Capítulo 16

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— Cidade fantasma? — Repetiu confuso. — Que tipo de nome é esse?

— Vai saber, talvez para assustar turistas indesejados… Devemos ir embora? — Minho quis afirmar, mas pela cara de Taehyung, sabia que não tinham muita escolha.

— Sinistro… — Yeonjun assobiou.

— Vamos procurar ajuda, sim? — Taehyung riu sem graça, com medo por dentro, mas tentava se mostrar inabalável para a segurança dos amigos. — Não deve ser tudo isso, com certeza tem pessoas mais para frente. Vamos… — Deu passos grandes e confiantes, olhando para todos os lados, a fim de encontrar um ser vivo naquele lugar.

Eles caminharam, caminharam longas horas sem parar. Quanto mais insistiam, mais pareciam estar dando voltas.

Estavam simplesmente sozinhos e perdidos em uma cidade desconhecida.

— Esse lugar está abandonado? — Yeonjun questionou, seus pés doíam de tanto andar. — Não sabia que tinha um lugar assim dentro de Aphilis… Se é que estamos em Aphilis.

— Fala sério, estamos andando em círculos, não tem nada aqui! — Minho quase berrou com raiva, chutando algumas caixas no caminho.

— Estou com fome, Taehyung! — O ômega mais novo agarrou Taehyung, balançando seu corpo de um lado para o outro. Taehyung bufou irritado, Yeonjun reclamava de fome há horas.

— Está bem! Está bem! — Se soltou impaciente — Fiquem calmos, tá? Me deixe pensar… — Olhou para os lados, preocupado, uma brilhante ideia veio em sua cabeça. — Tem muitas casas aqui, tenho certeza que deve ter pessoas! Vê? As luzes de velas estão acesas. Devem ser apenas algumas pessoas tímidas que não querem sair de casa…

— O que você pensa em fazer? — Minho não deu trela, as mãos no bolso com pouco interesse, ainda chutando algumas caixas levemente.

— Confiem em mim, vai dar certo. — Taehyung segurou Minho, o arrastando para ficar atrás de um barril.

— Ei! Ei! Que isso? — Arregalou os olhos quando Taehyung empurrou sua cabeça para se agachar.

— Seu uniforme real entrega que você é um nobre, então fique escondido aí. Eu cuido do resto! — Não deu tempo de Minho questionar novamente.

Ficaram de boca aberta quando Taehyung se jogou no chão e começou a rolar de um lado para outro.

— Mas que maldição é essa? Está pirando, Taehyung? — Yeonjun deu passos para trás, assustado com as maluquices do outro.

Taehyung se levantou e começou a bagunçar o cabelo, puxou algumas partes da roupa para rasgar, até que estivesse satisfeito com a aparência que queria.

— Vem! — Agarrou o pulso de Yeonjun, tão rapidamente quanto bateu na porta de uma casa. — Entre no jogo comigo. — Demorou alguns minutos, a porta se abriu, mostrando a imagem de uma mulher adulta sem expressão. Minho estava bem escondido atrás do barril, mas espiava o máximo que conseguia.

— Pois não? — A mulher perguntou seca. Yeonjun engoliu em seco com os olhos arregalados, paralisado como uma pedra. A mulher era assustadora.

— Senhora, me perdoe por incomodá-la tão repentinamente… — Fingiu uma tristeza realista, os olhos marejados para baixo, encolhendo os ombros. Yeonjun ainda na mesma posição, parado como uma pedra, sem conseguir expressar nada além de espanto e medo. — Eu e o meu pobre irmãozinho estamos perdidos, sozinhos… Ele está passando muito frio e fome, não é Yeonjun?! — Cerrou os dentes discretamente, irritado com a falta de reação do outro, batendo levemente no ombro do ômega mais jovem para acorda-lo.

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