Amizade Colorida

Reconciliação

Acordei aquela manhã com a cama vazia, olho às horas e vejo o motivo dela já ter ido embora. Então levanto vou ao banheiro e faço minha higiene pessoal e desço para ir na academia. Com tudo me surpreendo ao ver Bruno na minha sala com uma cara nada Boa.
- o que aconteceu cara? – falo o cumprimentando com um aperto de mão seguido de um abraço. É bem estranho ver Bruno com aquele semblante sério, com toda certeza algo de muito sério aconteceu.
- você não se esqueceu de nada não? – procuro na minha mente, mas nada me vem na cabeça. Apenas faço um gesto negativo. – tem certeza? Ontem a noite... hum?- mas eu não tinha marcado nada com ele ontem. Do que ele estava falam?
- moleque eu não faço a menor ideia do que você está falando? O quem tem ontem anoite? – realmente não fazia ideia é aquele joguinho estava me deixando irritado. – fala logo Bruno tenho mais o que fazer.
- a Samanta cara – agora que nada fez sentido na minha cabeça. E aquele olhar de fúria do Bruno não ajudava.
- ela tá lá em cima. O que que tem ela? – Bruno me olha com a cara seria e  cínica.
- Ha sim, a Samanta tá lá em cima? Então quer dizer que você voltou ontem com a Samanta e ela tá lá em cima dormindo?
- não... a gente não... merda.- eu subo a escada correndo. Como eu pude esquecer a Sam, mas eu tinha que ver com os meus próprios olhos. E realmente quando abro a porta do quarto dela está tudo intocado, como ela deixou ontem, e o pior ela não estava ali. Senti uma pontada de culpa no meu coração. Estava tão distraído que nem lembrei que nós estávamos juntos ontem, mau assisti o jogo ontem também. – onde ela está? O Wallace deve ter buscado ela, não? – falo com Bruno que tinha me seguido.
- não cara. Eu tive que tive buscar ela no estádio quase três horas da manhã. Ela estava ao prontos cara. Como você leva alguém para algum lugar é esqueci. Sorte sua que não aconteceu nada com ela. Podia ter ao menos pedido para o Wallace buscar ela. – desabafou bravo, mas nem consegui prestar atenção queria fala com a Samanta para ver se realmente ela estava bem. Mandei mensagem e fiquei aguardando.
Desci de volta para treinar, mas nem consegui treinar direito pois não parava de olhar o telefone e nada dela me responde. Mandei mais mensagem e até liguei e ela me ignorou. Aquilo me deixou mal, ela sempre me ajudou e eu esqueci dela assim. Não sei porque aquilo estava me afetando tanto. Já havia esquecido o Bruno, o Luccas, o Victor, mas nenhum tinha doido e me deixado com... medo. O que estava acontecendo? Eu sei que minha amizade com a vegana era diferente mas...
- Felipe você não comeu nada até agora. Só fica ai olhando para o prato. Tá tudo bem? – Aline se aproxima com calma.
- tá sim, eu só estou meio sem fome hoje.- sorrio sem graças e me levanto vou indo em direção a escada quando algo me vem a cabeça e volto para falar com a Aline. – Aline falou com a Sam hoje?
- não, por que? Aconteceu alguma coisa? – Diz preocupada.
- não. eu queria fala com ela, mas ela não me atende. – penso um pouco. – poderia me emprestar seu celular para falar com ela?
- Claro Felipe. – ele disca o número e me entregar. Fico esperando até ouvir a voz dela do outro lado.
- oi Sam é o Felipe eu que... Samanta, Samanta. Desligou- devolvo o celular para a Aline.
- agora você tem que comer alguma coisa Felipe. – não dou ouvidos e vou para o cinema. Fico lá a tarde toa tentando falar com a Samanta, mas ela deve estar muito brava pois não me atende e nem responde as mensagens. Quando sai do cinema já era de noite e a Aline estava indo em bora.
- e aí conseguiu falar com ela? – para na porta e volta na minha direção.
- não, só queria saber se ela está bem e ...- essa e a última coisa que me lembro antes de ficar tudo escuro e cair no chão. Aos poucos recobro a consciência e ouso a Aline gritar desesperada. Tento levantar mais alguém pede para mim continuar deitado obedeço pois não tinha força para lutar contra. – Samanta...  Eu preciso falar com ela. – digo a pessoa mais próxima.
- calma Felipe... ai meu Deus chama uma ambulância Wallace. Me ajuda aqui Núbia.- diz Aline desesperada.
- não, não precisa. Eu tô bem só quero falar com a Samanta. Chama ela.- será que ninguém conseguia entender? Era um comando simples. A Aline junto da Núbia me ajuda a sentar no chão e depois a ficar em pé.
Vou para o meu quarto com a ajuda delas. Depois de um tempo ouso uma batida na porta, meu coração acelerou fico ansioso, mas logo me decepciono quando vejo Aline entrar no quarto com uma bandeja. Ela coloca na minha cama e sem que eu preciso pergunta ela me responde.
- ela não vem Felipe, o que você fez para ela ficar tão brava assim?- diz me entregando a tigela com uma sopa de legumes. Apenas pego a tigela e ignoro a pergunta e ela sai do quarto sem a resposta.
Quando término de comer vou ao banheiro tomo um banho e me arrumo desço quase correndo as escadas gritando pelo Wallace que vem correndo ao meu encontro. Mando ele arrumar o carro para sairmos,  todos ali se espanta com essa minha repentina melhora. Quando já estávamos  no carro digo o nosso destino ele tenta me convencer de que lá é perigoso mais não ligo e mando continuar. Então uma hora depois estou batendo na porta da Samanta, quer dizer no portão, mas enfim ela vem andando na minha direção com um roupão e chinelos.
- o que você está fazendo aqui uma hora dessa? Ta maluco e perigoso e se me lembro bem a Aline disse que você estava passando mal. – fala abrindo o portão. Dou um abraço nela, por mas que não fazia nem 24 horas que não nos via, estava com saudade.
- desculpa por ontem. Eu juro que não queria...
- me deixar lá. – completa minha fala- eu sei mais foi só um rabo de saia  aparece que você esqueceu. Tava tão necessitado assim? – cruza os braços “ você nem imagina” penso. Dou um sinal para o Wallace ir embora e ele vai. – espero que tenha pelo menos válido apena.
- nem te conto. Foi horrível. – ela ri e me deixa entrar trancando o portão. – a menina era meio neurótica.
- mas rolo?- confirmo com a cabeça.- haaa, é cada uma que você arruma Felipe. Um dia vai acabar se dando mal. – ela abre a porta da sala para entrarmos.
Era á primeira vez que vinha na casa da Sam, era tudo bem arrumado na sala tinha um sofá em L e um painel para TV e vários portas retratos de bebês e crianças, que julguei ser da Samanta e do irmão dela. Poucos minutos depois vejo um senhora aparecer na sala, querendo ver que bagunça era aquela.
- o que foi Samanta? Haaa... Não te vi ai Boa noite. Vou deixar os dois á sós.- dou um tchauzinho e logo ela vai embora.
- simpática sua mãe.- me viro para Samanta e la esta tirando o roupão, não consigo para de olhar, ela estava com um conjuntinho de pijama era bem fino e curto, como ela não usava o sutiã dava para ver o volume do bico do peito. Aquilo mexeu comigo de uma forma que... mas o fim da gota foi quando ela abaixou para pegar o controle no chão e deu para ver a volta da sua bunda. “ será que está usando calcinha?” penso alto.
- o que você falou Falou? – disse levantando de súbito.
- nada – fiquei com vergonha. Ela vem andando devagarinho na minha direção, passa o braço em volta do meu pescoço e chaga bem pertinho do meu ouvido, eu me arrepio todo.
- eu ouvi o que você disse! E a resposta é não- ela se afasta e me olha.
- Sam... eeeu... e e e que...- parece que eu desaprendi a fala, o que está acontecendo comigo?
Passados alguns segundos ela dispara a ri se contorcendo toda, eu mudo meu semblante para sério. O que raios está acontecendo aqui?  Eu sento no sofá para disfarçar o pequeno volume que apareceu na minha calça. Riu junto, mas sem graças. Ela senta do meu lado ainda rindo e liga a televisão.
- o que você quer ver?- olha para mim, mas nem consigo olhar no rosto dela.
- se eu falar você me mostra? – ela me olha seria, como se dizia “a brincadeira já acabou Felipe” e eu fico ainda mais constrangido.
- podemos ver esse o que acha? – eu confirmo sem nem saber qual filme era.- ei não fica assim sua piada foi legal. Mas me conta como foi o encontro. Mereço saber depois de tudo que passei. – vira para mim depois de por o filme.
- foi horrível. Não quero me lembra.- ela me olha com um olhar mortal.- mas como você insistiu...- ela ri – bem nós fomos lá para casa, estava indo tudo bem só que... Não sei o que aconteceu... E que... sabe?
- não faço a menor ideia.- fiquei apontando com o dedo para cima e ela me olhou com um olhar estranho.
- não subiu Samanta.- falo por fim. A clareza toma seu rosto.- então eu... você precisa mesmo saber dessa parte?
- não, mas já que começo continua- ela cruza as pernas dando mais realce para sua concha.
- eu fiquei pensando... sabe... em coisas.– ela firma dava para ver que queria rir- ai meio que foi, mas lá no final eu falei o nome de outra... entendi?- ela não consegui se segura e volta a rir e da boas gargalhadas.- nunca passei tanta vergonha Sam
- tá vendo! Se não teve-se me esquecido isso não teria acontecido.-  fala se recuperando das risadas. – mas não se preocupa agora os únicos que sabem sobre isso é nós e ela então que mau tem?
- e você tem razão e o que de mais ruim poderia acontecer também, né?- falo e passo meu braço entorno dela a abraçando e trazendo para perto de mim. Ficamos assim até o filme acabar e quando olho, lá está ela serena e linda dormindo. Acordo ela bem divagar. – já acabou o filme vamos para cama. – mas só depois que digo essa frase e que me lembro que não estou em casa.
- tá bom vou arrumar sua cama- fala se espreguiçando e bocejando.
- não precisa eu chamo o Wallace. Só queria vir ver se você estava bem.- me levanto do sofá e logo pego o meu celular.
- nada disso, não vai acordar o Wallace quatro horas da manhã só para isso. Você pode dormir aqui sem problema, quer dizer talvez uma ou duas balas perdidas, mas moramos no Rio fazer o que?- ria e acabo concordando.
Essa seria a primeira vez que durmo fora de casa em anos estou com medo e ansioso. Ela prepara o quarto do seu irmão para mim, pois de acordo com ela, ele iria dormir na casa de sua namorada. Ela me mostra o banheiro e vai para seu quarto. Deito na cama e me surpreendo com o fato de que acabo dormindo rápido.