Eu estava no meu terceiro serviço, porém não conseguia me concentrar direito. O Felipe tinha me visto e agora com certeza ele sabia da minha gestação. O que eu vou fazer senhor? Sabia que não conseguiria esconder por muito tempo, mas também nem estava pensando nisso. Minha vida só vai por água abaixo senhor. Sou despertada dos meus pensamentos por aquela fisgada, que agora é sempre presente na minha vida, no começo me preocupei mas até isso não me incomoda mais já que o cansaço e essas dores tomou conta da minha vida. Volto para meu trabalho torcendo para que passe logo.
Um novo dia se faz presente e com ele o meu cansaço se renova de mais uma noite mal dormida. Se estou assim agora imagina quando o bebê nascer? Estava saindo para mais uma jornada de trabalho quando vejo dona Martha, a mulher da casa onde eu moro, estava na esquina e parecia acompanhada. Contudo não iria ficar ali para descobrir peguei outra rua para não topar com ela já que estava devendo dois meses de aluguel. Cheguei no meu primeiro emprego e o tempo passava cada vez vez mais lento até que finalmente ele acaba estava muito casada. Mas assim fui para meu outro serviço na pley9 e assim que entro na minha sala vejo quem eu menos queria.
- o que está fazendo aqui?- digo assim que vejo Felipe na minha cadeira.
- quero fala com você.- ele levanta e vem até mim.
- não temos nada para conversar.- eu desvio dele e sigo para minha mesa. Além de cansada agora estava puta de raiva da aquele garoto.
- é claro que temos Samanta.
- a é!? E o que temos para conversar Felipe? Pois até onde EU sei. A última vez que disse para conversamos você me mandou me fude e foi embora.- digo já me exaltando.
- não foi bem assim.- falou meio sem graça.- e se foi isso que você entendeu me desculpa.
- você é um cretino mesmos né?! Você mesmo que depois de tudo que você me disse e fez comigo e só aqui e pedir desculpa que pronto tá tudo resolvido?- meu sangue fervia de raiva.
- claro que não Samanta mas é que...
- mas nada Felipe só vai embora por favor.- digo já cansada daquela situação. Mas algo estava errado, não com a situação é sim comigo, estava fraca e mal aguentava meu próprio peso, sentia meu estômago pesado e um calor Estremo, mas estava morrendo de frio.- eu não estou.- digo e nem sei se fui ouvida, mas acabo sentando na cadeira atrás de mim.
- o que está acontecendo Sam? E algo com o bebê?- ele parecia bem preocupado e me entrega um copo de água.- aqui toma. Quer que eu te leve para o hospital?
- eu...- corro e pego a lixeira perto de mim e deixo ali todo o meu almoço ou seja nada era apenas o suco gástrico, que por sinal não tinha um gosto nada bom.
- tá certo eu vou te te levar para um hospital.- ele me ajuda a ficar em pé. Estava tão fraca que nem consegui protestar contra. Ele me leva para o carro e pouco tempo depois estávamos em frente a um hospital.
- não... esse não.- digo assim que percebo que é um hospital particular.
- porque não.- diz meio espantado.
- não... Não posso paga.- falo fraquejando em seus braços.
- há Samanta pelo amor de Deus né mulher.- diz seguindo comigo para dentro. Sou atendida bem rápido e logo estou na sala da médica para ser atendida.
- olá, então senhoria... Neto?- pergunta olhando mais para o Felipe do que para mim.
- não... Lima.- responde Felipe sem graças.
- há certo. Então senhorita Lima o que está sentindo?
- agora só fraqueza e tontura, mas hoje eu vomitei e faz dias que ando sentindo umas fisgadas na barriga.- falei fraca.
- anda se alimentando direitinho?- falava serena e tranquila.
- não muito.
- o que você comeu hoje?
- acho que uma maçã.
- e o que mais?
- nada.- já estava cansada daquela perguntas bestas.- já acabamos?- olho para o Felipe que estava abraçado a mim o tempo todo.
- aguenta só mais um pouquinho.- diz fazendo carinho em mim. Por mas que estivesse com raiva dele eu amava quando ele me abraçava assim.
- olha senhor Neto eu vou passar um soro para ela com várias vitaminas e complementos. Vai ser normal ela vomitar assim que começar a tomar o soro. Depois volto para ver como ela está e passar vários exames e fazer o ultrassom. Ok- ele concorda com a cabeça.- e também gostaria de ver os exames feito no pré-natal teria como trazer para mim.
- claro.
- pode me acompanhar por favor.
Ela nos leva até o quarto e uma enfermeira vem por o soro. E foi dito e feito assim que comecei a tomar eu vomitei bastante mas logo parei. Mandei mensagem para minha mãe arrumar meus exames, que não eram muitos, para o Wallace ir buscar. E nesse tempo aproveitei para tira um cochilo.
- ... Obrigado.- ouvi assim que despertei com o som da porta batendo.
- quem era?- digo me ajeitando na cama.
- te acordei desculpa.- apenas neguei com a cabeça.- como você está?
- um pouco melhor...- ficou um silêncio, mas não constrangedor tinha outra coisa no ar, mas não sei dizer o que.
- e... de quanto tempo você está?- diz quebrando o silêncio e sentando em uma cadeira perto de mim.
- pode se dizer sete meses. Só falta alguns dias para mim completa.- digo feliz e mais disposta. Olho para minha barriga e levanto a blusa para acariciar ela. Poucos segundos depois vejo a mão do Felipe ali também, olho para ele que retira a mão bem rápido dali.
- desculpa não resisti.- fala meio triste. Estranho esse reação dele.
- não tem problema pode por.- pego sua mão e coloco na minha barriga. Vejo um olhar brilhante em seu rosto acompanhado de um sorriso de orelha a orelha.
- tá mexendo.- disse com um sorriso que não cabia nele também não pude deixar de sorrir com aquela cena.- a Lorraine não deixava eu por a mão na barriga dela só conversar mas de longe.- diz sem muita empolgação.
- nossa que chato deve ser.- falo sem pensar direito.
- até que nem tanto.- dizia encarando minha barriga, parecia a sétima maravilha do mundo para ele.- oi pequeno ou pequena. O que...
- não sei ainda.- falo sem empolgação.
- mas porque você...
- olá desculpa atrapalhar o casal, mas vim ver com nossa mamãe está?- diz a médica já entrando no quanto.
- bem melhor.- digo já com um sorriso no rosto.
- ótimo com seguiram os papéis que pedi?
- a sim estão aqui.- fala o Felipe já levantando para pegar, em seguida entrega a médica.
- esses foi todos os exames que você vez?- concordo com a cabeça.
- algum problema doutora?- pergunta Felipe com um semblante preocupado.
- Sim! Estão faltando todos os ultrassom e vários exames muito importante, fora que a maioria que ela fez são bem desnecessário.- agora eu estava muito preocupada com o meu filho e se ele tivesse alguma coisa? Por que eu fui uma inútil para cuidar dele não pude nem pagar um exame descente. E é claro que agora eu estava aos prantos na frente de todos, como eu odeio esses hormônios.
- que que foi Samanta? Calma, vai ficar tudo meu amor.- diz Felipe me abraçando e consolando. Mal prestei atenção no que ele falou.
- eu sou uma inultil e imprestável. Não consigo nem cuidar dele direito.- falo em meio ao choro.
- vai ficar tudo bem tá.- ele retira o olhar de mim e coloca na médica.- tem como refazer todos? Não importa o preço eu pago.
- não.- digo em meio ao choro.- não vou ter como te pagar isso de volta.
- para de besteira Samanta. Não precisa me devolver nada. Pode fazer doutora.- ele ainda estava abraçado a mim.
- certo então. Agorinha vou pedir para enfermeira leva ela para a sala de ultrassom .- diz saindo do quarto.
- não precisava fazer isso?- digo saindo do seu abraço e enxugando as lágrimas.- que horas são?
- cinco e meia. Porque?- diz olhando no celular.
- vou chegar atrasada no trabalho.- fico bem preocupada não podia perder aquele emprego.
- que trabalho Samanta? Eu estou aqui não vai ter problema nem um.
- é outro serviço. E eu não posso perder esse emprego.- digo tentando sair dali.
- não, para Samanta!- tenta me impedir de tira o soro.- pensa no seu filho agora.
- e por isso que tenho que ir.- digo já querendo chora.
- que?! Claro que não Samanta.- fala segurando minhas mão.- se é tão importante esse serviço manda uma mensagem para lá ou liga avisando.- paro para pensar direito e ele tem razão. Pego meu telefone e ligo avisando e fico mais calma. Pouco tempo depois a enfermeira vem para me levar para o ultrassom finalmente iria conhecer meu filho/filha.
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Notas da autora
Como vocês sabem tudo que é bom um dia acaba. E essa história está perto do seu fim. Por isso venho aqui dar a chance de vocês escolherem a próxima história. Então comentem ai qual das duas sinopse vocês querem que ganha vida para vocês lerem.
Sinopse1:
Felipe contrata uma nova empregada para sua casa. Ao conhecer sua nova funciona descobre que não é um rosto desconhecido. Agora teriam a chance de se conhecerem melhor e algumas dessas descobertas serão avassaladora para ambos e chocaram a todos. Muito amor, intrigas e desconfiança vam fazer parte dessa história.
Sinopse 2:
Samanta uma jovem desfavorecida financeiramente se vê em uma grande enrascada quando sua única saida para ajudar sua mãe doente e ir para prostituição. Ali ela terá experiência terríveis mas conhecerá um homem que mudará sua vida. E se tornará um refúgio para os dias de tempestade. Um amor impossível e inaceitável pela sociedade mas teriam que luta para que o fruto desse amor não veja dias ruim.
Bem agora é com você me digam qual história gostariam de ver aqui e até o próximo capítulo.
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Amizade Colorida
FanfictionFelipe tinha uma ótima amizade com Samanta, mas problemas externos, fazem com que tomam uma decisão que mudará todo o conceito de sua amizade e também mostrará sentimentos que era desconhecido para eles. Onde essa relação vai os leva?