Capítulo 17: Esperança no tempo

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RAJ MAHARAJ — VERGAS.

Assim se seguiu por uma semana, no terceiro dia a forçaram a comer para que não morresse, no quarto seus irmão tentaram fazê-la levantar, no quinto uma carta de Longzhi havia chegado, o rei havia aceitado o acordo.

No sexto o rei e rainha de Frapté também, enviando toneladas de fios e seda. Durante todos os dias eu visitava Violet, sabia que ela gostava de ler, então lia para ela todos os dias, criticando os personagens e a história de romance que ela devia gostar. Ela não me respondia é claro.

De noite eu a escutava chorar baixo pensando que eu não escutaria, as vezes ela gritava de um pesadelo e eu corria para encontrá-la, sabia que ela me escutava porque as vezes piscava, mas eu estava começando a ficar muito preocupado.

Ao tomar café da manhã com minha irmã ela parecia também estar apreensiva.

— Seus irmãos também estão cansados, tristes. Não acho que possam ajudá-la se por dentro estão igual. —

Ela comentou com a voz triste enquanto passava uma geleia no pão, era uma das suas características, tomar o sentimentos dos outros.

— Então o que posso fazer?

—Hum, acho que você nada. Mas eu tenho uma ideia.—

                                          

— Isso certamente não vai dar certo, esqueceram que ela a mordeu? —

— Ela ofendeu meu povo primeiro. —

— Estavam numa luta, foi trapaça. —

— Deixou a coisa mais interessante, vai começar a bufar fumaça em mim? Já basta os meus sapatos! —

— Dessa vez vai ser os seus cabelos!

Minha cabeça estava estourando com a discussão das fêmeas, a ideia de Nyate iria ser um desastre, colocar as 3 em um cômodo com Violet certamente o destruiria.

Nyate tomou a frente da situação se pondo entre as duas.

— Somos todas prendadas e com uma boa educação, gostaria muito que não acabassem destruindo o castelo do meu irmão. —

Mayleen parou de mostrar os dentes e Yehuo deu um passo atrás e soltou os punhos, Violet estaria rindo da situação ou colocaria lenha na fogueira.

— Não se esqueçam porque estamos aqui.
— Não sei porque ela está aqui.
— Não sou tão vaca quanto pensam!

— Silêncio!
Minha voz talvez tenha saído alta demais, eu não estava conseguindo organizar meus próprios pensamentos e pareceu ter funcionado.

— Ela pode escutar tudo se não perceberam. —

Mayleen revirou os olhos e Yehuo cruzou os braços, minha irmã sorriu em agradecimento a mim.

— Vamos. —

Ela abriu a porta, Violet continuava na cama olhando para a varanda onde o sol saia, todas três entraram, mas quando dei um passo para dentro Nyate entrou no meu caminho.

— As fêmeas são o símbolo de Garlendia, desta vez não Raj. —

Mordi fundo para não dar uma resposta mordaz. Precisava fazer com os meus instintos de proteção recuassem e deixassem ficar sozinha com Violet. Precisei me lembrar que não havia perigo.

— Irei caçar. —

YEHUO GUN HAN

O cheiro de tristeza estava presente por todo o quarto e me movi para as janelas abrindo todas, soprando fogo em algumas velas e incensos para mudar o lugar. Cheirar sentimentos nem sempre eram uma dádiva.

𝖬𝖮𝖱𝖳𝖤 𝖠𝖮 𝖱𝖤𝖨𝖭𝖠𝖣𝖮Onde histórias criam vida. Descubra agora