recaída

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Já fazia um mês que eu estava no meu serviço novo aqui na pley9. depois de  conversa com minha mãe optei por aceitar a proposta do Felipe, pois assim não precisaria procurar outro trabalho o que torna isso tudo mais fácil. Também optei por sair da casa da minha mãe pois lá era muito pequeno para quatro pessoas, mas minha mãe não deixou eu ir muito longe então moro em um baração perto da casa dela. A  casa era pequena um quarto, cozinha e banheiro, mas tinha um quintal e era bom já que eu ia ter uma criança.
Na parte financeira é que estava uma merda, pois eu tive que comprar o básico para uma casa: fogão, geladeira e armario. O que levou Boa parte do dinheiro que tinha e o aluguel, a comida e o gás se encarregaram de acabar com o resto. Agora só me restava juntar dinheiro para comprar as coisas do nenê e como ainda faltava sete meses para ele vir dava tempo.
Minha mãe e irmão estavam me apoiando bastante, ontem meu irmão apareceu aqui com um Moisés de madeira de bambu para o nenê, não me pergunte onde ele arrumou isso pois não sei, mas achei muito bonitinho. “Mas agora foca Samanta você tem que terminar o serviço”.  Contudo quando começo a escrever ouso uma batida na porta.
- pode entra.- logo vejo JP entrar na minha sala e sentar na minha frente.
- Samanta queria saber se você tem algo marcado para amanhã?- ele pergunta, mas suspeito que já sabia a respostas.
- amanhã tenho médico marcado JP. Porque precisava de mim?
- sim, e que Amanhã o Felipe vem ai então queria sua ajuda para arrumar  as coisas para ele sabe.- só de ouvir aquele nome meu corpo arrepia tudinho.
- olha madinho, realmente não vai dar, mas posso arrumar algumas coisas hoje e amanhã vocês colocam em prática o que acha?- vejo um sorriso alegre aparecer em seu rosto.
- ótimo, maravilha! Então fica combinado assim. Você salvou meu dia Samanta obrigado.- ele agradece e logo vai embora e eu volto para meu serviço que acabou aumentando.
O dia passa e acabo nem vendo volto para casa e vou arrumar tudo pois estava uma bagunça e minha cama estava cheia de roupa para dobrar. Como algo rápido e começo a arrumar tudo. Quando término vou para frente do espelho do meu guarda-roupa e levanto a blusa para ver minha barriga ainda continuava a mesma nem parecia que tinha uma vida ali.
- oi como vai ai dentro?- me sinto uma boba falando assim com a minha barriga.- eu já te amo muito sabia? E também quero pedir desculpas pelo que tentei fazer com você e quero que saiba que você e a razão de toda a minha existência agora eu te amo mas que tudo.- fico alisando minha barriga enquanto falo.
Depois de passar um pano na casa vou tomar meu banho e vou dormir, pois amanhã tenho consulta com o médico. Como tinha tirado o dia de folga para ir ao médico acordo por vontade própria e depois de almoçar vou me arrumar para finalmente sair. Chego no hospital e vou até a recepcionista e entrego meu papel.
- boa tarde senhorita Samanta. Sinto lhe informar que o médico não poderá  atender hoje pois o equipamento de ultrassom está quebrando. Então irei remarcar sua consulta para daqui duas semanas tudo bem.- fala calma com aquele sorriso cínico na boca.
- bem se não tem outro jeito ne, fazer o que.- ela remarca e depois vou embora.
No caminho de volta passo por algumas lojas de roupa de bebê, penso em entrar para ver as roupinhas mas só de ver os presos na vitrine desisto e sigo meu caminha até o ponto de ônibus. E enquanto espero o ônibus penso em como minha vida mudou e vai mudar no decorrer desse ano. Quando ele começou pensei que nada iria mudar e veja agora estou parada em um ponto de ônibus grávida do meu chefe/meu ex amigo e lutando com todas as forças para dar alguma coisa a esse bebê. A vida não é fácil e não vai ser agora que vai começar a ser.
Como tinha perdido a consulta resolvi ir para casa da minha mãe. No caminho vem o assunto que evitei pensar nesses último mês.” Porque não tive coragem de contar para o Felipe que não abortei”. Está certo que fiquei com raiva pelo que mandou eu fazer, mas ele parecia arrependido quando me ligou. Mas não demorou muito já que arrumou outra bem rápido, penso ao me lembra do post que vi anunciado o namoro dele. Ele tem mais e que se ferra, mas ele merecia saber. Mal percebo que já cheguei na casa da minha mãe e assim que me vê entrando na casa vem correndo me abraçar.
- então me conta como foi ele tá bem? Passou algum enxame? Já da para saber o que é? Menino ou menina? Me fala que estou curiosa.- diz soltando o abraço.
- se a senhora me deixar fala eu respondo.- ele me da um tapinha irritado no ombro e eu rio com sua reação.- não sei, teve que ser adiada pois algum equipamento estragou.
- é isso que dá depender do sus. Mas remarcou?- eu concordo e ela fica mas calma.
- mãe!- falo um pouco mais auto do que pretendia.- tava pensando. Será que conto pro Felipe sobre o...- aponto para minha barriga
- olha filha é um direito dele saber, me entende, mas se ele não quiser assumir o problema é dele né.
Não disse mais nada e também não toque mais no assunto. Estava curtindo o dia com minha mãe e tentando escolher um nome pro bebê, mas não  entramos em um acordo. Meu celular toca e logo atendo sem ver quem era.
- oi!?- logo escuto a voz do JP NO telefone.
- oi Samanta desculpa te atrapalhar, mas queria saber onde você deixou aqueles papéis da reunião que eu deixei com você. Já procurei em todos os lugares.- logo me lembro que levei eles comigo quando sai ontem da empresa.
- então JP... estão comigo. Mas pode deixar que levo ai para você.
- mas é o médico?
- a consulta foi cancelada sabe como é o SUS.
- haaa sim, então tá bom obrigado Sam.
- que isso, quem fez besteira foi eu.
Vou para a empresa o mais rápido que consigo. -Chegando lá encontro o JP e entrego os papéis e quando vou saindo esbarro em que menos esperava.
- opa cuidado Sam.- Felipe me segura para eu não cair, mas quando encaro aqueles olhos uma corrente elétrica percorre meu corpo inteiro e pelo visto invade o dele também. Ficamos assim,  perdidos no olhar um do outro,  por um tempo. Respiro fundo para tentar sair daquele transe, mas ao invés disso eu sou tomada por um desejo infame de arrancar as roupas dele ali mesmo para me satisfazer.
- você tá bem Samanta?- a voz do JP toma conta do ambiente quebrando aquele clima.
- eu tinha vindo te chamar.- diz Felipe saindo daquele transe também.- vamos, pode vir também Samanta, se quiser?!
- claro porque não.- não faço a menor ideia do porque aceitei, mas vamos lá.
A reunião foi um saco como sempre,  e de vês em quando meu olhar encontrava o do Felipe e aquela sensação voltava, então desviava o olhar. Estava indo para o elevador quando vejo que ele ia fechar então dou um grito para que seguirem ele e então vejo as portas do elevador voltar a   abrir.
- obrigada.- digo sem ao menos reparar que era.
- que isso Sam.- e era quem eu menos queria ver naquele momento.  Respiro fundo e sinto seu perfume de novo. Como eu queria aquele homem em mim agora. Mordo os lábios só de pensar em nós juntos.- no que você está pensando agora.- diz com uma voz safada no meu ouvido e fico toda arrepiada.
- porra felipe.- gemo baixinho só para ele ouvir.- não faz isso comigo.
- fazer isso o que Samanta?- fala colando meu corpo no seu mas antes que alguma coisa acontecesse  o elevador abre e eu saio o mais rápido possível e vou para o ponto de ônibus. Logo vejo o horário e percebo que o último ônibus já tinha passado então o jeito era chamar  um Uber e é lógico que não tinha nem um disponível. Logo percebo um carro parando ao meu lado e ergo a cabeça para ver quem era.
- quer uma carona? Já está tarde e acho que nem tem Uber disponível.- porquê ele está aqui senhor, penso em negar mas pelo horário não vou achar mais nem um carro disponível  principalmente para meu bairro.
- pode ser. Não vou achar nem um carro mesmo.- entro no carro e o caminho até minha casa vai em um silêncio com um  clima bem tenso. Queria contar para ele que não tive coragem de abortar,  mas não sabia como. E quando menos esperava chegamos.- Felipe será que podemos conversar?
- claro Sam que foi?- ele vira o corpo para trás.
- em particular.- olho para o motorista dele.- quer entrar? Vai ser melhor lá dentro.- ele me olha de cima a baixo e sorri saindo do carro.
Entramos na minha casa e logo aquela sensação volta e o desejo parecia maior, mas não foi para isso que chamei ele aqui. Porém tudo vai para os ares quando ele me prende na parede e começa a beijar meu pescoço.
- aí Felipeee- mordo meus lábios, nunca tinha sentido tanto tesão assim na minha vida.- caralho. Me fode logo.
- vamos com calma.
- calma o   cacete.
Tiro minha blusa e grudo nossos lábios e começo um beijo sedento de desejo. Nossos roupas vão ficando pelo curto caminho até a cama e ali o Felipe sacia todos os meus mais profundos desejos. E é ao gritos na cama  que término meu dia.

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