Capítulo 8: Segredos de jardim

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WILLIAN BENTHECOURT — GARLENDIA
DEZ ANOS ATRÁS.

Estávamos na sala de estratégia, toda a família, menos Violet que ainda era uma criança para tamanha confusão que estava acontecendo.
— Ele simplesmente levantou a espada, eu tinha que me defender. —
Mamãe estava sentada no trono com as mãos cruzadas na frente do rosto.

— Eles cometeram um desrespeito! Tem que pagar! Quebraram a paz que estávamos tentando construir. —
Vovo conhecia Verganos melhor doque qualquer um, e sabia como não podíamos confiar.
— Oque você vai fazer mãe? —

Cas segurava uma espada na cintura mostrando que apoiaria qualquer decisão, eu me juntei ao seu lado.
— Encerrar está guerra. —

DEZ ANOS DEPOIS.
Com o braço encostado no pilar, eu tentava manter a atenção de Yehuo pra mim, ela não havia percebido que me ignorando só me motivava mais, bem ela estava, aqui ainda encostada no pilar.

— Já escutei todas as cantadas possíveis que envolvem fogo, Willian. —

— Então está vendo que estou me esforçando! Saia comigo hoje a noite raposinha. —
A dragão arregalou os olhos vendo se alguém tinha escutado.
— Já disse para não me chamar assim, o queimarei vivo! —

Eu sorri chegando mais perto. Deuses! A ver desfilar com esse vestido vermelho era uma tortura psicológica. Me empurrando com a mão ela seguiu para longe. Eu a cortejava a tanto tempo que estava perdendo minhas esperanças.

— Estarei te esperando na sua porta! —
Eu falei um pouco mais alto afim que me escutasse, seu cabelo preto preso atrás da cabeça balançou pra um lado e pro outro.
— Tocarei fogo na sua bunda! —
Eu sorri colocando as costas no pilar, era o melhor que conseguiria.

Senti um cheiro familiar por perto, e quando olhei pro lado lá estava minha boa e mortal irmã.

Ela olhou de Yehuo longe, para mim com uma das suas sobrancelhas levantadas, quando não fingia, era uma fêmea muito expressiva.
— Oque? Ela deve estar fugindo dos meu encantos! —
Até porque Yehuo não havia dito não, pela primeira vez, nas 4 tentativas.

— Sim, acredito que tocar fogo na bunda de alguém, mostra que estou totalmente afim. —
— Você estava brincando de alvo vivo com uma ninfa ano passado. —
Minha irmã sorriu de lado, todos nós éramos estranhos, mas algo estava diferente nela.

— Houve consentimento dos dois lados. —
Sua voz estava cansada.

— Porque está com a cara de quem não dormiu Violet? —
Levando uma mão até a testa minha irmã bufou.
— Porque não consegui dormir. —
Eu sorri dando um empurrãozinho no ombro dela.
— Raj não da descanso é? —

— Deuses! Onde está Cas? —
O café da manhã era aberto na área de fora, eu avistei um criado com uma bandeja de bebidas e peguei uma colorida.
— Bem, seguimos a trilha do álcool, e achamos ele. —
Violet soltou um suspiro vendo algumas criaturas circularem.

— Preciso falar com os dois, vamos atrás dele. —
Balancei a cabeça em concordância já a seguindo atrás.

Sorri vendo a sátiro loira da noite passada, Noma? Nora? Noja? Melhor não cumprimentar.

— Willian! —
— Estou indo! —

Apertei meu passo ficando atrás de Vi novamente.
— Você já reparou na roupa da baronesa? —
Eu fiz uma careta finalmente a vendo se abanar com um abanador.

— Coitada, não a avisam do marido que a trai, quem dirá das roupas que doem os olhos. —
— Onde escutou isso Violet? —
Ela apenas sorriu para uma fada que passou voando. Fofoqueira.

𝖬𝖮𝖱𝖳𝖤 𝖠𝖮 𝖱𝖤𝖨𝖭𝖠𝖣𝖮Onde histórias criam vida. Descubra agora