O dom das irmãs.

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Brasil — 7h06min; 11/01 ·

Não sabia quem estava mais assustado. Kristina ainda olhava de forma arregalada para o rapaz a sua frente, enquanto sua irmã olhava fixamente para seu braço limpo e Ace, bom este estava dando uma boa averiguada no quarto das moças.

— 'Tá olhando o que? — Kristina perguntou chamando a atenção do rapaz — O que diabos você 'está fazendo aqui? Como isso é possível?

— Eu. Não. Sei. — O Portgas disse pausadamente e levantou os dedos a cada afirmativa. — Eu não sei quem são vocês. Não sei o que estou fazendo aqui. Não sei que lugar é esse.

— Eu acho que sei o que aconteceu. — S/n murmurou depois de um tempo em silêncio atraindo a atenção imediata. — Kris, eu não sei como isso é possível, mas...

— ACE! Você está aí? — Ouviu—se um grito do lado de fora e alguém bateu na janela fechada fazendo—as tremer.

— PAI?! — O rapaz gritou surpreso.

S/n e Kristina se entreolharam e quase atropelaram o garoto para abrir a porta e saíram correndo para a cozinha e assim que atravessaram a porta da frente quase caíram para trás quando viu quem estava no pátio da casa delas.

— PAI! — Ace berrou correndo até o Barba Branca que estava com alguns comandantes e subordinados ali.

Kristina se virou para sua irmã mais velha e a chacoalhou:

— S/N, QUE PORRA É ESSA?!

— Irmãzinha, me escuta bem. — S/n começou a falar ainda encarando o homem de 6 metros e 66 centímetros. Aliás ele realmente parecia ter tudo aquilo, porque era como se tivesse um gigante no pátio da sua casa. — Ontem à noite eu escrevi uma fanfic. Aqui. — A moça apontou para o próprio braço. — E hoje sumiu e ele apareceu. Eles.

A morena encarou sua irmã e os indivíduos presentes que agora encaravam-nas.

— O que você escreveu? — Kris perguntou.

S/n engoliu em seco e disse quase como um sussurro:

— Um romance que poderíamos ser felizes com nossos parceiros românticos, mesmo eles sendo de outra realidade. Coloquei que tudo o que eu escrevia acontecia e que o amor seria tão forte que um o outro seria transportado para outra realidade, a fim de encontrar o amor verdadeiro.

— Vocês não preferem compartilhar conosco em vez de ficarem sussurrando igual ratinhas? — Um deles perguntou, mas foi preciso S/n forçar a memória para tentar reconhecê-lo

Kristina bateu palmas de repente encarando sua irmã e correu para dentro dizendo:

— Caneta! Tudo o que precisamos é a caneta! Você escreve e eles irão voltar de onde vieram!

— MAS QUE BAGUNÇA É ESSA?! — Alguém gritou fazendo as irmãs travarem no lugar. Era nada mais ou menos que Adelair, a avó das moças.

— ESCREVE S/N! ESCREVE! — Kristina simplesmente atirou a caneta para a irmã acertando na testa da mesma e quando S/n deu um passo para trás não viu a calçada quebrada e caiu de bunda no chão. — Oi mãezinha linda, maravilhosa, hoje o dia está meio feio. Vamos assistir um filme? A senhora quer um chá? Café? Cerveja? Um shot de pinga? Eu pego para a senhora!

— QUE BADERNA É ESSA KRISTINA? — Berrou a senhora de 71 anos, fazendo Kris fechar os olhos. Ela odiava gritos.

Do lado de fora S/n ainda refletia sobre tudo o que estava acontecendo e com o segundo berro de sua avó-mãe levantou a bunda do chão e sentou-se na calçada olhando a caneta e seu braço.

Através da Escrita - Portgas D. AceOnde histórias criam vida. Descubra agora