Capítulo 23: A quem você pertence

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YEHUO GUN HAN — Garlendia.

Então tudo se tornou um caos, quando a tenda foi aberta pude ver as flechas caindo aos montes.

— Proteja sua irmã! —

Meu pai comandou a Yujin que me puxou para o outro lado da tenda, saindo de fininho.

— O que está fazendo? Precisamos lutar! —

— Nosso pai pode queimar qualquer coisa que estiver ali fora. —

— Nós também! —

— Você é a herdeira agora, não eu Yehuo, agora entende? Somos os únicos filhos dele, tenho que proteger você. —

Eu podia me proteger! Eu me sentia uma inútil agora, todo o poder que eu tinha escorrendo pelas minhas mãos, Will... eu tinha que ver onde ele estava.

— Me desculpe, irmão. —

Eu me abaixei acertando suas costelas e depois seu nariz com meu cotovelo, o som de osso se rachando e o sangue espirou enquanto ele gritou.

Foi minha deixa para correr, a tenda dele não era longe, meu irmão se curaria, o dever dele era continuar a linhagem, mas graças aos nossos caprichos, estavam em postos que não queríamos graças aos príncipes de um reino em guerra.

Vários gritos se seguiram, os tigres de Violet começaram atacar e pular em cima dos invasores.
Até eu bater contra alguém, alto e forte que segurou meus braços.

— O que está fazendo aqui fora Yehuo? —

Will estava com respingos de sangue no rosto, com uma fúria sombria, eu poderia ter me encolhido mas não fiz.

— Precisava saber onde estava! —

Ele contraiu o maxilar olhando para os lados, talvez vendo como a situação caótica poderia melhorar.

Ele colocou a mão no meu cotovelo tentando me tirar de lá.

— Querem nós fazer recuar, Violet e Raj não estava com você e sua família? —

— Estavam, até Yujin tentar me levar para um lugar seguro. —

— Então correu dele para me encontrar, estou lisongeado em saber disto, mas minha situação com seu pai não vai melhorar assim. —

Will empurrou um ciclope do caminho e depois lhe enviou uma espada na barriga, o som do metal estralando enquanto saia da carne molhada era grotesco.

— Eu disse a ele que me casaria com você. —

Eu disse alto sobre os gritos.

— Era isso ou fugir, não era? Que bom que ele aceitou, devemos comemorar? —

Willian gritou um comando aos homens que estavam com lanças enormes logo em seguida. Ele tinha essa maneira de fazer piada com todas as situações até me deixar brava. Cospi fogo em um sucumbi que voava no céu.

— Flechas!

O grito de Rojer sacudiu meus ossos, as flechas não eram nossas, eu e Willian podíamos ver o mar delas se aproximando, centenas, como um cardume de peixes, ele rapidamente pegou um escudo do chão e me puxou para debaixo dele.

Mas quem estava lutando contra um demônio não teve sorte, as flechas entraram em seu corpo como agulhas num boneco e esse alguém era Castiel.

Um grito feminino rasgou toda a euforia, Willian mudou totalmente, virou uma estátua de pedra ao meu lado e seu escudo caiu no chão com a sua espada.

𝖬𝖮𝖱𝖳𝖤 𝖠𝖮 𝖱𝖤𝖨𝖭𝖠𝖣𝖮Onde histórias criam vida. Descubra agora