Capítulo 11: Acertando o alvo.

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O rangido da porta me acordou, mas não fui rápida o suficiente para impedir o homem de preto que havia subido na minha cama e agarrado meu pescoço. Atrás dele entravam pela porta que ligava meu quarto ao de Raj mais 4 homens.

Tudo estava acontecendo muito rápido, um vulto na minha visão, meu coração começou a acelerar, o aperto na minha garganta aumentou me deixando em pânico.

Três seguravam Raj, um com uma adaga. Raj estava coberto de sangue, então comecei a me debater, mas o homem era grande e forte o suficiente para me imobilizar. Ele estava machucado.

— Me larguem! Raj! —

Ele apenas cuspiu sangue, o homem se aproximou da minha orelha sussurrando.

— Fizemos o que você não fez, garotinha. —

Uma risada horrenda o acompanhou, um dos encapuzados levantou a adaga, eu esperneie como uma criança e gritei. A adaga atravessou seu peito, e um enorme vazio se formou dentro de mim, que me corroeu.

Levantando da cama num salto, eu limpei o suor da minha testa. Um pesadelo. Eu havia dormido com a mesma roupa da reunião e escureceu. Me certifiquei que minha adaga ainda permanecia debaixo do meu travesseiro antes de levantar.

Descalça eu corri para fora do meu quarto, o vento da varanda foi bem vindo, as luzes da cidade ainda estavam acesas como estrelas coloridas. Raj estava sentado no sofá em frente a sacada.

— Não conseguiu dormir de novo? —

Limpando minhas mãos suadas na minha calça, me encorajei, havia ignorado ele pelo resto do dia, mas tínhamos quartos ao lado um do outro, não posso ignora-lo para sempre.

— Vejo que você também não. —
Tinha a camisa amassada e desabotoada, talvez tivesse voltado da forma lobo e pegado qualquer roupa.

— Ainda está usando calças. —

Concordei com a cabeça e sentei ao seu lado, meu coração estava disparado, como se algo fosse acontecer, mas era apenas o peso do seu olhar e a admiração em suas palavras.

— Assim que me visto casualmente no meu reino. —

Suas pálpebras baixas acompanharam o corpete com o decote.
— Deve ser então muito fácil conseguir o que quer em reuniões, quando os machos não estão pensando direito. —

Essa tarde meus irmãos conversaram comigo, Willian simplesmente falou. " Porque aceitar esse trato se vamos simplesmente matá-lo?" Eu tinha caído na cadeira.

— Não te fiz pensar direito? —

O fato era, porque eu estava lutando tanto quando eu simplesmente iria matá-lo? Minha voz foi baixa, tensão se seguia junto com meus pensamentos psicopatas.

— Está correndo um caminho perigoso, Violet. Sabe que dia se aproxima? —

A dele foi tão baixa quanto a minha. Era tão fácil esquecer meus problemas, tão, tão fácil. Algo quente se remexia no meu centro enquanto eu olhava sua pele à mostra, a luz da lua nossa conversa não podia se passar de algo além de dois amantes.

— Me conte. —

O desafiei, eu gostava disto e ele certamente aprovava, era um jogo perigoso.

— Lua cheia, meus instintos estão aflorando, então haverá momentos que não estarei presente. —

Um de seus braços estava espalmado ao redor do sofa, a outra mão descansava na sua boca, a pele bronzeada torneada, como um Deus num trono.

𝖬𝖮𝖱𝖳𝖤 𝖠𝖮 𝖱𝖤𝖨𝖭𝖠𝖣𝖮Onde histórias criam vida. Descubra agora