𝓔𝓷𝓽𝓻𝓮 𝓪𝓼 𝓵𝓲𝓷𝓱𝓪𝓼 𝓭𝓸 𝓭𝓮𝓼𝓽𝓲𝓷𝓸

Capítulo 27

Um mês após a perda do bebê, Beatriz foi até a casa de Lili, pois sabia que a amiga estaria sozinha já que Demétrio estaria trabalhando e as crianças estariam na escola, assim que ficaram frente a frente as duas se abraçaram.

— Sinto muito pela sua perda, Bia.

— Eu nem ao menos tive tempo de me conectar com o meu bebê, pois no mesmo dia em que descobri a gravidez, o perdi. — Disse com os olhos cheios de lágrimas.

— Não posso imaginar a sua dor.

— Minha família queria tanto um bebê e eu estava com tanta ilusão de ter um, mas não poderei dar a eles essa alegria.

— Me parte o coração te ver tão triste, amiga.

— Não se preocupe, eu vou superar cedo ou tarde.

De repente o bebê chorou no quarto de Lili.

— Já vou pequeno. — Se levanta e sobe até o quarto onde estava o bebê, acompanhada de Beatriz.

— De onde veio esse pequenino?

— Esse pequeno tão indefeso foi abandonado em frente ao trabalho do Demétrio há um mês.

— Ele é tão lindo. — Pega o bebê no colo e o acalma.

— E parece que ele se apegou a você, ao sentir o calor do seu colo ficou calminho.

— Estou apaixonada por ele, imagino que você e o Demétrio vão adotá-lo.

— Até poderíamos adotá-lo, mas já temos um bebê a caminho. — Sorriu toda boba. — Essa gestação não foi planejada, mas entendemos que se vamos ter um filho é porque Deus assim o quis e o nosso pequeno tem um propósito nesse mundo.

— Parabéns, Lili, você e o Demétrio merecem. — Sorriu feliz pela amiga. — Se importa se eu der a mamadeira para esse lindinho?

— Claro que não, afinal eu sei que você quer e que já está apaixonada por ele.

Beatriz preparou a mamadeira para o pequeno e deu para ele, depois o fez arrotar e ficou balançando-o em seus braços.

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Algumas horas depois, Vicente preocupado com o sumiço da amada foi até a residência Avelar e ao chegar lá Lili o informou que Beatriz estava em seu quarto e ele foi até o mesmo sem imaginar a cena linda que veria, então assim que viu o amor de sua vida com um bebê nos braços se emocionou.

— Meu amor, quem é esse pequenino? — Indagou curioso.

— Amor, esse é o Juninho.

— Juninho? Apelido de Junior, mas qual o nome dele?

— Ele se chama Vicente. — Beija a cabecinha do pequeno.

— Vicente?

— Eu o batizei assim.

— Você o... De quem é esse bebê? — Perguntou confuso.

— O Demétrio o encontrou na saída de onde trabalha e o trouxe para casa, pensamos que esse bebê chegou até nós para vocês o conhecerem e para ele ser o filho que vocês não podem ter.