Capítulo 10

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Taehyung percebeu que se não tomasse liderança de suas emoções naquele momento, estaria em apuros. Acalmou-se gradualmente, se aquelas pessoas não o atacaram até o momento talvez deveria repensar e escutar o que eles têm a dizer.

— Tudo bem, está tudo bem… Se acalme… — Falou para si mesmo, respirando fundo até acalmar seu coração acelerado. A presença assombrosa deles mexia com a atmosfera ao seu redor, temia olhar em seus olhos. — O que vocês querem comigo?

Siwoo se moveu em uma velocidade absurda, nenhum ser comum conseguiria acompanhar com os próprios olhos, cada passo não tinha som, sua respiração era inexistente. Mas ao se colocar ao lado do ômega, Taehyung só pode sentir um leve vento chocar com sua pele, arrepiando todo seu corpo.

— Não queremos. É uma questão de seguir ordens, alicerce. — Soprou sarcástico. Suas aparências eram semelhantes às de um vampiro que Taehyung via apenas em caricaturas nos livros antigos. Siwoo era de longe o mais novo. — Não sei se Jiwoong vai ficar feliz ou com raiva por saber que você está vivo.

— Não fale assim, Siwoo. Venha para cá. — Junseo disse de jeito duro, aparentando ser o mais maduro daquele trio. — Não podemos mais chamar tanta atenção.

— Espere. — Taehyung reuniu toda sua coragem para segurar o braço de Siwoo, impedindo-o de avançar para o lado de Junseo. Em recompensa, recebeu um olhar extremamente irritado do garoto que puxou o braço com brutalidade

— Não me toque! — Esbravejou, soltando um rosnado tão forte que o solo do chão tremeu. Sua velocidade semelhante à de um teletransporte, se escondeu atrás de Junseo, virando o rosto descontente e enjoado.

O mais velho soltou um suspiro, e Dara apenas balançou a cabeça. Sorte que estavam afastados do jardim real, caso ao contrário, todos ouviriam. Taehyung ficou perplexo com aquela reação, não pensou que apenas um toque iria aborrecer tanto o jovem.

— Desculpe, meu irmão não gosta de toques… — Explicou brevemente, Junseo. O som frio e o rosto neutro. O mais jovem, no entanto, continuava com o rosto virado, ignorando Taehyung.

— Sugiro que não tente fazer isso de novo, Siwoo só tem dezessete anos, mas pode te destroçar, igual ele fez com a última pessoa que tentou tocar nele. — Dara tinha um sorriso sinistro na face.

— Eu… — Taehyung não sabia nem o que dizer, então resolveu deixar aquele assunto de lado e perguntar o que tanto queria — Eu só gostaria de saber como é possível o povo de vocês estarem em todos os lugares. Quero dizer, não era para vocês estarem escondidos em Thurfales?

— Por acaso você é burro?! — Siwoo apontou. Taehyung formou uma carranca, já irritado com o comportamento daquele garoto.

— Ora, mas que malcriado! Sua mãe não te deu educação para tratar os mais velhos com respeito?!

— O que você quer dizer?! Seu! Seu…! — Siwoo arregalou os olhos, nunca tinha escutado um sermão na vida, tanto que começou a gaguejar.

— Chega! — Junseo impediu do mais novo avançar em cima do ômega — Somos todos irmãos, e estamos espalhados em todos os territórios, apenas alguns estão em Thurfales. — Respondeu à pergunta de Taehyung. — O que devemos fazer agora? — Olhou para Dara.

— Por mim, jogamos ele no rio mais próximo. — Quem respondeu foi Siwoo, que recebeu olhares repreensivos.

— Não podemos levá-lo. Jiwoong só queria confirmar se ele estava vivo. — Dara tinha longos cabelos vermelhos, que realçava seu comportamento bruto e indiferente.

— O que ele disse exatamente? — Começaram uma conversa entre eles, excluindo Taehyung, que permanecia parado olhando com um rostinho de bobo, não entendo nada.

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