, por favor - Porchay volta a se descontrolar chorando.

- Estou com o Macau, eu não estou disposto a levar um tiro do Vegas por sua causa - Black disse irritado.

- Vai ficar tudo bem, meu amor, eu prometo que vai ficar tudo bem, mas não podemos ir embora, não sabemos quem foi que fez isso e ele ainda está sob ameaça da primeira família, para sua segurança e a dele é melhor você ficar aqui - Off passa a mão pelo cabelos de Chay tentando tranquiliza-lo

– Eu prometo que qualquer coisa que acontecer aqui, você vai ser o primeiro a saber – Macau diz tentando acalma-lo – Quando ele acordar, ele permitir que você venha, ok, eu não passar por cima de ordens do meu irmão.

– Tudo bem – Chay respira fundo – Obrigado por avisar, Macau, desculpa por toda essa cena – Porchay se tocou que talvez Macau não soubesse o que tivesse se passando ali.

– Tudo bem, não se preocupe, meu irmão me explicou sobre vocês, por isso liguei para avisar, imagino que ficaria preocupado – Macau fala.

– Obrigado – Porchay suspira.

A noite foi uma agonia para Porchay, Off deu o seu melhor vigiando o garoto, fez chá de camomila para acalma-lo, ficou no quarto até o menor dormir, mas no meio da madrugada Chay acordou sozinho e ficou agitado. Estava muito preocupado e não podia fazer nada, nem cuidar do mais velho, nem estar ali pra ele, olhava para as paredes perdido.

Por obra de coincidência, Vegas despertou na madrugada na mesma hora que Porchay estava acordando. Olhou ao redor vendo como estava em um quarto de hospital, com curativos no abdômen e com agulhas em seu pulso. Macau dormia em uma poltrona que parecia super desconfortável mesmo tendo uma cama para o acompanhante, o menor estava todo torto na poltrona.

– Macau – Vegas chama – ei, Macau – chama de novo.

Vegas desiste, pega um dos travesseiros que está na cama onde está deitado e joga em direção ao irmão que pula assutado. Macau acorda e se levanta em alerta.

– Se tu tá de guarda, eu tô morto, te chamei e precisei jogar um travesseiro em ti pra tu acordar – Vegas reclama.

– Oi, irmão, tudo bem? Como você está depois de levar um tiro? – Macau é sarcástico.

– Como eu estaria depois de levar um tiro?

– Sabe quem foi? – Macau pergunta nervoso.

– Pode ser qualquer pessoa, porque vamos dizer que eu não sou lá a pessoa mais agradável do mundo – Vegas suspira buscando na memória o tanto de pessoas que ele já machucou direta e indiretamente – Isso mesmo, pode ter sido qualquer pessoa.

Os dois ficam em silêncio, Macau está nervoso com a situação, isso poderia iniciar uma guerra, só precisavam descobrir quem foi e a mando de quem.

– E quando eu saio daqui? – Vegas perguntou.

– Eu não sei, o médico disse pra ficar de observação e – Vegas estava se levantando da cama, não pretendia ficar dias ali – amanhã verificará como você está. Relaxa que tu não vai agora não – Macau parou em frente a ele e começou a arrumá-lo na cama novamente.

– Porchay.

– Está bem, já liguei para Black, falei com Porchay, ele sabe sobre o seu estado, chorou e pediu pra vir pra cá – Macau explicou.

– E tu deixou? – Vegas já estava preocupado.

– Não, mas já vou ligar avisando – Macau pega o celular e liga pra Black, na segunda tentativa e depois do 3° toque o guarda atendeu – Oi, Black, preciso falar com Porchay.

O segurança não estava feliz com aquilo, mas acatou, quando entrou no quarto de Vegas encontrou Porchay encarando o teto no escuro. Chay pulou na cama quando o viu ali, já sabendo que teria notícias de Vegas.

– Oi, Macau, como ele está? – Chay estava com a voz demonstrando toda a preocupação que sentia.

– Melhor agora que estou ouvindo a sua voz – Vegas respondeu, conseguiu ler a palavra "gay" nos lábios de Macau enquanto o menor revirava os olhos rindo.

– Vegas? Você tá bem? Quem fez isso com com você? Quando você sai daí? Deixa eu te visitar, por favor? – Chay falava tudo muito rápido, estava muito feliz por falar com Vegas, pelo maior estar consciente.

– Ei, te acalma, tá tudo bem, vou investigar quem foi que fez isso, amanhã eu ameaço o médico pra me deixar voltar pra casa e não, você não sai dessa casa por enquanto, ainda mais depois de eu levar esse tiro, eu não sei se tu pode ser um alvo – Vegas responde.

– Mas eu queria lhe ver – a voz de Porchay é baixa e triste.

– Eu te faço uma chamada de vídeo agora, mas tu vir aqui não está nem em discussão – Vegas diz sério.

– Ok – Porchay aceitou e os dois fizeram uma chamada de vídeo.

– Eu acho que eu já vou saindo – Macau diz se levantando para dar privacidade aos dois.

– Só um minuto, vem cá, Porchay, esse é o meu irmão Macau – Vegas deixa que Macau apareça na tela junto a si – Macau, esse é Porchay.

– Confirmado, é o Macau que eu conheço – Porchay diz rindo.

– Ainda chocado que tu tem alguma coisa com o meu irmão, qual a possibilidade? Só lembrando, ele é doido – Macau diz num tom de aviso, como se Chay pudesse correr de Vegas.

– Dica, irmão, você sequestra o cara que tu gosta e não deixa outra opção pra ele – Vegas ri da cara indignada de Porchay.

– Cala a boca – Chay diz com a voz mais aguda que tem.

– Isso aí, cala a boca – Macau concorda – Agora eu já vou – diz depois de ver a cara de poucos amigos de Vegas.

– Tchau, Macau – Chay fala.

Os dois ficam em chamada de vídeo por quase a noite toda, Black pediu permissão para deixar o celular com Porchay e ir dormir, Vegas deu a permissão, Macau já tinha até desistido de voltar para o quarto e estava dormindo em um banco do lado de fora. Quando estava quase para o sol raiar, Porchay pegou no sono com a chamada ligada e Vegas ficou admirando o seu pequeno anjo dormindo, assim que pudesse voltaria correndo para o seu lado.

Deixem e aceitem meu Vegas enrolado no açúcar.