Capítulo 21 - Minha pequena Kendra Valerie

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Kan Theerapanyakul

                            Ver Kendra internada me deixa um pouco preocupado. Sei que não corre risco por doar a medula, porque ela está bem. Os exames feitos antes foram essenciais para acalmar meu coração. Não a vejo como sobrinha, para mim sempre será minha filhinha. E é como pai que fico preocupado com sua saúde e sua segurança. Ela é a menina que ensinei a ser uma Princesa guerreira. Tudo o que ensinei aos meus filhos sobre como ser um homem forte e defender os seus, ensinei a ela. 

                              Não pude tê-la comigo legalmente e desfilar com ela como pai babão que sou porque não era seguro para ela. Olhando agora ela ali, deitadinha, lembro-me de tudo o que senti quando P'Thorn e eu precisamos explicar porque ela não podia fazer turismo em sua terra natal.  

                             Acostumada  a viver como pessoa comum na Coréia, mesmo que tendo crescido cercada por seguranças, quando começou crescer e vinha passar tempo com o irmãos e meus filhos, ela queria fazer coisas comuns, como andar de tuk tuk,  ir aos spas públicos, andar de carruagem nas ilhas e brincar na praia. Mas quase tudo lhe era proibido porque nosso cuidado não era um exagero. Se Khorn soubesse que ela vivia, teríamos que matar ele e não sou como ele. Se fosse talvez o teria matado anos depois...

                            Ela está calma, adormeceu apenas pelo cansaço. Pulou de colo em colo ontem, quando chegamos. Ela, Vegas, Macau, Chay e Porsche juntos, esquecem que são adultos! E isso por horas. Nada fica no lugar e ainda levam juntos o nada travesso Gucci! 

                            Kendra sempre foi travessa e foi quando ela fugiu, em Chumphon, aos nove anos que tivemos que contar para ela  parte de sua verdadeira origem...

******

                         Andamos por horas atrás dela e nada. Thorn precisava embarcar imediatamente para a Alemanha e ela ficaria comigo, mas um descuida de sua guarda-costas e ela fugiu para a praia, mas por nossa sorte, acabou entrando no Parque Nacional e os administradores deMu Ko acabaram nos ligando, quando ela disse o nome de Thorn. Mas até eles convencerem-na a se identificar, ficamos nós procurando por todos os lugares.

                     Quando a encontramos, foi que conversamos sobre como falar com ela. 

                     — Ela está crescendo, amigo Kan. Não tenho coragem de separá-la dos meninos, mas ela é muito levada e uma hora dessas ela vai fugir da Vila e aquele monstro vai saber quem ela é.

                     — Acha que temos que falar com ela, tio Thorn?

                     — Eu já tentei, mas meu ódio por Khorn não me deixa ser leve. Você é jovem deve saber falar com ela como fala com Vee...

                     Depois da conversa com khun Thorn resolvi que faria isso assim que ela viesse para minha casa. E dias depois foi o que fiz...

                     O sonho dela era passear em uma carruagem aberta, como os turistas e eu comprei uma e coloquei suas iniciais com um brasão de gatinho. Nunca entendi como ela associava seu novo sobrenome à gatos, mas isso ajudou bastante.

                      Paramentei-me como um mordomo dos filmes e esperei que minha querida Naneng, a conduzisse à entrada de nossa Quinta.

                     Nane a vestiu como princesa e colocou uma coroa de flores em sua cabecinha, Vegas tocava uma flauta se fazendo de mensageiro real, Khun batia um tambor anunciando sua chegada e ela ficou tão feliz com eles vestidos como seus servos que não viu logo a carruagem e eu, seu humilde servo, à sua espera.

O murmúrio das Sombras     #KimChay   #KinnPorscheOnde histórias criam vida. Descubra agora