uma grande descoberta

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Chego na empresa e vejo como sinto falta daquele lugar e principalmente das pessoas. Por mas que tivesse voltado a falar com meus amigos nada era como antes principalmente com o Bruno, pois ainda estava desconfiado que o meu filho não era meu, então combinamos de nunca torcar nesse assunto. Entro e logo dou de cara com o Bruno.
- eai moleque que saudade.- falo dando um aperto de mão seguido de um abraço.
- também, como anda a vida?- diz soltando o abraço.
- na mesma. Aqui mudou bastante né? Como sinto falta desse lugar.- falo olhando ao redor.
- bora fazer um tour então.- fala me guiando pelo lugar. Enquanto ando vou reparando em cada pessoa, estava querendo ver uma em específico mas não achava em lugar algum.- ela não veio hoje Felipe.
- ela quem?- tento disfarça minha busca pela Samanta.
- você sabe de quem estou falando não se faz de idiota.- nunca consigo esconder nada do Bruno não sei por que ainda tento.
- e porque não veio? E dia de folga?- resolvo pergunta já que não adiantava esconde e assim seria mais rápido.
- ela passou mau na quinta, precisou ir para emergência ai quando ganhou alta o JP disse para ela tira a semana de folga.- eu ia pergunta outras coisas mas fui interrompido pelo Victor e Marcel que tinham chegado já fazendo algazarra.
- olha só quem resolveu aparecer... se não é ele o grande...- iniciou victor
- maravilhoso, o mestre de todos nós....- completou Marcel.
- Felipe neto.- finalizou o Victor.
- como é que vocês estão seus bando de arrombado.- digo cumprimentando eles.
Conversamos bastante e colocamos as fofocas em dia. Então fomos para reunião, teve várias pautas interessantes e outras nem tanto. Mas passei Boa parte dela encarando uma cadeira vazia me perguntando se a Sam estava bem. Fazia vários meses que não via ela, me sentia culpado pelo que disse da última vez.
Nem percebi quando a reunião tinha acabado, só percebi por que recebi um cutucão do Bruno. Decidi que iria fala com a Sam para resolver aquela situação gostava dela e sentia falta da sua amizade. “Mas não é só disso que sente falta” uma voz irritante diz na minha cabeça. Estava quase chegando no elevador quando decido perguntar ao Bruno quando ela volta e nem preciso andar muito para isso.
- ei! Bruno.- grito ao vê-lo de longe e ele vem até mim.
- fala moleque?- diz ao chegar perto.
- você sabe quando a Sam volta?- digo um pouco baixo.
- amanhã eu acho. Por quê?- ele diz desconfiado.
- nada não.- digo e vou para o elevador.
Volto para casa tentando arrumar uma desculpa para voltar lá amanhã. Não consigo pensar em uma boa desculpa e quando chego em casa não tenho tempo pois assim que entro me deparo com uma enorme bagunça na minha sala.
- o que está acontecendo aqui Lorraine?- digo espantado e todos me olham
- calma amor são os móveis do quarto do bebê.- uma enorme interrogação paira na minha cabeça.
- mas já não tínhamos escolhidos juntos?
- sim, mas é que quando vi tudo junto  achei bem simples então resolvi mudar. Desculpa amor não te avisar, mas fica tranquilo que eu vou pagar por tudo.- eu estava sem entender mais nada. Se bem que a médica falou que ela poderia ficar assim bem indecisa.
-não, que isso amor pode ficar tranquila que eu disse que ia cuidar de tudo então eu vou honrar minha palavra amor.- digo dando um beijo nela.
- ótimo amor. E também queria ver com você sobre o enxoval do Bernardo.- fala me puxando para o sofá.
- o que tem o enxoval! Nós vamos semana que vem nas lojas comprar não é?
- bem é que... sabe á Julia? Ela vai para o Estados Unidos e eu queria ir também para fazer o enxoval la. Sabe!?- fala com um sorriso enorme no rosto.
- mas amor você sabe que não posso viajar por agora.- falo um pouco aflito já que da última vez tive um ataque de pânico antes de entrar no aeroporto.
- pois é.- ela me olha meio sem graça.- só iria eu e ela mesmo.
- mas...
- olha amor quando eu voltar podemos comprar algumas coisas juntos.- fala tentando me animar.
- você que sabe.- dou um sorriso amarelo.
- ótimo amor. Obrigada, e que vamos amanhã você animou meu dia.- diz em puro êxtase e me beija. Logo depois sobe para o quarto.
Fico ali no sofá sem chão. Sonhei minha vida inteira em ser pai e agora que tenho essa oportunidade estou sendo deixado de lado. Não pude decidir muito coisa, quer dizer nem uma para falar a verdade, perguntei a alguns amigos se isso era normal e todos disseram que sim. Então acalme meu coração, mas mesmo assim aquela angústia não saia do meu coração.
Um novo dia chegou e com ele a Lorraine partiu para o Estados Unidos. Pensei bem é como ela não estaria aqui, eu poderia ir a empresa sem problema. Chego lá por volta das três horas da tarde e assim que entro vejo Bruno e o cumprimento.
- você veio mesmo em!- eu dou um sorriso em resposta é ele logo diz o que quero saber.- naquele corredor a segundo porta.- diz isso é segue seu caminho.  Vou para o local que Bruno disse e a ansiedade crescia cada vez mais. Chego na porta e respiro fundo para tomar coragem,  porém ela não veio. Então descido sair dali antes que seja tarde, vou em direção ao elevado e ele está quase fechando peço para segurar e alguém o faz. Quando entro dou de cara com quem menos esperava.
- sam... eee...- coço a nuca.- oi.
- oi.- diz olhando para baixo com alguns papéis na frente do corpo.
- como sempre levando trabalho para casa.- dou um sorriso sem mostra os dentes.
- na verdade é trazendo.- diz ainda encarando o chão.- só que esqueci de assinar e revisar esse então estou levando de volta.- diz bocejando logo depois. A porta do elevador abre e ela sai correndo, mas deixa cair uma pasta.
- SAMANTA!- grito chamando sua atenção.- ficou uma.
Vou até ela é entrego a ficha, mas como ela é  desastrada como sempre foi, deixa todas as outras cair e solta palavrão, eu rio com a cena, mas ajudo ela a catar tudo. Foi ai que reparei na barriga dela estava perfeitamente arredondada. Parecia que ela está... pera... isso não era possível. Fico um tempo olhando para sua barriga e ela também para me analisar então toma as fichas da minha mão fazendo eu voltar do minds da lua.
- espera Samanta.- tento segurar seu braço mas ela continua andando.- Samanta...- corro atrás dela a chamando e ela anda cada vez mais rápido. Desisto de ir atrás dela na primeira esquina e volto para a empresa. Minha cabeça estava a mil, quilo não poderia ser verdade... a sam esta... Não tinha que haver outra explicação.
- e aí! Acho ela?- diz Bruno ao me ver no estacionamento.
- sim...- digo ainda fora de mim.- ela está...
- grávida moleque.- completa minha frase.- e pelas minhas contas pode ser seu.
- OI!?  Que história maluca é essa Bruno? Como assim pode ser meu?- fiquei sem reação. Parecia Que o mundo tinha acabado e eu estava vagando pelo vazio do espaço. Um frio atingido meu estômago e um medo tomou conta de mim. E agora? O que eu ia fazer se esse bebê fosse realmente meu? E a Lorraine? E o meu filho? O que eu tinha que fazer?
- olha ela está de seis meses ou sete eu acho? Então pelas minhas contras e seu.- fala serenamente.
- e porque não me disse antes? Se for meu eu... Eu...- não sabia nem o que falar.
- ela é minha amiga. Deve ter tido um bom motivo para não te contar. Não ia ser eu que ia estragar isso.- diz andando rumo ao seu carro.- tchau Felipe.
Meramente aceno com a mão e vou para meu carro. Em casa tento digerir tudo o que aconteceu e chego a uma única conclusão tenho que falar com a sam. Isso seria fácil já que ela fica o dia todo na empresa e a Lorraine estava fora do país então estava tudo certo. Era só espera Amanhã chegar.

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