Capítulo 18

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Duas semanas se passaram desde que Lili saiu de casa pela estupidez de Demétrio e os dois sofriam separados, então nesse tempo uma pessoa inesperada foi visitá-lo.

— O que faz aqui? — Fecha a cara.

— De verdade? Vim te dizer que você é um estúpido, já sei que você disse bobagens para a Lili e antes que fique bravo achando que foi ela quem me contou saiba que foi o pai dela.

— Não se meta na minha vida, irmão. — Se enfurece.

— Calma, não venha com quatro pedras na mão. — Levanta as mãos demonstrando que não queria brigar. — Sim, amei a Lili, mas ela era e é proibida por ser sua esposa, então conheci uma moça encantadora e já não vou atrapalhar você e sua mulher, porém você sabotou sua própria felicidade, irmão.

— Está falando sério?

— Muito sério, veja. — Mostra a foto dele com a amada. — Sou um novo homem, romântico e apaixonado, minha namorada me levou para a igreja e eu mudei.

— Eu sinto falta da minha mulher e da minha filha, não quero perder de ver a evolução da gravidez da Lili. — Disse com os olhos marejados.

— Por que você não faz uma serenata para a Lili?

— Eu? Fazer uma serenata para uma mulher? Jamais!

— Lembra quando éramos meninos? O papai fazia tudo de romântico para a mamãe e você sempre ficava ao lado dela.

— O papai era romântico, mas nunca esqueci a dor que ele causou para a nossa mãe quando a traiu aquela vez.

— Todo mundo erra, você errou e eu errei, agora pense um pouco, a Lili te escolheu ainda menor de idade, então você quis casar e ela perdeu o apoio do pai, mesmo assim ficou contigo e desistiu da carreira de cantora pela família, pense nisso. — Se retira.

— Lili, que saudade, sinto falta de vocês.

Demétrio foi para o quarto, se deitou na cama e adormeceu tendo um sonho que o faria repensar sobre suas palavras impensadas.

— Filho.

— Mamãe. — Corre até ela, voltando a ser criança ao se aproximar dela.

— Meu príncipe. — O pega no colo e se senta em uma poltrona. — Eu sei o que você fez com a Lili, mas não entendo por quê.

— Mami, eu amo a Lili, mas fui muito burro.

— Você se chama de Demétrio, mas não usa mais o seu segundo nome que é Emanuel e mesmo assim deu esse nome ao meu neto que está a caminho.

— Não mereço esse nome depois de tudo que fiz de mal.

— Para mim você sempre será o meu Emanuel e por isso nesse sonho você voltou a ser criança.

— O que faço para recuperar a minha família, mamãe Alma?

— Faça o que o seu irmão sugeriu, você é mais velho, mas ele se tornou mais sábio.

— Vou fazer a serenata, mamãe, obrigado. — A abraça.

— Descanse, meu príncipe Emanuel. — Beija os cabelos dele.

𝓔𝓷𝓽𝓻𝓮 𝓪𝓼 𝓵𝓲𝓷𝓱𝓪𝓼 𝓭𝓸 𝓭𝓮𝓼𝓽𝓲𝓷𝓸Onde histórias criam vida. Descubra agora