Amizade Colorida

desaparecido

Já fazia duas semanas que Felipe não falava comigo. Temia ter acontecido alguma coisa pois a última vez que o vi ele disse que ia buscar as roupas para dormir aqui em casa e não voltou mas, já mandei mensagem e nada. Resolvi ir até a empresa para fala com o Bruno para saber o que aconteceu.
- pode entra.- abro a porta e vejo ele sentado na cadeira, mas logo ele levanta e vem me abraçar.- caramba estava com mulher. Nosso tem certeza que é só um ai dentro?- diz olhando minha barriga.
- olha até onde EU sei é só um mesmo. E eu também estava com muita saudade moleque.
- então ao que devo a honra?- aponta uma cadeira. Eu sento e ele também.
- e que... Eu queria saber do Felipe. – seu rosto fica sério quando toco nesse nome.- faz tempo que ele não fala comigo, estou preocupada. Eu iria na casa dele mas não sei aonde é.
- eu sei. E que as coisas estão bem complicadas para ele no momento.- fala passando a mão na cabeça.
- como assim ele está bem? Aconteceu alguma coisa?- digo preocupada.
- olha Sam eu não sei se sou a melhor pessoa para te falar isso. Sabe e...
- para de joguinho Bruno Correa e me diz logo o que esta acontecendo.- falo firme e brava.
- tá bom. E que ele é a Lorraine tiveram um briga feia. E ele falou um mote para ela e ouviu bastante também. Eles estão se separando e o pior é que é por sua causa Sam. O Felipe está muito mal no momento com tudo isso, mas quando se resolver ele vai te procura. E que ele não queria meter você nessa história. Entendi?
- sim.- aquilo foi um baque para mim não queria que eles se separasse por minha causa.- mas não tem nada que eu possa fazer?
- olha cuida do seu nenê e deixa que daquele eu cuido, mas se precisar eu te chamo sem hesitar. Beleza?- eu concordo com a cabeça.
- então eu estou indo, mas me avisa como ele está de vez enquanto?-  saio da sala mas preocupada do que quando entrei.
Vou para casa terminar de arrumar minhas coisas, pois nesse meio tempo arrumei outra casa para ficar tranquila quando chegar a hora do bebê nascer. Como prometido Bruno me deu notícia do Felipe e ele não estava nada bem. E assim o mês passou e o oitavo mês de gestação chegou e como o Felipe estava pagando o resto do pre-natal que faltava hoje eu fui no médico para ver como meu pequeno estava,  graças a Deus ele estava bem saudável e forte e também fizemos um ultrassom 3D para ver o rostinho dele. Sou tirada dos meus pensamentos com uma ligação do Bruno, o que é estranho pois ele nunca me liga.
- Oi Bruno t...
- te como vir para casa do Felipe correndo?- fala com pressa e preocupado.
- sim, eu já estou saindo do médico me passa o endereço que vou ai.- ele me manda a localização e cerca de uma hora e meia eu estava lá na porta, e que porta senhor, toco a campainha e logo a Aline abre.
- Samanta! Que surpresa Boa, estava com muita saudade.- diz enquanto me abraca forte.- e vejo que não veio sozinha.- olha para minha barriga.- creio que veio para da um jeito...- aponta para dentro da casa. Eu confirmo com a cabeça.- em fim entre.
- brigada Aline. Nossa! Bem maior que a outra.- falo olhando para o pé direito da casa que era enorme.
- e que você não viu o lado de fora. Tem uma quadra de futebol e um parquinho.- Aline segue citando as coisas que tem na casa enquanto seguimos para algum lugar.- olha ele não comeu nada.- diz assim que chegamos em uma porta preta, que presumo ser a porta do quarto do Felipe.- ele não deixa ninguém entrar nem para limpar o quarto. Ele piorou depois... Você sabe né?!- falava enquanto pegava uma bandeja cheia de comida que estava na porta.
- não, o Bruno não quis me fala o que aconteceu só sei que ele terminou com aquela mulher.
- bem, não vou ficar contando fofoca. Até porque se ele descobre eu tô ferrada.- ela dá um Paço em direção a algum lugar e depois volta para fala comigo.- e... deixa para lá.- ela volta a andar.
- Felipe!- bato na porta várias vezes chamando ele.- vou entrar! Sou eu a Samanta.- abro a porta com a maior facilidade e dou em um quarto enorme e bem escuro devido as janelas fechadas.- Felipe! Vou abrir as janelas tudo bem?- abro tudo e deixo o ar circular pelo quarto que estava começando a cheirar mal. Olho pelo quarto e não vejo ninguém. Fico preocupada e começo a vagar pelo local, acho o closet e nada do Felipe.- Felipe aonde você está? Para de se esconder.- entro em outro que era o banheiro, o maior banheiro que tinha visto.- Felipe! Meu Deus.- corro até ele que estava caído no chão em meio a sua urina e fezes, em quanto chorava baixinho.- o que aconteceu você está bem?- ele levanta seu rosto para olhar para mim. E o homem que vi não parecia nada com o Felipe de antes. Seu  cabelo cumprido estava quase chegando ao ombro, sua barba também não ficava para trás e ele estava tão magra que já dava para ver as costelas.
- vai embora.- falou tão baixo que mal dava para escutar.
- não vou te deixar assim.- o que teria acontecido para ele chegar naquele estado?- andou tomando seus remédio fe?
- vai embora. Não quero que me veja assim.- fala tentando não chora.
- eu nunca vou embora Felipe. Vem...- tento ajudar ele a se levantar, mas ele me puxa para um abraço e desaba em choro. Fico ali poucos segundos já que não estava aguentando o cheiro daquele lugar.- vamos levanta Felipe. Vai tomar um banho, você consegue sozinho né?- ele estava bem fraco e muito leve pelo que pude sentir. Ele nega com a cabeça, então volto ao quarto para pegar uma cadeira.
- como ele está Sam? vi a porta aberta e entrei. Diz a Aline me dando um sustos.
- muito mal. Será que pode pedi as meninas para mudar a roupa de coma e tentar arrumar o máximo quede enquanto dou um banho nele? Por favor.- aponto para o banheiro onde ele estava.
- mas é claro Sam. Pode deixar que quando vocês voltarem vai está tudo um brinco.- diz e sai do quarto para chamar as outras meninas. Vou até o closet e pego uma muda de roupa e levo junto com a cadeira para o banheiro.
- voltei.- digo e vejo ele sentado no chão onde o deixei. Coloco a cadeira em baixo do chuveiro e a roupa na pia, aproveito e já deixo separando as coisas para fazer a barba dele.- vamos.- passo um braço seu em torno do meu ombro e com um pouco de dificuldade chegamos até o box onde coloco ele sentado.
- eu...- ele fungada enquanto tentava para de chora.-... acho que faz três dias.
- o que faz três dias meu anjo.- falo carinhoso enquanto tiro sua cueca, que era a única peça de roupa que ele usava.
- eu tentei... Não dei conta... aí... fiquei. Desculpa.- volta a desabar em choro.
- você ficou uns três dias ali.- olho para poça de urina e fezes, ele concorda com a cabeça.- meu deus Felipe! Você pode ter pego alguma doença garoto.- me levanto e ligo o chuveiro.
Dou banho nele dos pés a cabeça. Depois corto suas unhas que estavam grades demais, faço sua barba e só então tiro ele do box, para vestir a roupa. Assim que término saio com ele do banheiro e vejo as meninas terminando de arrumar o quarto.
- já estamos quase terminando Sam, mas já pode levar ele para cama.- Aline vindo ao meu encontro.
- que bom, quando terminar ai pode passar pro banheiro, por favor?- digo e continua seguindo com ele rumo a porta.
- tudo bem Sam, mas não vai por ele não cama?- eu viro para ela.
- ele já passou tempo demais nessa cama Aline.- e saio com ele do quarto.
- para onde está me levando sua doída. Vai me sequestra?- tenta fazer uma pia.
- não, mas está vendo?! Foi só sair daquele quarto que você já está  melhorzinho.- ele não parava de me encara.- onde fica sua cozinha agora?- ele vai apontando com o dedo até chegarmos lá. Eu coloco ele em um cadeira e vou rumo aos armários.- caramba não sei onde fica nada.- eu olho para ele é vejo que ainda não tinha para de me encara nem um minuto.
- não olha para mim também não sei. Vai fuçando ai um dia você encontra.- concordo e começo a vasculhar tudo e encontro o necessário para fazer uma macarronada para ele, só que sem queijo, preparo isso é um suco de laranja e dou para ele comer.- obrigado... sério obrigado por tudo e principalmente por não desistir de mim.- eu sorrio para ele.
- que isso.- fico envergonhada e provavelmente minhas Buchecha estão avermelhadas.- e para isso que ser os amigos.
- eu queria que você fosse bem mais que isso.
- bem, quem sabe?! Se você não morre de inanição até la, nós passa no assunto. Agora come.- digo a última parte carinhosa. Ele comeu e bebeu tudo e quando terminou fomos dar uma volta pela casa.
Ele já estava conseguindo andar sem ajuda e me mostrou cada cantinho daquele lugar e como tudo foi pensado para o bem estar do filho dele com a outra. Ele falou isso é outas coisas mais nada relacionado a como ele chegou naquele estado de depressões. Também não perguntei, quando estivesse pronto me falaria. Fui embora da casa dele por volta das oito da noite, mas tive que prometer voltar no outro dia e levar roupas para ficar ali com ele. E assim fiz e já faz quase uma semana que estou aqui e o Felipe mudou bastante.