Sequestro e Obsessão (VegasChay)

Tawan?

Ai, preguiça de traduzir, isso tá pronto, então vai logo.

– E aí? Chay, como foi que dormiu? – Kim perguntou com mágoa em sua voz.

– Perfeitamente bem – Vegas responde atrás de Kim.

– Bem, e você dormiu? – Porchay o olha um pouco preocupado pelo estado deplorável do homem.

– Ah eu não dormi, estava muito preocupado com você – Kim fala.

– Irmão, acho melhor você ir para o seu quarto, tomar um banho – Kinn pousa uma mão no ombro de seu irmão mais novo.

– Não, eu estou conversando com o Chay, não está vendo? – Kim responde rude, ele podia estar fedendo a álcool, mas ele tava consciente de tudo, era tudo um teatro bem planejado para deixar Porchay inseguro – Sabe, estava muito preocupado com você, acho que vocês dois – apontou de Vegas para o celular – Estão muito próximos e eu lembro do que aconteceu com Tawan.

– Que insinuação é essa? – Porsche puxa Kim para que ele fique de frente para si – Você acha que o meu irmãozinho ficaria com o Vegas? Acha que Porchay daria uma chance pra esse canalha que o sequestrou?

– Eu não estou insinuando nada – Kim fala tranquilo – Mas assim, é melhor Porchay tomar cuidado, Vegas prometeu casamento ao Tawan e você lembra o que Vegas fez com ele?

Vegas observava as reações do mais novo, quem apenas apertou os lábios.

– Lembro, ele o matou – Porchay diz engolindo em seco – Eu estou aqui sob a proteção e exigências da casa da primeira família pelo o que eu me lembre – Kim planejou aquele teatro, mas não esperava pela resposta de Chay – Se tu não tem confiança no teu pai, ou no poder que ele tenha pode ir questiona-lo.

Foi a vez de Kim apertar os lábios, se deitou no cadeira relaxado e ficou quieto, planejando como poderia punir Porchay quando ele o tivesse de volta.

– Porchay tem razão, esse otário não vai tocar num fio de cabelo dele – Porsche encara Vegas – Porchay, Vegas fez alguma coisa com você?

– Mas que pergunta é essa, irmão? – Porchay responde, apenas Kinn e Porsche engolem aquela fuga de tema.

– Eu acho bom mesmo...

Foi difícil, mas com um pouco de esforço Porchay conseguiu distrair seu irmão daquela conversa, falando sobre sua alimentação e planos para faculdade, estava animado. Terminaram a chamada enviando beijos e abraços e sentindo saudades um do outro.

Ao terminar a reunião, Vegas se levanta pegando o celular na mesa e apenas sai do local, não era desejado ali e nem gostava de ninguém. Entrou no carro e seguiu para a sua próxima parada obrigatória, a sua casa, ao chegar viu Macau já esperando na porta como sempre.

– Oi, irmão, como está? Acompanhei o papai em uma visita à casa principal e adivinha o que ouvi lá? – Macau pergunta abraçado a Vegas.

– Hmm?

– Que o idiota do meu irmão sequestrou o meu colega de turma e está fazendo ele de refém – Macau dá um tapa forte em seu braço – Que merda que tu tá fazendo com o menino?

– Nada que ele não queira, não se preocupe – Vegas sorri maldoso.

– Pera, quê? Será possível que tu pegou o Porchay? – Macau para com os olhos arregalados – Caralho Vegas.

– Por sinal, preciso que me ajude a escolher uma pelúcia, vamos? – Macau ainda tava chocado com o irmão, nunca imaginaria o doce, tímido e gentil Porchay ficando com o maníaco, psicotio que é Vegas.

– Ok, tenho pena do garoto – Macau sussurra.

Eles vão a um shopping, compram a pelúcia e passam um tempo juntos, Vegas e Macau não encontraram muito o seu pai nesses tempos, o que deixava Vegas mais tranquilo, eles estavam se evitando. Depois de comerem, voltam juntos para a casa, Vegas deixa o irmão e o celular na casa da segunda família, estava caminhando para fora da casa em direção ao carro estacionado em frente à casa.

Vegas ouviu um tiro, sentiu uma dor pulsante em suas costas, suor frio surgiu em sua testa e o sangue quente se espalhar por suas costas. Caiu de joelhos na calçada, falta de ar, a visão foi ficando escura e logo seu rosto estava no chão também, o som dos disparos que os guardas trocavam e a correria estava longe e logo depois era tudo silêncio e o nada.

...

– O que foi que aconteceu, Ohm? – Macau correu pela casa quando ouviu o disparo e logo foi impedido por um guarda.

– Seu irmão foi atingido por um tiro aqui na frente, não posso te deixar vê-lo agora, quando nos certificarmos de onde saiu o disparo vamos levá-lo a vê-lo – Ohm meio que carregava Macau para dentro do quarto do mais novo, pois Macau continuava se debatendo e lutando, desesperado para ver seu irmão, não queria, não podia perde-lo.

...

– Cumpriu com a sua missão? – Kim estava em seu apartamento quando recebeu a ligação da pessoa que contratou.

– O tiro atingiu as costas, não a cabeça, o alvo não foi morto, apenas baleado e levado, como fui contratada para o assassinato ainda lhe entregarei o que pediu, senhor – a voz feminina não parecia triste com a situação, foi contratada para a missão e não entregava missão pela metade, iria entregar Vegas em um caixão para Kim.

...

Quando a ligação se encerrou, Porchay devolveu o celular em mãos de Black. Chay ficou nervoso com o que Kim falou, realmente estava preocupado que pudesse terminar como Tawan, sendo usado somente para atingir a primeira família e assassinado quando não tivesse mais serventia, Porsche também deixou claro que não aprovaria essa aproximação. Respirou fundo e passou as mãos pelos cabelos, tentando controlar a ansiedade que sentia.

– Black.

– Hm?

– Acha que vou terminar como Tawan? – Porchay pergunta ao homem de terno sentando a sua frente.

– Não temos como saber – Black dá de ombros tentando não se envolver nos assuntos alheios.

– Cala a boca, Black, você vai deixá-lo ainda mais nervoso, sai daqui, bora – Off apareceu na sala, estava ouvindo tudo desde a cozinha onde estava preparando o almoço, Black levantou os olhos e os estreitou em direção do homem mais velho – Eu não tô brincando, se tu não sair daqui eu falo para o senhor Vegas que tu tava metendo coisas na casa do garoto.

Black bufa, se levanta do sofá, deixa os olhos em branco para Off e sai da casa indo tomar seu posto ao redor da casa.

– Nada vai acontecer contigo, meu bem, Vegas pode ser um cara difícil, mas eu nunca vi ele agir, olhar, falar com ninguém como eu vejo ele com você – Off sorri para ele.

– Tudo bem... Hm... Off – Porchay queria esquecer um pouco da situação vivida minutos atrás – Posso te ajudar na cozinha? Me ensina a cozinhar?

Off assente sorrindo amavelmente, vendo como o garoto precisava de uma distração daquilo tudo. Fizeram o almoço juntos e depois Off ficou apenas ensinando a fazer coisas básicas para que ele se familiarizar. Próximo do horário em que Vegas estaria voltando para a ilha Black é quem entra na casa com o celular em mãos, entrega em mãos de Porchay sem dizer nada.

– Alô.

– Alô, Porchay? – não era a voz de Vegas nem de seu irmão, franze o cenho olhando para Black – Aqui é o Macau, irmão mais novo de Vegas, achei necessário te avisar que o meu irmão não volta hoje para onde ele está te mantendo, porque ele levou um tiro e estamos agora no hospital, ele ainda está inconsciente por isso não fala diretamente com você...

A voz de Macau parecia estranhamente longe, enquanto Porchay apertava o celular a sua orelha, puxando ar enquanto deixava lágrimas descerem por seu rosto, o peito doía e preocupação o dominava.

Tudo bom?