RAJ MAHARAJ — Garlendia.
A estrutura Garlendiana era bem diferente da de Vergas, tudo monocromático demais comparado as cores do meu reino, mas muito bem feito, sem tanta decoração na casa pequena, que parecia mais um covil, de uma feérica chamada Ranya.
Se tratava de uma mulher de alto porte, quase da minha altura, sua armadura deixava os braços torneados a mostra e neles se podiam ver as cicatrizes.
Violet era alta como de origem da sua espécie, mas a feérica exalava força, Violet também tinha cicatrizes finas de espadas e de flechas nas mãos, Ranya tinha desde cortes longos a mordidas pelo corpo.
Eu tentava prestar atenção em tudo a minha volta como um bom soldado treinado, mas minha mente voltava nela, minha Violet. Um irmão morto, então rebaixada em frente aos seus súditos e meus, por uma princesinha de um lago.
Ranya me levou com Violet até uma sala para que ela se recompôs-se, eles a reconheciam como rainha mesmo sem que precisassem me falar, se não, não teriam nos trago aqui.
Violet passou os dedos entre os olhos e o nariz respirando fundo e ficou de costas para mim, odiava isso, mas estávamos a sós.
— Vi...
— Nunca serei boa o bastante para eles. —
O que? Era isso que se passava na cabeça dela? Chegava a ser um absurdo. Nunca havia visto uma fêmea conseguir vencer batalhas políticas e de campo com tanta facilidade, ela tinha a sede de justiça e a paixão do mais valente rei.
— Não diga isto.
— Castiel, ele saberia o que fazer se estivesse aqui, ele me diria como agir politicamente, todos pensam que sou sua puta e coloco a cabeça deles em estacas Verganas. —
— As mentiras te atormentam tanto que está passando a acreditar nelas. —
— Você não entende! —
Foi quando ela se virou para mim, seus enormes cabelos balançando no movimento brusco, raiva enche seus olhos e sua mão esta no seu coração, como se sentisse a dor física.
— Você não sabe o que é nascer com as mãos sujas de sangue, ser o seu destino matar! Você não sabe o que é todos dependerem de você para viver! Minha família está morta por minha causa! —
Seus olhos estavam molhados mas ela ajeitou sua postura piscando algumas vezes para não chorar, eu me aproximei levantando seu queixo com um dos meus dedos. Como ela poderia acreditar em somente alguma palavra que saísse da sua boca?
— Sua família está morta graças ao seu avô, as pessoas não estão com medo de uma peste agora, estão com medo de quem está sentado no trono. —
Ela negou com a cabeça fechando os olhos e eu tirei os cabelos da frente da sua face. Prossegui.
— Muitos guerreiros treinam anos para ter sua bravura e força, não se esqueça que eu cresci com a mesma responsabilidade que a sua, você acaba de subir num posto sem auxílio de nenhum dos seus pais, não pode achar que para governar temos que ser santos. —
Ela me olhou com esperança, como se aquilo fosse o que precisava escutar, uma fagulha do seu fogo, me incendiou de dentro pra fora, aquilo era início da sua vontade.
— Terá que fazer algo em relação a Esthel claro. —
— Como sabe o nome dela?
— Lobos escutam bem. —
Ela virou os olhos e eu a olhei bem, Violet respirou fundo me escutando enfim.
— Não pode deixar que ela passe impune pelo o que fez, isso se trata da sua moral aqui e para os soldados, eles viram uma rainha pronta para guerra, suas guerreiras não. —
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𝖬𝖮𝖱𝖳𝖤 𝖠𝖮 𝖱𝖤𝖨𝖭𝖠𝖣𝖮
Fantasy❝ Para salvar seu povo da peste que devasta o reino, Violet a princesa de Garlendia está destinada a matar o rei de Vergas. Junto com os irmãos, ela descobrirá um mundo cheio de criaturas místicas, cultura e política. Oque acontece quando você pass...