Buscando por coisas completamente distintas, o destino cruza o caminho de Anna e Alex.
Ela, convencional, romântica e tradicional, vive o luto do fim de um noivado de 7 anos, com um homem com quem ela tinha certeza de formar uma família.
Ele, vive...
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Uma leve dor de cabeça me faz despertar. Me sinto um pouco zonza, mas sinto que já era dia claro. Abro os olhos lentamente e dou um leve salto na cama, quando vejo Alex dormindo na poltrona do meu quarto. "O que ele faz aqui?!"
Me levanto parcialmente e percebo ele todo torto — obviamente a poltrona era pequena para seu tamanho todo — com os pés apoiado em um banquinho. Noto que a roupa que ele estava não era a que ele veio para me buscar. Fico ali alguns instantes, esperando minha alma voltar para o corpo ao mesmo tempo que tento entender o que houve.
— Bom dia! — a voz sonolenta e grave de Alex atrai minha atenção. — Você está bem? — Pisca os olhos algumas vezes, enquanto faz uma expressão dolorida, certamente pelo jeito que dormiu.
— Bom dia! Estou sim... — olho um pouco confusa para ele — ... o que aconteceu?
— Você não se lembra de ter passado mal?
— Lembro, claro que lembro... mas, por que você dormiu aqui? — Indago confusa, enquanto Alex se espreguiça.
— Andrew achou melhor que eu não te deixasse sozinha! Está com fome? — Se levanta de uma vez como se quisesse encurtar o assunto.
— Não precisa se preocupar, — puxo o edredom para levantar — eu vou... — Levanto, mas tudo roda e eu caio sentada de volta na cama.
— Pelo jeito, não vai! — diz com seu tom debochado e dá um sorriso cretino enquanto se aproxima. — Deita ai, — ordena e eu o olho com os olhos semicerrados — vou ver o que tem na sua cozinha, e preparo algo para você comer! — Ajeita meus travesseiros e me cobre novamente quando me recosto sobre eles. — Você deve estar zonza por causa do remédio para enjoo, e também porque está praticamente sem comer desde ontem.
— Eu estou bem, não precisa se preocupar, não quero dar trabalho. — Justifico e ele dá um cretino sorriso de lado.
— Trabalho você já deu, e já que estou aqui, não custa terminar o que eu comecei! — pisca para mim, e eu dou um sorriso sem graça. — Relaxa, descansa e aproveita! — anda em direção a porta, mas para, antes de sair por ela. — Não trouxe minha escova de dentes, inacreditável! — ironiza fazendo graça e eu rio — Preciso escovar os dentes!
— Tem escovas novas na primeira gaveta do banheiro comum, pode escolher uma! — Sorrio e ele sai pela porta.
Fecho meus olhos e respiro fundo. Nesse momento me lembro do fiasco que foi nosso encontro, e aperto ainda mais os olhos quando lembro que lavei Alex com meu vômito. "Minha nossa senhora!" Levo a mão ao rosto sem saber como agir.
Lembro do médico que veio me ver, era irmão dele. Um belo médico, por sinal! "Beleza deve ser item prioritário na família dele!" Solto uma risada abafada, não poderia ter sido pior, e eu me arrependo da maldita hora que enviei aquela mensagem.
