Basta Desistir

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Quando chego no apartamento, ainda remoía minha discussão com Anna, e as coisas ditas por ela

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Quando chego no apartamento, ainda remoía minha discussão com Anna, e as coisas ditas por ela. Um misto de sensações tomava meu peito. Ao mesmo tempo que me sentia um pouco contrariado, incomodado com as cobranças de Anna, me sentia chateado pela maneira como nossa noite acabou.

Ao abrir a porta, me deparo com Ethan esparramado no sofá. Tudo estava apagado, exceto pela iluminação que vinha da televisão. Deixo minhas chaves no móvel próximo a porta, e caminho até o sofá, me sentando na parte livre do estofado, ao lado de Ethan. Faço isso, mas não digo nada, apenas fico ali em silêncio, olhando para a televisão, tentando entender o que ele assistia.

— Que merda aconteceu? — Murmura um pouco sonolento, após alguns minutos naquela situação e eu o olho com os olhos estreitos e cenho franzido. — Porra, a primeira coisa que você faz quando chega é tirar a roupa, e guardar seus ternos e sapatos metodicamente. Nunca vi você se sentar nesse sofá, para assistir algo com roupa de trabalho. — Reviro os olhos, abafando uma risada.

— É foda que você me conheça tanto.

— Então aconteceu, não é? — Se ajeita no sofá de um modo que pudesse me olhar, e me lança um sorriso ladino, meio sonolento.

— Não foi nada demais! — Suspiro, abrindo os botões do meu paletó. — Só acho que cometi um erro! Me precipitei achando que pudesse me relacionar com a Anna, isso não é para mim. — Ethan arqueia a sobrancelha me olhando com certa crítica.

— Hum! — resmunga dando de ombros — O que essa maluca fez? — Estreito os olhos para ele, que ri divertido, sabendo que me irritou. — Fala logo, o que aconteceu, pra você estar achando que se precipitou.

— Eu tinha um jantar com aquele cliente hoje, o Bryan, e acabei chamando a Anna! — conto e ele me ouve com atenção — Eu só tinha esquecido que a Margot estaria no jantar também!

— A pernuda? — Alarga o sorriso, se animando com a história.

— A própria! — suspiro — Caralho, não tem uma cerveja nessa casa não?

— Ah vai ser foder, não vai querer que eu te sirva também, não é?

— Filho da puta! Eu pego! — Resmungo me levantando.

— Ótimo, me traz uma também! — Olho para ele como se pudesse queimá-lo vivo. — E não reclama, minha hora como terapeuta custa muito caro! — Gargalha se ajeitando na almofada.

— Está mais para hora como alcoviteira, seu sofá de zona! — Rebato abrindo a geladeira, e me divirto com outra risada alta que ele solta. — Está aqui! — Entrego a cerveja e me sento ao seu lado, afrouxando minha gravata.

— Vai, continua, a história estava ficando boa! — Provoca, dando uma golada na bebida em seguida, e eu rio, abrindo minha garrafa.

— Enfim, a Margot estava lá, e no final do jantar Anna estava com uma cara péssima, me metralhou com um monte de cobranças e ainda mandou eu levar uma puta na próxima, ao invés de convidar ela! — Ethan ri, cuspindo a cerveja e eu o olho incrédulo. — Seu imbecil, tá achando graça?

A Flor de CravoOnde histórias criam vida. Descubra agora