VIOLET BETHENCOURT— Garlendia.
Em três dias nós nos levantamos, polimos nossos escudos, afiamos nossas espadas e partimos para dentro de Garlendia.
Nosso maior problema seria os muros envolta da cidade capital, se conseguíssemos atravessar os portões eu poderia chegar até o castelo.
Como minha mãe ficaria em ver sua princesa arrombar as portas de casa? Tenho certeza que ficaria radiante.
Os fazendeiros por quem passamos no caminho não fizeram escândalos, alguns se ajoelharam quando passei, faltava poucos segundos para subirmos a colina da praia, toda a guarda da muralha nos veria chegando, eles esperavam nossa chegada.
— Não se esqueça que estamos voltando com o mesmo propósito de que fomos embora Vi. —
William me disse antes de aparecermos a vista, nosso propósito era salvar o povo, seja da peste ou de um tirano.
Eu bati meus calcanhares no cavalos e nos galopamos com mais força, o vento soprava minha trança para longe, não podíamos ter voltado em 3, mas estávamos em milhares.
As ondas ao nosso lado se chocavam, areia subia a medida que corríamos e várias tochas de ataque foram se acedendo. Tambores soaram e luzes vermelhas. A grande barreira de magia foi levantada, como um lençol enfeitiçado.
— BRUXOS! —
Ranya gritou em meio ao caos, os bruxos na frente sopraram fogos de artifício, em geral eram lindos, como eu havia visto em Vergas, mas assim que entraram em contato com a barreira eles queimavam como ácido.
Aos poucos foram feitos buracos na barreira, mas na nossa direita trintões e sirenes saíram do mar, atirando lanças feitas ossos, as ninfas estavam nesse meio. Estávamos caindo bem antes do planejado, Willian levantou o escudo dele mais para o lado antes que uma lança em minha direção me atingisse.
— Denada! —
Eu revirei os olhos e puxei meu arco e flecha mirando no topo de uma torre, a flecha parou no peito, mas logo apareceu outro, depois outro e outro.
Uma fileira de homens que não deviam ser da guarda real, assassinos contratados. As ondas começaram a se agitar, tão forte ao ponto de se chocar contra os lobos que corriam, merda merda! Eu procurei por Raj.
Meu coração batendo muito forte, estava pronta para pular do cavalo quando a água baixou e notei sua forma de lobo puxando outro pelo pescoço na areia, devia ser Rojer, ensopados mais respirando.
Os homens no topo miraram as flechas.
— Escudos! —Eu gritei antes que as flechas chegassem, Miriam, uma das nossas soldadas com sangue de demônio projetou um escudo de trevas. Nem os deuses passariam por isso, mas ela não podia fazer isto no batalhão inteiro.
Mas eu não perderia mais um irmão pra guerra.
— ESQUERDA! MANTENHAM AS LINHAS DE FRENTE! —
Ranya gritou quando as tropas do meu avo surgiram por alguma entrada lateral, onde diabos estavam os dragões, não podíamos lutar com flechas sendo atiradas a cada minuto.
Como se lessem minha mente eles surgiram, circulando a muralha o fogo acendeu, os arqueiros cessaram, pelo menos foi o que acreditamos.
Eu continuei atirando as flechas para os que se aproximavam. Raj estava um pouco mais a frente matando como nunca, o que eu havia visto na última batalha não era nada comparado a agora, ele arrancava tripas e abocanhava cabeças sem uma única misericórdia, como se descarregasse todo seu ódio e tristeza agora, ele rosnou e dois lobos correram pra frente em seu comando atacando um centauro gigante, mordendo seus ombros.
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𝖬𝖮𝖱𝖳𝖤 𝖠𝖮 𝖱𝖤𝖨𝖭𝖠𝖣𝖮
Fantasy❝ Para salvar seu povo da peste que devasta o reino, Violet a princesa de Garlendia está destinada a matar o rei de Vergas. Junto com os irmãos, ela descobrirá um mundo cheio de criaturas místicas, cultura e política. Oque acontece quando você pass...