No leito de Kim...
— Amor... Por que não aproveitamos esta noite aqui, juntos? Depois vamos passar tanto tempo sem namorar... Vou ter que usar proteção cirúrgica por cem dias.
— Kim, você é muito teimoso. Dorme quieto.
Chay e Kim estão no quarto em que Romsaithong vai ficar depois do transplante. O mal estar do processo inicial já deu lugar à um período mais calmo, com poucos enjoos e náuseas e ambos estão juntos sabendo que está terminando os dias de preparativo para o transplante. O paciente mais impaciente do Hospital tenta fazer Chay perder o equilíbrio, mas por enquanto o artista plástico está vencendo esta disputa.
Kim sabe que seu organismo está fraco e se preocupa, não quer deixar Chay sozinho. Na mente dele fazer amor mais uma vez pode ser também a última e ele não se importa se estão em um hospital. E importa menos ainda que o tio já deixou claro que por mais limpo que pareça, não é o lugar ideal para estas coisas. Parece até que o homem sabe o que ele pensa...
Chay foi surpreendido com a mão de Kim passeando leve por seu corpo. Ele tenta mais uma vez fugir do assédio do namorado, mas percebe que o outro está fragilizado com suas recusas e deixa ele prosseguir, aceitando o carinho ousado. Ele tem certeza que vai conseguir frear o outro só aliviando-o com as mãos. Ultimamente tem sido assim. Qualquer ferida pode abrir caminho para algo maior e complicado.
Kim alcançou o sexo de Chay, que tentou afastá-lo, mas acabou cedendo. Os olhos do namorado estão úmidos e ele não suporta vê-lo chorar.
— Meu amor, você não pode se ferir... Vai com cuidado...
— E se fosse eu... Também me feriria? — Ele é tímido, às vezes, e quando age assim Chay enxerga toda a fofura que ele guarda na alma.
— Acredito que sim...
— Mas vou usar camisinha, Chay!
— Sim, vai. Não está louco de se arriscar sem ela, dentro do hospital, pondo todo o tratamento prévio a perder. Mas você diz que não curte... Já tentou e desistiu antes...
— Não é que desisti, é que não resisto à você, Chay... Vamos fazer... Deixa...
— É arriscado, amor. Melhor só brincar com as mãos...
— Desde que o médico mandou ter cuidado com a boca, você não me beija, não me deixa brincar com seu júnior... Não estou feliz assim, Chay!
— Eu beijo você toda hora, Kim.
— Beijo de estátua! Quando tento beijá-lo de verdade, você se afasta... Você falou para eu mamar você de camisinha!
— Porque você estava insistindo, Kim! E eu sabia que você não ia fazer. É melhor ficar cem dias sem sexo que o resto da vida sem você.
Kim abraça o namorado com mais força, as mãos insistem em acariciar as costas do outro, os lábios brincam com a orelha do outro e ele mordisca o lóbulo de Chay, que geme.
![](https://img.wattpad.com/cover/314967500-288-k535898.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
O murmúrio das Sombras #KimChay #KinnPorsche
Fanfiction🌿Concluída🌿 Nesse universo alternativo os Theerapanyakul vivem uma realidade muito diferente e complexa. Kim ainda é um músico. Chay é um artista plástico jovem, apaixonado por música. Diferentes, mesmo que circulem pelo mesmo espaço, o encontro...