Brasil — 15h50min; 12/01 ·
As compras foram levadas às pressas para dentro e a todos estavam abrigados embaixo daquela escola, mas não, Portgas D. Ace ainda não havia saído daquele carro. O máximo que o rapaz fazia era olhar pelo vidro o lado de fora, não adiantava muita coisa já que a chuva que os acompanhará até em casa estava mais grossa que o normal e os ventos também estavam violentos.
Ace não era o único naquele carro, pois ao seu lado S/n o encarava aflita sem saber que tipo de palavras usar.
— Você pode ficar lá em casa se quiser. — A moça comentou em tom baixo. — Se não quiser vê-lo...
— Era para ele estar morto, S/n. — Ele a interrompeu. — Por que os mortos não podiam estar apenas mortos? Por que você nos fez voltar, S/n? — Ace a encarou — Por que você ama um monstro como eu? Eu vivi uma vida sem arrependimentos, mas não era para eu estar aqui, não agora.
S/n engoliu em seco e se fez a mesma pergunta; agora ela notará que a fanfic que havia criado fora apenas uma desculpa esfarrapada. As coisas estavam difíceis demais e não se duvidava nada de que pioraria, afinal não era só os mocinhos ali.
Na verdade, a pessoa que ela havia escolhido era de um universo onde nenhum era bom, todos eram ladrões, piratas, assassinos, corruptos... Nem mesmo Ace se salvava. S/n notou que não havia apenas colocado suas expectativas naquela bela história, mas também sua vida, a vida de sua família e dependendo de quão surreais é cada vilão, a mera existência de seu próprio planeta.
— Você merece viver. — S/n encarou Ace. — Nunca deveria ter morrido.
— Isso é apenas o ciclo da vida, S/n. Não podemos mudar seu trajeto. — Ele sorriu fracamente.
— Então é um ciclo bem idiota. — Ela riu baixinho. — Você não viu, mas seu irmão sofreu muito. Não, eu não estava com ele, por mais que eu gostaria, mas eu vi Ace, eu o vi chorar, vi ele querer desistir.
— E sua frase final é?
— Viva Ace, viva uma segunda vez e mesmo que em sua vida passada você tenha vivido s em arrependimentos, nesta viva e faça algo que não pode fazer antes. — S/n deixou um selar na bochecha de Ace e abriu a porta tomando a coragem necessária para sair da camionete e correr para debaixo da cobertura da escolinha.
Todos ali estava conversando, mas em um tom baixo e era surpreendente vindo principalmente deles.
— Ele ainda está lá? — Marco apareceu questionando-a.
— Sim. — S/n suspira — onde está Roger?
— Nossa avó sequestrou ele e o Newgate para nossa casa. — Kristina respondeu com um pacote de M&M em mãos.
Também havia isso, dona Adelair achava que havia perdido o melhor amigo e agora ele estava ali vivo. Kristina deu meia volta entrando em uma das salas com as compras todas amarrotadas.
— Você está bem? — Ela se surpreendeu com o ruivo ali.
— Sim Shanks, e você? — Kris sorriu para o mais velho. — Ainda surpreso com Roger?
— Não tem como não estar. — Ele suspira se aproximando das mesas. — Ele foi como um pai para mim e só Deus sabe o quanto eu chorei quando ele foi executado. — Shanks ficou em silêncio, mas um sorriso tomou seus lábios e ele encarou Kristina. — Você também sabe.
— Sim, eu sei. — Ela piscou. — Eu tenho você na palma da minha mão, Ruivo.
— Eu sei. — Shanks então franziu o cenho. — Vai ser uma pergunta estranha e vai ser mais estranho ainda se a resposta for sim, mas também me viu fazendo sexo?
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Através da Escrita - Portgas D. Ace
FanficO quão bom você é em escrever? Olhar um personagem e desejar para você, criar inúmeros cenários em sua imaginação, mas chega em um momento que você não consegue mais controlar sua cabeça e acaba escrevendo seus sentimentos: perversos, bons, ruins ou...