Pessoa indesejada

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Eu passei a noite no hospital com o Felipe. E finalmente no outro dia ganhei alta para ir pra casa o caminho inteiro estava pensando em como fui descuidada e não pensei na saúde do meu filho, minha mãe tentou me avisar e agora corro o risco de perder ele para sempre. Não pode continuar assim está decidido amanhã vou aos meus outro trabalho e  pedirei demissão.
Assim que chegou vejo quem eu menos queria. Dona Martha estava parada na porta de casa com uma cara nada Boa. Meu  estômago gelou na hora, então resolvi fala para o Felipe me deixar na casa da minha mãe. Sei que teria que encarar Dona Martha em algum momento da minha vida, mas precisava ser agora? O carro para e Felipe vem me ajudar a descer.
- obrigada.- digo sem graças.- nem sei como te agradecer por tudo.- digo acariciando minha barriga.
- só cuida bem do nosso meninão.- fala com a mão na minha barriga também. Ficamos nós encarando sinto sua mão na minha cintura e a outra leva meus cabelos para trás. pareciamos dois imãs indo de encontro ao outro, cada vez mas perto até que sou tomado pela razão e me afasto dele.
- não podemos. Você tem uma família não quero acaba com isso. Tchau Felipe.- vou para entrar em casa mas ele me segura.
- espera Samanta. Eu queria saber se depois eu poderia vir vê... vocês.- diz com a mão na minha barriga.
- é claro Felipe. – dou um tchauzinho com a mão e entro para casa da minha mãe com um sorriso bobo no rosto.- maaae! Maeee!... cadê você mulher.- falo entrando na casa.- tenho uma novidade para você.
- que foi menina? Não me assusta aconteceu alguma coisa? Você já está melhor? Como foi lá no hospital?- minha mãe vem do quarto dela.
- e um menino.- digo tentando controlar minha felicidade. Minha mãe se aguenta e vem chorando me abraçar.
- aí meu Deus. Um menino.- ela me abraça e depois me puxa para o seu quarto.- bem, como não sabia o que era estava separando algumas roupas mais neutras vem vem deixa eu te mostra.- chego no quarto da minha mãe e tinha várias roupinhas de nenê.- estava separando para quando nascer para ver quais usaria ou não. Mas agora já sabemos o que é.
- são tão fofinhas. Eram de quem?- sento na cama para ver as peças.
- de algumas pessoas não sei fala ao certo pedi para tanta gente. Ia te entregar tudo lavadinho.
- não tem problema mãe eu lavo. Pelo menos agora fico mais tranquila sabendo que ele vai ter alguma coisa pena que veio mais de meninas mas já está bom.- fico bem feliz sabendo que meu filho ainda vai ter as coisas. Não são as melhores mais é o melhor que posso dar a ele no momento.
Fico na casa da minha mãe até pouco depois do almoço e desço para minha casa. Estava quase entrando portão a dentro quando sinto alguém segurar meu ombro e me viro e vejo quem eu menos queria. Dona Martha.
- tá difícil te acha aqui em menina? Cadê o dinheiro do meu aluguel? E não quero desculpas.- disse brava e sua cara não era muito boa.
- olha Dona Martha eu...
- eu disse sem desculpas. Já esperei bastante tempo e só tive essa paciência pois por que você está grávida  se não era olho da rua.
- e que não tenho dinheiro agora dona Marta ainda não recebi.- digo quase chorando.
- que pessoa fica quase dois meses sem recebe em. Deve ter gasta tudo comprando coisas atoa para esse bastardinho.
- não fala assim do meu filho. E fica tranquila que quando eu tiver o dinheiro eu te dou e nem vou precisar olhar na porcaria da sua cara.- digo e entro para dentro tremendo de raiva. Tento me controla pois isso faz mal para o bebê.
Peguei meu celular e liguei nós outros trabalhos para informar que eu ia sai marquei de ir lá pela manhã buscar o dinheiro do certo. Logo depois peguei as roupas que tinha ganhado para lavar eram muito fofinhas e pequenas. Por Mas que algumas seria grande para ele no momento mas resolvi lavar assim mesmo para guarda.  Já fazia um tempo que estava nesse serviço árduo quando ouso alguém chamando no portão e vou ver quem é.
- Felipe?! O que faz aqui essa hora?- estranhei ele ali.
- você falou que podia ai eu pensei que... Mas em fim eu posso volta se você estiver ocupada.- diz desapontado.
- não tudo bem só me espantei de tiver aqui. Entra.- abro o portão e vejo um sorriso surgi em seu rosto acompanhado. Vamos andando pelo correndo até chegarmos na casa, onde estava lavando as roupas do nenê.
- o que você estava fazenda?- fala olhando algumas peças já estendidas.
- lavando as roupinhas dele.- ele vira para mim com uma expressão que dizia “você não pode fazer isso”.- são poucas Felipe e não gera esforço algum para isso.
- mas você tem que repousa Samanta. Deixa de ser tão custosa.- diz sério mas um pequeno sorriso não saia do seu rosto.
-se eu não fizer não tem quem faça. – digo manhosa.
- tá bom, você comeu alguma coisa agora a tarde?- meu estômago gela com a pergunta eu só tinha almoçado na minha mãe e creio que a qui em casa deve ter arroz, um pouco de feijão é um miojo. Preciso ir ao mercado urgente, mas com que dinheiro senhor.
- sim.- digo rápido passando por ele e indo termina as roupas.
- eu te conheço muito bem Samanta para saber que está mentindo.- fala no meu ouvido.- vou pedi alguma coisa para gente comer. Por que se depender da senhorita só não esquece a cabeça porque é grudada no corpo.
- para Felipe eu não sou tão esquecida assim.- digo me virando para ele e ficamos nós encarando. “Como esse homem e gostoso senhor Jesus”, não sei o que deu em mim mas estou toda molhada só de estar perto dele como eu queria que ele me... “para Samanta, se controla mulher”.- quer saber de uma coisa eu estou com fome, mas é de outra coisa.- digo passando a mão no seu peitoral.
- eu também queria, mas... Não faz mal pro nenê? A médica da Lorraine disse que isso faz muito mal pro bebê.- ele segurava minha cintura enquanto acariciava meus cabelos.
- bem o médico que eu fui falou que não faz mal. Se bem que não podemos fazer mas é por outro motivo.- digo saindo daquela posição.
- e verdade.- fala com um semblante triste.- são muito fofinhas as roupinhas.- muda de assunto olhando dentro do tanque.- algumas parece ser grande para o tamanho que ele vai nascer.
- sim, essas eu vou guardar para depois.- falo ao lado dele.
- bem vou pedi a comida enquanto você termina ai ai podemos assistir um filme.- concordo e vou terminar meu serviço. O que não demora muito e logo vou para dentro me encontrar com Felipe. Encontro ele encarando o bercinho de bambu no meu quarto.- voce não vai comprar um bercinho maior? Estou perguntando porque lá em casa tem um que a Lorraine não gostou.
- não está me cabendo dentro desse quarto onde você quer que eu coloque um berço.- ele sorri com a piada.
- verdade. Mudando de assunto onde acende a luz? Que até agora não consegui.- diz coçando atrás da cabeça. Vou até o interruptor e tento acender e nada acontece.  Merda eu esqueci de pagar a conta ou melhor não tenho dinheiro para pagar a conta e isso me lembra que a água também está perto de ser cortada.
- deve ter dado algum problema é assim direto.- menti enquanto por dentro queimava de vergonha.- acho que não vai da para assistir o filme.
- bem só a sua companhia me basta senhorita.- ele pega na minha mão e vamos para cozinha comer.
Felipe ficou ali até as dez horas e depois foi embora. Fico ali pensando como vou fazer para paga minhas contas porque a vida tem que ser pior para mim senhor. Choro ao lembrar tudo que passei até aqui e fico pior pois isso só parece piorar. Começo á pensar que seria melhor para ele ir mora com outra pessoa. Afinal coloca uma criança para adoção não é crime. Se isso for o melhor para meu filho sem sombra de dúvida tomarei essa decisão. Acabei pegando no sono em meio a esses pensamentos.

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