Importar-se

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(Capítulo sem revisão)

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(Capítulo sem revisão)

Quando encostei o carro na porta da escola, notei que algo estranho estava acontecendo. O movimento era diferente, mas tive certeza, quando vi o medo assombrando os olhos de Anna. Não demorei mais que alguns segundos para saltar do carro e caminhar até onde ela e Glenda estavam, para poder ouvir o que o homem, de costas para mim dizia:

— QUEM VAI ME TIRAR DAQUI?! VOCÊ?! — Sua entonação era irada. Ele estava com raiva e o covarde claramente ameaçava mulheres e um bando de crianças bem na minha frente. Eu não entendi do que se tratava, mas nem queria também, apenas intervi ao perceber que ele crescia ainda mais para cima de Anna.

— Ela eu não sei, mas eu, com certeza! — Não altero meu tom de voz, não tinha intenção de deixar as crianças que já choravam, ainda mais assustadas, mas empenho toda minha firmeza em minha frase, para que ele soubesse que não estava para brincadeiras.

Imediatamente o imbecil me olha, pego de surpresa, e seu olhar me acompanha, quando me coloco entre ele e as duas mulheres, que tentavam se proteger, e proteger as crianças de alguma forma.

— Quem é você? — Rebate, tentando não vacilar na sua pose de valentão, que realmente sofre um pouco

— Acho que a pergunta correta seria quem é você? — Digo ameno, com as mãos nos bolsos, torcendo os lábios, fingindo não me importar com a sua agressividade.

— Não me enche, meu assunto não é com você, sai da minha frente! — Vocifera, tentando encarar Anna, que estava atrás de mim, mas me mantenho firme, e busco seus olhos novamente, o olhando fixamente.

— Seja lá qual seja o assunto que tenha a tratar, você sabe que está no lugar errado não sabe? — ele me olha com uma expressão confusa, talvez pelo meu tom excessivamente cordial — Estamos em uma escola, tem várias crianças aqui, elas estão assustadas, as mães também estão, — digo tranquilamente, como se fosse algo normal o que estivesse acontecendo ali — e nós como homens, claramente podemos ter decência de resolver qualquer coisa em outro lugar, concorda? — coloco a mão sobre um de seus ombros — Vamos, eu acompanho você! — Sugiro, na vaga esperança que isso o dissuadisse, sem precisar de maiores intercorrências, afinal, não queria deixar aquilo pior do que já estava.

— Olha cara! — ele empurra minha mão com rispidez — Eu não sei quem você é, mas meu assunto não é com você! Meu assunto é com a professorinha ali. — Ele aponta para a Anna, cheio de ira. — Ela sumiu com minha esposa e meu filho, ajudou eles a fugirem, e agora vai me contar tudo que aconteceu e onde eles estão, ou...

— Ou nada! — brado com um pouco menos de gentileza — Estou pedindo educadamente que saia daqui. — Meu tom é baixo, porém ameaçador.

Agora eu já sabia quem ele era, e do que tudo isso se tratava. Saber que era o espancador de criança e mulheres, não o ajudava em nada, mas ver ele ameaçar Anna bem na minha frente, deixou meu sangue bem mais quente, e de verdade, eu não queria deixar essas crianças ainda mais assustadas com uma cena.

A Flor de CravoOnde histórias criam vida. Descubra agora