Não foi Gucci quem invadiu a cama dos dois, horas depois. O sono enfim protegeu-os das preocupações com o futuro, mas não da invasão da madrugada. De repente a cama ficou tão quente e desconfortável, os sonhos sendo invadido por uma dor real. E foi assim que Kinn acordou. Os braços envolvendo seu pescoço quase o sufocando atrapalharam seu raciocínio e ele levou alguns segundos para entender, afinal, ainda sentia os braços de Porsche em sua cintura.
Aos poucos percebeu que era a irmã. Kendra dormia agarrada a ele e um sorriso enfeitava seu rosto. Ele soube que a irmã sonhava. Cobriu a jovem, abraçando-a, depois de retirar os braços dela do pescoço, voltando a respirar melhor. Ela gemeu, jogando a perna sobre ele e acertando a perna de Porsche, que despertou.
— Desconfortável, amor.
— Não, Che. Foi Kendra que acertou você. — Kinn respondeu, fazendo um carinho na mão que segurava sua cintura.
— Mulher folgada! — Porsche xingou a irmã, sorrindo.
— Não xinga minha irmã. — Kinn reclamou.
— Xingo sim. Ela é minha irmã também! Essa mulher aranha!
Essa briga de quem tem mais direito a Kendra já estava ficando comum... E ela se aproveita disso, toda feliz. Na verdade, depois que descobriu serem gêmeos, ela e Kinn têm passado muito tempo juntos. Trocam ideias, discutem sobre negócios, falam sobre seus gostos e ele, às vezes, foge do quarto e vai dormir com ela, como se estivessem reconquistando os anos perdidos.
Porsche sempre sentiu a tristeza da irmã e percebeu, mesmo antes de saberem da situação gemelar, que ela ficava mais feliz quando Kinn a abraçava. Dormir no colo dele, na sala, era algo que ela fazia com frequência e até suas dores de cabeça tinham sumido.
Porsche beijou o namorado e tentou sair da cama:
— Vou para o quarto do Gucci, assim vocês ficam amis à vontade.— Não mesmo! Só diminui o ar-condicionado e fica aí do meu lado!
Porsche obedeceu e deitou-se de novo, abraçando-o. Kendra não se moveu, feliz, aninhada no irmão.
— Quero só ver quando ela voltar a namorar! Que homem vai aceitar ela fugir para a nossa cama!
Kinn surtou.
— Ela não vai namorar! Ela é minha irmãzinha. Nem vem falar disso com ela!
Porsche riu.
— Kinn, Kendra Valerie só está de picuinha com o namorado porque ele foi para a Coreia trabalhar, quando ele voltar, ela vai ficar com ele e você vair ficar a ver navios.
— Eu vou proibir ele de vê-la! Não quero saber dele aqui, entendeu?
— Kinn, sabe que ela tem sua idade, não é? Logo, ela pode namorar sim e você vai ter que aceitar.
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O murmúrio das Sombras #KimChay #KinnPorsche
Fanfic🌿Concluída🌿 Nesse universo alternativo os Theerapanyakul vivem uma realidade muito diferente e complexa. Kim ainda é um músico. Chay é um artista plástico jovem, apaixonado por música. Diferentes, mesmo que circulem pelo mesmo espaço, o encontro...