- Você tem noção das consequências de suas artimanhas? - Namjoon rodava em volta do ômega como um pai disciplinando o filho. Taehyung estava sentado desconfortável em um banco na cidade, o vento se mostrava mais frio que o comum por estar todo ensopado de água, sua expressão dura denunciava seu mau-humor
- Por que o senhor continua jogando a culpa em mim?! - Bagunçou o cabelo enfurecido, espirrando gotículas de água para todo lado, bateu as mãos no banco com força apontando para o menino parado sendo acolhido com alguns tecidos - Que tipo de preferência é essa?! Olha bem a cara dele, é de clara índole duvidosa
- Parecia um dissimulado correndo atrás de mim! Nem te conheço seu esquisito! - O jovem jogou palavras para Taehyung, que quase se levantou para socar o rosto do menino ômega, mas foi segurado no lugar.
- Olha quem fala, se você não ficasse igual um gambá na moita! - Debochou, rindo ao ver que o menino ficou extremamente irritado.
- Como é?! Escuta aqui-
- Chega! Vocês dois. - Namjoon colocou limites na briga, sua postura estava severa, fazendo os dois ômegas obedecerem. - Minho! - Chamou alto o guarda acuado em um canto, Minho estava encharcado da cabeça aos pés, abraçando a própria espada com uma cara de desânimo. - Conte exatamente o que aconteceu.
Taehyung virou rápido a fim de olhar para o beta, sua expressão intimidante fez Minho engolir em seco.
- Eh... Estávamos no campo, Taehyung escutou um som suspeito vindo entre as folhas, esse menino apareceu e meu protegido começou a dar a louca e dizer ser um espião, não entendi nada e tentei impedir. - Respondeu com sinceridade. - Agora posso me demitir?
- Minho! - Taehyung gritou com indignação, o guarda pulou de susto levantando as mãos em rendição, deixando a espada cair na poça de água que se formava no chão à sua volta.
Namjoon suspirou aborrecido. Eunwoo negou com a cabeça e resolveu tomar a liderança por ali, andando para frente dos ômegas.
- Antes de tudo, precisamos ter certeza com quem estamos lidando. Quem é você, jovem ômega? - Taehyung sorriu grande quando Eunwoo parou de frente para o outro menino ômega, que se encolheu intimidado diante do olhar.
- Sou Yeonjun, senhor. - Respondeu roboticamente, abraçando o próprio corpo para se proteger do frio depois que saiu da água gelada.
- Perdão, vou perguntar novamente... É cidadão desse reino ou um imigrante? - Se aproximou com as mãos no cinto, analisando as expressões que poderia entregar o jovem.
- O quê? Não, não! Eu nasci aqui. - Protestou com a voz tremendo, se sentia em uma enrascada - Eu só estava passeando pelas redondezas, fiquei curioso quando vi um reino distante chegar, queria ver mais de perto! Juro que foi só isso... - Taehyung queria contrariar, mas cerrou os dentes, se contendo para não arrumar mais discussão.
- Todos mantiveram o respeito de não passar os limites do castelo para ver vossa majestade. O que és? O que faz? É um servo? - Interrogou com acusação, Yeonjun se encolheu ameaçado
- Sou apenas um camponês... - Demorou para responder, sussurrando a frase como se estivesse pensando bem nas próximas palavras. Taehyung achou aquilo mais suspeito ainda
- Mentiroso... Eu sinto o cheiro da mentira de longe - Taehyung rosnou entre dentes olhando fixamente para o jovem camponês amedrontado. - Você pensa que pode me enganar? Eu tenho certeza que estava me seguindo, fale a verdade! Não tente se fazer de coitadinho para cima de mim porque eu sei bem quem é a vítima aqui.
- Chega, Taehyung. - Namjoon suspirou exausto com as travessuras do ômega, se sentia perto de um colapso. - Essa não é a questão aqui, precisamos falar de um tópico muito importante que vem acontecendo desde sua chegada no conselho. Mas como você não é minha responsabilidade, vamos discutir esse assunto com o rei. - Taehyung abriu a boca surpreso, a última coisa que queria era receber aquele olhar de decepção do rei.
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Thurfales
Fantasy[ABO | Mpreg | Jkalfa | Concluído] Taehyung é um simples ômega, órfã e desastrado, que se estabeleceu no grande reino de Thurfales como servo, precisando seguir as ordens rígidas do rei Jeon, tudo parecia normal, comum e rotineiro. Até acontecer um...