Capítulo 10: Riscos e acordos

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CINCO ANOS ATRAS

Violet você pode prestar atenção nos estudos, além das roupas e sapatos? —

Me virando das minhas criadas que segurava várias roupas e sapatos, eu sorri para meu avô com uma cara de impaciente na mesa do meu quarto.

— Sabe vovô, política tem muito haver com o que você veste e como se apresenta, é muito importante também. —

Eu acenei para que as meninas fossem e me direcionei a mesa, havia um mapa dos 3 países presentes ao nosso lado, logo depois havia grande parte do oceano.

— Primeira regra? —

— Nunca aceitar um acordo logo de cara. —

Eu arranquei a faca que estava cravada na mesa e olhei meu reflexo.

— Segunda regra? —
— Jamais deixar o outro mais vantajoso que si próprio. —

Abaixando minha arma, vovô mantinha uma sobrancelha erguida e postura séria, pelos Deuses eu tinha acertado tudo, tinha lido os livros sobre guerra pelo menos 3 vezes.

— Vovô o senhor não acha que já terminamos por hoje? Ainda preciso me arrumar para o jantar. —

Ele abaixou os ombros cansado, realmente nunca havia visto alguém da idade dele vivo, se que alguém podia ter a idade dele.

— É tão linda quanto um lótus criança, apenas me preocupo, terá que planejar muitos arranjos e propostas. —

Eu sorri indo até ele e segurei seus dois ombros, eu sabia disso, teria que assinar papéis, travar brigas frias e jogar manipulações quando a coroa tivesse na minha cabeça. Eu também teria que arranjar um marido para os sucessores, não era o tipo de menina que sonhava com um príncipe encantado, dever era dever, mas queria que fosse talvez um pouco como o dos meus pais.

— Se lembra de quando se casou com a vovó? —

Ele sorriu cantarolando com aquela voz grave e falhada.

— Eu era um jovem muito bonito no exército, treinamos juntos algumas vez, ela era uma mulher muito inteligente e não hesitou quando a hora chegou. —

Eu esperava não hesitar quando a minha chegasse também.

CINCO ANOS DEPOIS.

Cedo, muito cedo, Aruna e Shivan estavam no meu quarto, abrindo as janelas e me arrumando, uma caixa dourada repousava na minha cama depois do banho.

— O rei quer a presença de todos na sala de reuniões, chegou o que vos... você pediu ontem de manhã. —

Sala de reuniões, assim que o sol nascerá? Eu andei até a caixa ainda de roupão, puxando a tampa retangular, lá estava.

Roupas Garlendianas.

Aruna espiou do meu ombro.

— É um momento importante, vai ficar tão linda. —

— Alguma das duas pode finalmente me contar o que a agora?! —

Me virando, talvez com um pouco de impaciência prestei atenção em Shivan que engolia em seco.

— O rei, ele quer uma audiência com todos, para discutir o acordo. —

                                         

Quando terminaram de esfumar o preto esverdeado dos meus olhos, eu as ensinei a fazer uma trança Garlendiana, de uma ponta da cabeça até o final do outro lado.

𝖬𝖮𝖱𝖳𝖤 𝖠𝖮 𝖱𝖤𝖨𝖭𝖠𝖣𝖮Onde histórias criam vida. Descubra agora