Capítulo 10 - Eu me vejo ganhar asas e voar... 🔞 #KimChay 🔞

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                             Kim está sozinho em um quarto jovial e diferente do que ele imaginava ser o quarto de Chay. 

                           O quarto é muito bem ventilado e cheira a alfazema. Kim reconheceu o cheiro e lembrou das histórias antigas que contam que as mulheres passavam a ferro e usavam sementes de alfazema em gaze para perfumar os enxovais.

                          Chay tinha ido dar boa noite para alguém que tinha bebido demais e pediu que o esperasse ali. Kim está um pouco nervoso. O novo espaço mexe com seus medos... Tena relaxar... Voltou a admirar a vista da sacada do quarto. 

                         As flores do jardim perfumavam a noite e Kim ouvia o som das folhagens que dançavam com o vento noturno. Olhando e sentindo assim, ele entendia Kinn ver música em tudo. Em outras épocas ele não notaria nada, mas estar com Chay lhe abria tanto a sensibilidade...

                        Chay era uma porta para uma nova vida. Desistiu da Engenharia quando se conheceram. O pai quase enlouqueceu, mas Arquitetura era mais artística que Engenharia e ele abraçou a nova formação com prazer. Fazia aulas extras de música e dança e Kinn o apoiava em tudo. Kinn que abandonou sua vida para cuidar dele e defende-lo do pai. 

                       Às vezes Kim não perdoava a mãe por ter morrido e forçado o irmão ter tomado o lugar dela no cuidar, proteger e amar. Ele merecia um amor, mas Kinn só encontrava decepções. Mulheres que aceitavam o dinheiro de seu pai para deixar o filho para ser vendido pelo melhor preço.

                       Pensando bem. Khorn é homofóbico, Kim sabe, mas ele pensa que se o pai soubesse que Chay era nada mais nada menos que membro dos dois maiores nomes da Tailândia, ele exigiria que o rapaz se responsabilizasse pela virgindade de Kim e se casasse com ele. E a simples menção ao fato, mesmo que em pensamentos, fez o jovem rir.

                        Chay o encontrou assim, rindo na sacada.

                         — Meu amor está rindo de quê?

                         — De meu pai.

                         — O quê de engraçado há nele?

                        — Ele me deserdou porque sou gay e namorava um artista pobre.

                         — E o que tem isso? Não que eu seja pobre...mas...

                         — Por isso mesmo, se ele soubesse quem você é, ele me venderia para você. Aprovaria nosso namoro e tal...

                         — Eu não compraria você. Não há dinheiro no mundo que alcance o seu valor.

                          Kim sorriu, as lágrimas descendo por seu rosto.

                         — Eu dou minha herança para fazer você feliz, mas jamais compraria seu amor.

                          — É tão bom ser amado assim por você, Chay.  — Kim virou e desceu o rosto, buscando os lábios do homem que o amava e o respeitava acima de tudo.

                           — Vamos para dentro?

                           — Estou gostando dos sons da noite.

                             — É só descer o dossel automático ... Eu nunca fecho as janelas aqui. O dossel protege dos bichos e insetos. O calor dele repele. Entraram e Chay acionou o equipamento. A tela anti-insetos surgiu e tapou tudo, os sons e a brisa da noite continuaram entrando no quarto.

O murmúrio das Sombras     #KimChay   #KinnPorscheOnde histórias criam vida. Descubra agora