Capítulo 25: Prato da casa

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VIOLET BETHENCOURT — Garlendia.

Se conseguirmos fazer uma entrada furtiva-

— Não. —

Eu respondi para Rojer, de frente para o mapa da cidade, todos envolta de uma mesa redonda. Raj com a mão no queixo observando a situação, o rei de Longzhi com as mãos entrelaçadas no colo, Willian em pé com os braços na mesa e Ranya com os braços no acento.

— Meu avô sabe que estamos aqui, está esperando um ataque a qualquer momento. —
William concluiu.

— Eu quero que ele saiba que estou chegando, cada vez mais próxima da garganta dele, que ele sinta o medo de ser encurralado. —

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Depois de organizar nossas linhas e ver uma melhor dinâmica entre as frotas e as criaturas eu notei que precisava dormir, eu havia perdido uma noite de sono ontem e se eu continuasse assim eu acabaria estressada e sem carga total.

— Acompanharei a senhora até seu quarto, cada um tem um quarto específico. —

Ranya se levantou pousando a mão na espada da cintura.

Raj olhou para mim quase como em sintonia, estávamos nos acostumando a dividir tendas por semanas, mas eu não queria piorar a situação.

— Você me viu nascer Ranya, não me chame de senhora. —

Eu sorri enquanto me levantava e percebi que ela havia relaxado, havia me treinado desde que aprendi a andar, a melhor e mais forte guerreira do reino, se sei alguma coisa foi por conta dela.

— Pode mostrar os aposentos aos outros, quero ter um minuto com o meu irmão. —

Ela concordou com a cabeça e aos poucos os reis e comandantes saíram, Willian continuou olhando os mapas e eu rodei a mesa passando a unha pela madeira.

— Está pronto para ser rei? —

O feérico levantou a cabeça de imediato com o olhar curioso.

— Estou certa não estou?

Willian concordou com a cabeça, a borda dos olhos brilhando enquanto me confirmava.

— Não quero que pense que estou abandando...

— Garlendia?

— Minha única família.

Meu irmão disse por fim, eu me pus a relaxar e me aproximar, ele foi tudo que me restou.

— Nunca pensaria isto, é um destino melhor doque eu poderia lhe proporcionar. —

— Você não é responsável pelo destino de Castiel.

Eu queria ser, eu queria poder comandar e mudar. Mas nem mesmo maior rainha poderia.

— Virá me visitar e deixar meus sobrinhos com a tia favorita deles? —

Ele sorriu segurando as minhas mãos, ambos de frente um para o outro.

— Quero ser um terço da líder que você é. —

— Cas te orientou o suficiente para isto. —

Ele sorriu me abraçando e eu o abracei de volta.

— É ele fez. —

                                       

De frente para a penteadeira eu terminava de passar a escova pelo meu longo cabelo, me virei para a janela, já sabendo o que iria encontrar.

𝖬𝖮𝖱𝖳𝖤 𝖠𝖮 𝖱𝖤𝖨𝖭𝖠𝖣𝖮Onde histórias criam vida. Descubra agora