Capítulo 7: Em que você acredita

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DEZ ANOS ATRÁS.

Minha espada de madeira batia contra a do meu irmão Willian, Cas apenas observava de longe para nos corrigir, mesmo que eu tivesse derrubado Will 3 vezes.

— Acham que papai irá andar a cavalo conosco hoje? —
Eu bloqueei um golpe na esquerda fixando meus pés.
Will respondeu ainda tentando me empurrar para trás com a espada.
— Mamãe precisa dele na sala de estratégia. —

Eu já havia aceitado que não podia cobrar tempo dela, estava ocupada, tentando conseguir terras férteis para que não morrêssemos de fome. Só acho injusto vergas não dividir um pouco.

Naquela noite mamãe foi me colocar para dormir no meu quarto, vestida em um lindo vestido azul.
Ela ajeitou minha coberta e fez carinho na minha cabeça.
— Você tem que ir amanhã? —
— Eu sou a rainha deles, Vi. Eu preciso mostrar que vou lutar ao lado deles, você também fará coisas pelo seu povo naqual não quer, porque nascemos rainhas. —

Mamãe tentou um trato com o rei de vergas pela manhã, mas ele a atacou, então de noite as espadas foram levantadas.

DEZ ANOS DEPOIS.

Foi pelo grito de Aruna, pelo som metálico da bandeja caindo no chão, que abri os olhos. A fada estava na porta olhando pra frente da minha cama.

Bem a minha frente uma poça de sangue, acompanhada pela poça, cabeças, cabeças decepadas. O grito chamou atenção dos guardas, logo em seguida dos meus irmãos, mas eu não olhei para nenhum, eu estava focada no vermelho, o vermelho que sujava meus pés quando levantei.

As cabeças tinham as bocas abertas e olhos de sofrimentos, não tinha sido uma morte limpa, eram todos feéricos, além do cheiro morto eu senti outro diferente, doce.

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Estava em uma varanda, sentada de frente para o jardim, com os joelhos no peito e um livro, nem os cantos dos pássaros puderam abafar o som dos passos de Raj na grama.
— Sinto muito por ter visto aquelas cabeças... —
— Garlendianas? —

Passei uma página sem pouco me importa de levantar e me curvar, estava mais que óbvio para mim oque ele era.
— Como sabe? —
Um alvo, o choque na sua voz mostrava que não sabia de nada.

— Em Garlendia a uma deusa da qual o povo é devoto, ela é à deusa dos inocentes e das flores. —
Eu sorri passando os dedos entre a página.
— Ela era bem justa e evitamos a sua destruição. No reino a milhões de campos de flores, graças a ela, é grande parte da nossa renda. Temos os melhores perfumes, sabonetes, arranjos e jardins, é impossível não sentir o cheiro dos nossos perfumes. —

Eu enfim levantei minha cabeça, suas mãos estava no bolso da calça e seus olhos estavam mais escuros.
— Me diga oque você quer, para reparar isto. —
Eu pisquei algumas vezes surpresa. Ele estava buscando a mim para uma solução? Porém quando abri a boca ele me interrompeu.
— Mas terá que mudar de quarto, para um ao lado do meu, será mais seguro. —
Quase engasguei com a minha respiração.

— Então quero devolvam nossas armas, deem aos meus irmãos e a mim, junto com novas. —
Sua mandíbula tensionou, vi que travou uma guerra na mente, mas eu não deixaria me vencer tão fácil.
— Feito, irei descobrir quem fez isso. —
— Ah, não precisa. —
— Já sabe quem o fez? —
— Apenas uma criatura gosta tanto de se melar de sangue daquele jeito. —
Vampiros.

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O jantar foi um grande banquete, me vestiram em um lindo vestido verde brilhante, algumas flores saiam da calda dele e outras estavam presas na coroa do meu cabelo.

𝖬𝖮𝖱𝖳𝖤 𝖠𝖮 𝖱𝖤𝖨𝖭𝖠𝖣𝖮Onde histórias criam vida. Descubra agora